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domingo, 30 de junho de 2013

NOTA 0 E NOTA 10

nota 10
para o episodio final de Southland - Cidade do Crime
Na ultima quinta feira foi ao ar o decimo e ultimo episodio da quinta temporada da sensacional serie Southland - Cidade do Crime. O capitulo, que também marcou o encerramento da atração, mostrou o que ocorreu aos policiais depois que dois deles foram cruelmente torturados por viciados. Com atuações excelentes, a serie termina de forma bem pessimista e, certamente, deixará saudades.

 10

0



nota 0
para a grade do canal FX
Com series do calibre de Homeland, Dexter e Spartacus, o canal FX insiste em esconder essas ótimas series na grade da emissora. O melhor drama em exibição por exemplo - Homeland - é exibido domingo as 07h00! Um horário para quem tem insonia ou não tem mais nada para fazer. O restante da grade do FX é recheado de filmes que passaram inúmeras vezes. Ao ser questionado, o canal simplesmente não responde ao Badfish.

LISTA: REVISTAS INESQUECIVEIS

Sem elas, não estaria escrevendo estas palavras. As revistas informativas sobre cultura pop invadiram as bancas de jornal graças ao exito do desenho Os Cavaleiros do Zodíaco que catapultou a revista Herói para o estrelato sendo a publicação mais vendida no auge. Muitas outras publicações semelhantes, ou nem tanto assim, surgiram depois. A maioria delas não sobreviveu a popularização da internet, que consegue mostrar os fatos na hora em que acontecem, diferente das revistas que demoram até 30 dias para contar algo. Na velocidade atual das informações, até o jornal do dia é desatualizado. Alem da competição com a rede, tem o fato do preço da impressão e do papel ser caro demais o que, potencialmente, encarece o preço final do produto. Opinião pessoal aqui: eu prefiro bem mais ler um artigo de revista do que na tela do computador, por isso bolei a lista abaixo com base nas revistas que me acompanharam na minha adolescência e vida adulta (duas delas são publicadas) e suas informações que absorvei para toda a minha vida.

REVISTA ANIMAX:


A Animax foi uma de muitas que surgiram com o sucesso da Herói que fez fama ao explorar (para o lado positivo) o fenômeno Cavaleiros do Zodíaco. Mas a revista tinha um diferencial que contou muito com sua sobrevivência, ela apresentou aos brasileiros o universo otaku, que compõe tudo o que vem do Japão como animes, mangas, tokusatsus, cosplay, e muito mais. Outro detalhe que desagradava muitos os fãs é que seus editores eram verdadeiros e tentavam abrir os olhos dos leitores. Eles apontavam os defeitos dos Cavaleiros, Sailor Moon e outras series e contavam os bastidores, as vezes nada legais, da vinda de uma serie para o País. A publicação ainda existe no formato digital http://animaxmagazine.blogspot.com.br/



REVISTA ARQUIVO X E SERIADOS/STARLOG BRASIL


Revista interessante que, obvio, explorava o sucesso de Arquivo X. Trazia o mesmo conteudo e equipe da Starlog Brasil mas ia alem ao dar voz e vez a outras series de ficção cientifica. Teve varias edições publicadas.



REVISTA HENSHIN


A Henshin foi publicada no auge do anime e manga no Brasil, quando até mesmo um canal por assinatura dedicada as animações japonesas existia. Com conteúdo produzido por ex-escritores da cultuada Herói, a publicação trazia guia de episódios, entrevistas com dubladores e matérias sobre as mais variadas séries com destaque para Dragon Ball Z que era a mais comentada serie do período. O grande diferencial da revista, entretanto, foram as entrevistas com o pessoal envolvido em series de tokusatsu como atores, roteiristas e diretores. Até então, nunca ninguém havia ido tão longe.



REVISTA HERÓI


De todas desta lista, essa marcará época. A Herói surgiu na hora certa, no lugar certo. Os Cavaleiros do Zodíaco estava se tornando a nova coqueluche da TV quando Odair Braz Jr, André Forastiere e Rogério de Campos tiveram a ideia de publicar uma revista semanal que falasse sobre filmes, desenhos e series. A Herói foi bem mais do que isso. Ela retratou uma época e acompanhou o surgimento da era digital. Tanto sucesso fez ela virar rival da maior publicação semanal brasileira, a Veja. Também teve varias edições especiais como Super Herói, Herói Mini e vivia em constante mutação como os super heróis, virou Herói Gold, Herói 2000, Heroi.com.br, sumiu e voltou das bancas algumas vezes até existir somente na versão digital. Foi uma publicação unica ao apresentar ao publico series e desenhos que não eram exibidas no Brasil.



REVISTA MOVIE


A Movie era, de longe, a mais bem acabada revistas das que circulavam no Brasil sobre cinema. Com um projeto gráfico ousado e muito bonito, ela tinha um jeito diferenciado de fazer reportagens. Podia ter ido muito bem, pois surgiu bem na época da crise da Set, mas durou poucas edições.



REVISTA MUNDO DOS SUPER HERÓIS


A Mundo é uma das duas revistas desta lista que esta em circulação. Ela tinha um conteúdo único no mercado brasileiro onde se fazia grandes reportagens chamadas de dossiês sobre personagens dos quadrinhos. Seu único defeito era que era bimestral. Mas a espera valia apena. Atualmente, a revista alterou um pouco o foco, ela se tornou mensal e com menos paginas, mas agora esta com um leque mais abrangente de informações não ficando restrita aos gibis.



REVISTA PREMIERE


Vejam só como são as coisas. A Premiere era uma revista portuguesa, trazia o conteúdo de uma das mais respeitáveis publicações sobre cinema no mundo, era adiantada meses das publicações brasileiras e custava mais barato do que elas! A Premiere é uma fonte de inspiração para eu fazer o Badfish, pois tinha um jeito muito orgânico e simples de fazer as reportagens, nem mesmo a escrita portuguesa dificultava. Ela tinha ótimas criticas sobre os lançamentos no cinema e DVD e tinha uma coluna chamada Os Dias de Criswell onde o consagrado jornalista português contava o que lhe ocorria no seus dias de cinéfilo. Ah, tinha as Cenas Quentes com os momentos mais sensuais do cinema. A publicação deixou de ser impressa para virar digital, mas nas minhas pesquisas para essa matéria, descobri que ela voltou a ser publicada em Portugal.



REVISTA PREVIEW


Até onde sei, a Preview é atualmente a unica publicação sobre cinema em circulação. Editada e escrita por ex-colaboradores da Set, a Preview dispõe de um serviço de assinatura que oferece ao cliente opções como escolhas nas capas duplas. Muito bem escrita e resenhada, a publicação esta prestes a completar 50 edições e possui um blog onde atualiza as capas do mês, bem na contra mão das outras revistas que viraram exclusivamente digitais.



REVISTA SERIES: TV E CINEMA


Podia se dizer que Series: TV e Cinema era feita de fãs para fãs. Tinha um visual a lá fanzine, jeito informal de escrever por parte dos repórteres e até um encarte no meio em preto e branco com guia de episódios comentados de varias series. Muito boa publicação, bem diferente das demais, mas muito informativa, isso que importa.



REVISTA SERIADOS DE TV


Publicação especializada em series de TV muito informativa e bem escrita. Infelizmente durou poucas edições. Apresentava aos leitores series que outras publicações não davam muito espaço.



REVISTA SET



Clássica publicação sobre cinema que já existia antes do fenômeno da Herói. A Set tinha acesso aos bastidores dos filmes (hoje essa honra cabe a Preview), jornalistas respeitados como Dulce Damasceno de Britto a unica correspondente brasileira em Hollywood durante o período de ouro que contava suas memorias e Alfredo Stanhein ex-diretor do cinema. Era comandada pelo polemico Roberto Sadoviski que não tem freio na língua e destratou publicamente a nova direção da revista quando ela foi vendida para outra editora.



REVISTA SCI FI NEWS


Como o próprio nome sugere a Sci Fi era direcionada aos aficionados por ficção cientifica. Graças a ela conheci este universo de seres diferentes, criaturas misteriosas e naves estelares. A publicação analisou Arquivo X durante o auge da serie e apresentou ao publico (e a mim) a minha serie favorita de todos os tempos: Buffy. Me desapontou muito por se tonar muito vazia e pouco critica nas ultimas edições e com um visual bem pobre. Mas, de 1997 a 2002, foi seu período de ouro apresentado aos fãs brasileiros séries que somente hoje, com a internet, podemos ver. Hoje ela existe no formato digital, mas confesso que nunca visitei a pagina, para mim, a Sci Fi só tem graça com aquele cheiro de revista que sentia quando a pegava nas minhas mãos.



REVISTA WIZARD


Comprei o numero 1 da Wizard logo quando a Editora Globo entrou agressivamente no mercado dos quadrinhos com a chegada do universo Image para concorrer diretamente com a Abril que detinha os direitos da Marvel e DC. A Wizard tinha um lado mais tecnico do que as demais, dando mais atenção aos criadores do que as criaturas, graças a esta revista eu soube quem criou os personagens que tanto gostava e fui apresentado a nomes como Alex Ross, Carmine Infantino, Jonh Bryne, Chris Claremont, Stan Lee, Steve Ditko, Will Eisner e muitos outros. Teve passagens por 3 editoras e teve que mudar seu nome para Wizmania devido a escola de ingles Wizard solicitar o exclusivo uso desse nome no país. Sinto muita falta desta publicação.

terça-feira, 25 de junho de 2013

ORLANDO DRUMMOND

UMA PEQUENA HOMENAGEM A UMA LENDA VIVA



Você provavelmente já ouviu a voz dele. Em algum filme, desenho ou seriado. Orlando Drummond, hoje com 93 anos, é o mais conhecido dublador brasileiro e um dos pioneiros da categoria. Ele começou a carreira numa radio como contra-regra, a função onde se faziam barulhos em diversos programas. O diretor da radio decidiu que a vinheta da estação seria um galo cantando, nenhum dos animais que lotaram o local colaborou, então, Drummond fez uma imitação do bicho que encantou a todos. O futuro ator pôde ver o potencial de suas cordas vocais.

Dru, como é carinhosamente chamado pelos colegas de dublagem, foi durante anos um dos mais requisitados profissionais do país fazendo participações nas primeiras dublagens, os desenhos da Disney. Foi exatamente nos cartoons que sua voz ficou mais conhecida. O primeiro protagonista da lista foi o Popeye nas serie de curtas feitas com o personagem nos anos 1950. E, mais tarde, nas animações produzidas para televisão. Durante muitos anos, ele atuou mais como diretor de dublagem que, num estúdio, é responsável pela escalação dos atores e fazer as devidas adaptações para a famosa versão brasileira.

A partir da ecada 1960, Orlando foi escalado para fazer a voz (ou melhor, resmungos e latidos) de Scooby Doo personagem da Hanna-Barbera. Talentoso como sempre, o ator criou um tipo de voz unica para o personagem, bem diferente do original. Outra adaptação famosa sua foi a de Alf o querido alienígena da sitcom Alf O E.Teimoso, bem mais interessante do que original. Drummond criou bordões e fez um sotaque inesquecível para a criatura.

Apesar de muito conhecido, seu rosto foi descoberto pelas pessoas ao participar da Escolinha do Professor Raimundo dando vida ao afetadíssimo gay Seu Peru. Mais uma vez, uma coincidência do destino já que o personagem era para ser interpretado por outro ator e alguém sugeriu Drummond para a diretora Cininha de Paula. Seu Peru foi outro sucesso estrondoso sucesso na carreira do versátil ator que criou bordões como "use-me e abusa-me teacher" e  "estou porraqui".

Ultimamente, Orlando Drummond tem diminuído suas participações, tanto no humorístico Zorra Total quanto em dublagens. Ele aceitou sem ressentimentos ser, após quase 40 anos, ser substituído na voz de Scooby Doo a pedido da Warner, que decidiu mudar por um dublador que faça a voz mais possível do original. Outro veterano, Mario Monjardim (que também fez durante anos o Salsicha) também foi substituído. Falta de respeito? Com certeza, mas Drummond esta curtindo um merecido descanso entre a família.

Uma sensível homenagem feita pelo dublador Guilherme Briggs

domingo, 23 de junho de 2013

UMA ADEUS A JAMES GANDOLFINI


Na ultima quarta feira os fãs de series foram surpreendidos com a triste noticia da morte do ator James Gandolfini. Ele estava na Itália passando ferias com o filho e teve uma parada cardíaca. James ficará marcado para sempre ao interpretar Tony o patriarca da Família Soprano, uma das series mais elogiadas de todos os tempos. Família Soprano narra a saga de uma família de mafiosos vivendo nos dias de hoje. Com altas doses de drogas, violência e sexo, o seriado também ficara na memoria dos fãs ao inovar na narrativa das series americanas, trabalhando o tempo todo com o psicológico dos personagens. Alem de Família Soprano, James também fez participações em filmes como 8 Mililitros, A Mexicana, Sempre Amigos, Sequestro do Metro 1 2 3 e Cinema Verite.

DESCANSE EM PAZ: GALACTICA - ASTRONAVE DE COMBATE


Uma das melhores sensações que existem para um fã de cultura pop é assistir um filme, seriado ou até mesmo uma novela sem spoiler. Esse termo se popularizou entre fãs do mundo todo e quer dizer, numa tradução adaptada, um fato que revele algo do enredo, ou o popular estraga prazer. Aqui no Brasil é comum revistas de fofoca revelar os detalhes de uma novela. E quando assistimos, o fator surpresa desaparece. Foi sem saber absolutamente nada sobre a história que decidir assistir Galáctica - Astronave de Combate. Estou falando do remake de 2003 baseado num seriado clássico do final dos anos 1970.

A nova versão segue a espinha dorsal do original ao apresentar os humanos vivendo em 12 colonias espaciais perseguidos pelos cylonios, formas robóticas que podem alterar sua aparência. A mais poderosa nave da frota é a Galáctica, palco dos principais acontecimentos. Ela é comandada pelo capitão e depois almirante Adama (Edward James Olmos). Homem serio e comprometido que vê muito de si em seu filho Lee "Apolo" Adama (Jamie Bamber) um destemido jovem que tenta nunca ficar a sombra do pai. Ele tem uma relação de amor e ódio com Kara "Starbuck" (Katee Sackhoff), uma piloto rebelde e atrevida. Ela comanda um pelotão que tem como pilotos Sharon "Boomer" (Grace Park), Karl "Helo" (Tahmon Penikket) e outros.

Elenco principal da série: Tigh, Laura, Adama, Lee, Gaius, Starbuck, Seis, Helo e Boomer

Esse Galáctica oferece ao publico algo alem do que batalhas espaciais e alguns casos da semana, essa serie apresenta um lado politico muito forte.  Apresentado este lado temos a presidente das colonias Laura Roslin (Mary Mcdonald), uma líder que as vezes tem que tomar dificies e severas decisões envolvendo até inocentes. Na sua nave presidencial ela conta com o apoio do estranho doutor Gaius Baltar (James Callis) um homem que tem visões com uma loura estonteante mais tarde conhecida como Numero Seis (Tricia Helfer), uma cylonia disfarçada. Alias, durante toda a serie uma paranoia toma conta dos personagens que descobrem que os cylonios mudam de aparência. Até o publico fica atônito ao descobrir que alguns personagens queridos são cylonios. A novidade aqui é que nem os próprios cylonios sabem disso.


Durante 73 episódios divididos em 4 temporadas a serie apresentou um enredo que se distanciou ao máximo do original ao ponto da segunda temporada em diante somente o nome dos personagens ser familiar a serie clássica. Isso incomodou aos fãs puritanos, em compensação atraiu outra legião de fãs que veneram a atração. O que mais me chamou a atenção em Galáctica, alem claro, da qualidade crescente da história, foi o fato dos produtores darem muita atenção aos personagens secundários, cada um ganhando uma história própria e interessante como o tenente Gaeta (Alessandro Juliani), a oficial Dualla (Kandyce Mcclure), chefe Tyrol (Aaron Douglas), Coronel Tigh (Michael Hogan) e sua esposa sem escrúpulos Ellen (Kate Vernon), a auxiliar da presidente Tory (Rekha Sharma) e a especialista Cally (Nicky Clyne). Alguns deles apareciam la no fundo com alguns poucos diálogos e ganharam uma participação crescente. A cereja do bolo é Lucy Lawless a eterna Xena como uma repórter que mais tarde descobrirmos ser uma cylonia.

Com uma história interessante, personagens carismáticos e efeitos especiais de primeira, Galactica - Astronave de Combate é o tipo de serie que vale a pena assistir pois e muito, muito boa. Não é a toa que ela sempre aparece em listas de melhores seriados já produzidos.

Não só a politica, mas a religião era presença muito forte na serie.

domingo, 16 de junho de 2013

MÁS COMPANHIAS: O IMPOSSIVEL

O IMPOSSIVEL (LO IMPOSIBILE)                                         
EUA, ESPANHA, 2012, DIREÇÃO JUAN ANTONIO BAYONA
COM NAOMI WATTS, EWAN MCGREGOR, TOM HOLLAND,
SAMUEL JOSLIN, OAKLEE PENDERGAST

Filmes que divertem existem muitos. Mas e aqueles que emocionam? Que arrepiam? Você se lembra o ultimo que viu? Se você quer ter suas emoções testadas, indico o filme O Impossível. Um dos candidatos aos Oscar deste ano, o filme conta a historia real de uma família que está passando as ferias na Tailândia bem no fatídico dia de 2004 que uma tsunami devastou boa parte da região. Separados pela gigantesca onda, Maria (Naomi Watts) tenta a todo o custo salvar o filho mais velho Lucas (Tom Holland). Enquanto isso, Henry (Ewan Mcgregor) faz o mesmo pelos outros filhos do casal, Thomas (Samuel Joslin) e Simon (Oaklee Pendergast).


Nas mãos de americanos, o filme teria tudo para ser um drama de superação com atos heroicos dignos de um Indenpendece Day. Mas com co-produção espanhola (com direito a diretor e roteiristas do país) a produção ganha em conteúdo e trás a historia como ela ocorreu de fato. A primeira parte do filme, logo apos a tsunami, vemos a angustiante luta de Maria toda ferida tentando proteger Lucas de ser arrastado pela correnteza. Os dois acham um lugar cheio de mortos e escutam o choro de um bebe e logo são socorridos pelos nativos do lugar. Até o momento, eles e o publico, acham que Henry e os outros dois meninos estão mortos.  Agora estamos na segunda parte da película onde o pai tem a difícil escolha de se separar dos filhos para continuar a procurar a mulher e o filho mais velho.



Recheados de momentos que arrepiam ou deixa sem folego, O Impossível trás ao longo de sua duração, dois atores que são como vinho, ficam melhores a cada apresentação. Naomi Watts e Ewan Mcgregor deveriam ganhar cada premio de melhor atriz e ator que existe por esses papeis pois eles se entregam pra valer. São interpretações viscerais, como gosta de dizer a impressa especializada. Os garotos, principalmente Tom Holland, também arrasam. Este garoto tem futuro, pois ele carrega boa parte do filme nas costas. Outro detalhe que destaco é a maquiagem perfeita de feridas e hematomas que impressionam, e a direção de arte ja que temos a impressão que o lugar onde os atores estão realemente acabou de ocorrer um desastre.



Confesso que chorei três ou quatro vezes, pois é um filme que te poe dentro da situação, como a câmera muito próxima aos atores e, a agustia só aumenta ao sabermos que se trata de um evento real. Não é indicado para pessoas sensíveis.

NOTA: 10  

+
As interpretações merecidamente elogiadas de Naomi Watts e Ewan Mcgregor não é surpresa para quem acompanha a carreira destes dois atores que se reencontraram nesta produção (em 2005 eles estrelaram o trilher A Passagem). Naomi altera blockbusters do tamanho de King Kong com filmes mais intimistas como Senhores do Crime e O Despertar de uma Paixão. Ela ficou mais conhecida ao protagonizar O Chamado remake de um terror japones, que fez muito sucesso. No momento, ela esta envolvida com as filmagens do longa onde dará a vida a eterna princesa Diana.


Já Ewan, é chamado de ator sem vergonha por se entregar ao máximo seja em qual papel for. Ele ficou conhecido mundialmente ao protagonizar o cult Trainspotting - Sem Limites. Outro filme no inicio de sua carreira, muito elogiado é O Livro de Cabeceira onde ele faz cenas de nudez frontal. Sua popularidade aumentou quando foi escolhido como Obi Wa Kenobi na recém trilogia de Star Wars. Por essa participação, ele reclamou publicamente o fato de ter que contracenar boa parte com o fundo verde utilizado para inserir objetos feitos em computação gráfica  O escocês é conhecido por ser beberrão mas um consciente pai de família. Mas não deixa de lado sua visão de liberdade, visto que estrelou para o canal National Geographic um reality show onde cruzava os Estados Unidos de moto. Atualmente se dedica as filmagens de western Jane Got a Gun ao lado de Natalie Portman e Rodrigo Santoro. 



quinta-feira, 13 de junho de 2013

IMAGEM DA SEMANA


Daqui a menos de um mês, o mundo vai ouvir falar muito do britânico Henry Cavill. O ator será visto como o novo Superman no reinicio da franquia que a Warner Bros esta apostando suas fichas. O filme esta sendo vendido como um realista filme de super herói ao estilo da ultima trilogia Batman, caminho nada fácil escolhido pelo diretor Zach Snyder (de Watchmen e 300) ja que, até pela própria estrutura do personagem, ele tende a ser bem fantasioso. O Superman é um personagem de 75 anos que merece o máximo cuidado das empresas que detêm direito daquele que é considerado o primeiro super herói criado. A DC Comics está confiante, ja que vê a rival Marvel dominar nos cinemas nos últimos anos. No elenco do filme que promete arrastar multidões aos cinemas estão Amy Admans (como Lois Lane), Kevin Costner, Cristopher Meloni, Diane Lane, Lawrence Fishbourne e Russel Crowe. A Warner ja confirmou que o filme terá uma continuação. Estreia no Brasil em 12 de julho.

domingo, 9 de junho de 2013

ACONTECEU E VIROU MANCHETE


Se estivesse na ativa, no ultimo dia 5 de junho a Rede Manchete de Televisão comemoraria 30 anos. Com uma historia cheia altos e baixos, glórias e fracassos, a emissora continua viva no coração de milhares de órfãos que se auto intitulam geração manchete. Não é por menos, pois quem tem seus 25 ou 30 anos cresceu assistindo as atrações da saudosa emissora carioca.

A gênese da Manchete surgiu quando o dono da Bloch Editores, Adolpho Bloch, ganhou a concessão para criação de um rede de televisão, ele aproveitou o nome da principal publicação de sua editora, a Revista Manchete, e criou uma rede de televisão que em seu tempo de atividades trouxe muitas alegrias e emoções aos lares brasileiros. A emissora surgiu com uma tecnologia de ponta e um alto investimento em sua programação direcionada ao publico da classe A e B. O primeiro programa a ir ao ar foi o filme inédito Contatos Imediatos do Terceiro Grau, de Steven Spielberg  , em seguida uma programação diferenciada estreou pegando o publico de surpresa, ja que estavam acostumados com a Globo que já dominava, tanto é que o slogan da emissora era TV de Primeira Classe. Surgiram programas apreciados pela critica como o Jornal da Manchete, com sua postura sempre independente e um olhar critico para os fatos da época. E Bar Academia, um local onde grandes nomes da musica brasileiras se apresentaram como Tom Jobim. A Manchete começou a despertar a atenção em seu segundo ano, 1984, ano em que surgiu o Clube da Criança, um titulo infantil apresentado por uma garota loura muito bonita chamada Xuxa. Este ano teve a primeira incursão da emissora na transmissão do carnaval do Rio de Janeiro e, pela primeira vez em muitos anos, uma concorrente ultrapassou a Rede Globo na audiência, visto que a toda poderosa não transmitiu o evento aquele ano. Segundo o livro sobre a Manchete e sites especializados, essa decisão da Globo foi uma das que eles mais se arrependem. Por um descuído deles, a Rede Manchete se tornou conhecida em todo o país. Com profissionais vindo da concorrente, a Manchete estreou seu núcleo de dramaturgia com A Marquesa de Santos, uma mini serie de época. O jornalismo da Manchete foi ainda mais elogiado com a extensa cobertura da principal crise politica daquele ano, o movimento das Diretas Já.

Nos anos seguintes, sem conseguir atrair a audiência do publico alvo, a emissora começou a investir em atrações mais populares como programas de shows e entrevistas, mini novelas e seriados. Em 1986, estreia uma produção que deu o que falar. Em Dona Beija, temos a primeira novela da televisão brasileira que teve muitas cenas de sexo. A polemica que se formou, logico, contribuiu com o sucesso de audiência da atração que fez a emissora conquistar o terceiro lugar, posto que ela ocupou durante anos. Ano seguinte, Xuxa foi contratada a peso de ouro pela Globo e a Manchete contra atacou estreando algumas atrações infantis que fizeram a alegria da garotada como A Nave da Fantasia e Cometa Alegria. Bloch acredita em outra garota loura e bonita para substituir Xuxa. Angelica, mais nova, sabia falar a linguagem das crianças e seu carisma e simpatia (vistos ate hoje) rapidamente chamou a atenção. Nessa época surgiu uma rixa entre Globo e Manchete. A primeira, vinha perdendo profissionais e até números de audiência para a segunda que não tinha medo de ousar. O auge da briga foi no carnaval de 1987 onde as duas emissoras tinham um enorme letreiro luminoso com o logo de cada em plena Marques do Sapucaí.

Enquanto Xuxa reinava absoluta nas manhas com seu Xou da Xuxa e desenhos como Caverna do Dragão, Thundercats, He-Man e She-Ha, Angelica e novo Clube da Criança trazia para as tardes as inovadoras series japonesas que deram muita dor de cabeça a concorrência. Jaspion e Changeman foram um fenômeno daqueles que surgem de tempos em tempos e eram febre entre as crianças. A enorme audiência do canal começava a tarde com os tokusatsus e varria a noite com o Jornal da Manchete e a novela Kananga do Japão, sucesso de publico e critica. Alguém teve a brilhante ideia (ou nem tanto, depende do ponto de vista) de só começar a novela da Manchete quando a novela das 8 da Globo acabasse. Esse artificio é usado até hoje por todas a emissoras de televisão (até na TV por assinatura).

Apesar de já estar desfrutando de um certo prestigio e ter se tornado a terceira maior emissora do país, com varias televisões locais querendo retransmitir a sua programação, o grande ano da Manchete foi 1990 com o sucesso estrondoso da novela Pantanal. Nunca o publico tinha visto algo parecido como a historia de Juma. A novela seguiu o estilo cru e natural que a emissora já havia proposto em outras historias como Corpo Santo e Carmen. As polemicas cenas de nudez, sexo e violência contribuíram, é verdade, mas sem isso a historia de Benedito Rui Barbosa e dirigida por Jaime Monjardin também faria sucesso, é uma novela irresistível e inesquecível. A novela seguinte, também inovadora, A historia de Ana Raio e Ze Trovão, também conquistou os lares, sem a mesma intensidade, mas não deixando a peteca cair. Nos anos 1990, a Manchete enfrentou varias crises por falta de dinheiro e a primeira venda foi feita. Sem investimento necessário, rapidamente a audiência e prestigio caíram e os Bloch retomavam o controle em pouco tempo. Puxando o freio nos orçamentos e com o clima de desconfiança no ar, varias estrelas da casa partiram para outras emissoras como o elenco de novelas, do jornalismo e a Angelica. Se hoje é moda falar de favela nas novelas, a Manchete saiu na frente em 1993 estreando Guerra sem Fim uma produção onde o mocinho era um anti herói envolvido com trafico de drogas num morro. A novela foi feitas as pressas e aproveitou o elenco e equipe da polemica O Marajá uma novela que foi proibida na justiça por que fazia alusão direta a o ex presidente Collor. Com locações externas no próprio prédio da emissora na famosa Rua do Russel e baixo orçamento a produção ganhou o apelido de novela porno devido as desnecessárias cenas de sexo.

                A paixao pela Manchete na internet: vinheta ficticia criada por um fã.

Um pouco do brilho de outrora foi recuperado em 1994. Uma outra atração vinda do Japão que virou um hit instantâneo. Lembro de ter assistido pela primeira vez Os Cavaleiros do Zodíaco em 1 de dezembro de 1994. Ja nessa época era muito fã da Manchete, mesmo com uma programação capenga. O violento desenho era assunto em todo o lugar e fez surgir no Brasil essa industria envolvida com a cultura pop que é bem forte nos dias de hoje. Muitas pessoas se tornaram jornalistas graças a revista Herói que toda a semana estampava um personagem do anime em sua capa. A Manchete volta a incomodar a concorrência com os Cavaleiros entre os anos 1995 a 1997 outro período de ouro na historia da rede que conquistava a vice liderança em vários horários do dia. Nesse período as elogiadas produções Tocaia Grande, Xica da Silva e Mandacaru faziam barulho no horário nobre. A formula descoberta pela emissora contribuiu para isso. Eram historias simples, dinâmicas com um teor sexual quase erótico.

Nunca se soube bem o por que a família Bloch passou por tantas crises durante sua administração da Rede Manchete. Apesar de lucrativo, a televisão é um negocio que deve se administrar bem e com cautela, tai a atual situação da Record que não me deixa mentir. Melancólica e dramaticamente (a novela Brida foi encerrada as pressas por que não havia mais orçamento) a Manchete sai do ar em 1999 vendida para uma dupla de empresários que criou a Rede TV! a pior emissora de televisão da historia do país. Entre tantas glorias, ha muitas tristezas e decepções, principalmente para os ex funcionários da empresa que nunca receberam seus direitos trabalhistas. Não só eu, mas como muitas pessoas queriam que a Manchete ainda estivesse no ar inovando como sempre fez.

+

LISTA: 10 ATRAÇÕES DA MANCHETE QUE ME MARCARAM:

DUDALEGRIA - O primeiro programa em que eu vi Os Cavaleiros do Zodíaco.



CLUBE DA CRIANÇA - Angelica apresentou a uma geração os heróis japoneses como Jaspion e Changeman.



PANTANAL - Uma novela sem igual. Precisa dizer mais?


CINEMA NACIONAL - Meu primeiro contato com sexo. Varias pornochanchadas eram exibidas nessa sessão de filmes.



CINEMANIA - Minha paixão por cinema começou com esse programa que mostrava os bastidores da sétima arte.



XICA DA SILVA - Uma novela muito engraçada e, claro, tirando as cenas de torturas nos escravos.



CARNAVAL DA MANCHETE - Gente que entendia do assunto, sem interrupções ou locutores dizendo bobagens e com o desfile de todas as escolas, a Manchete faz falta no carnaval. E, para contrariar a globeleza, tínhamos uma loura quase pelada dançando nas vinhetas!




MILK SHAKE - a talento e o carisma de Angelica eram testados neste programa inovador que tinha um tema diferente a cada semanal.



ANIMES - A Manchete trouxe maravilhas como Shurato, Sailor Moon e Yu Yu Hakusho



SESSÃO SUPER HERÓIS - Outras series queridas dos fãs foram trazidas para o Brasil como Jiraya, CiberCop, Kamen Rider Black e outros.


fotos: divulgação
videos: do youtube

domingo, 2 de junho de 2013

CONHEÇA: THE FALL

UM INTERESSANTE JOGO DE GATO E RATO




Um gênero televisivo quase esquecido está voltando aos poucos a fazer parte de quem curte sentar no sofá e ver um bom programa. Sucesso nos anos 1980 e 1990, as mini series, cujo maiores representantes no pais são Raízes e Os Jacksons, voltaram a ganhar espaço. Ainda que na Inglaterra, por exemplo, elas nunca deixaram de ser produzidas, aqui no país faz tempo que não vemos esse tipo de produção até a chegada do canal + Globosat que se especializou em nos proporcionar esse tipo de atração. Um dos destaques é a sensacional The Slap.

Agora no mês de junho, o site Netflix, que disponibiliza centenas de filmes, series e desenhos no formato streiming, onde por meio de assinatura o cliente assiste o que quiser na hora que quiser, traz ate seus assinantes a sensacional mini serie The Fall. Com Gillian Anderson (de Arquivo X) no papel de detetive de policia Stella Gibson que é incumbida de investigar um caso onde mulheres são assassinadas. Ela entra num jogo de gato e rato com o assassino que o publico já conhece a identidade desde o inicio. Paul (Jamie Dorman) é um psicologo aparentemente bom moço, casado e com dois filhos. Enquanto todos em casa dormem, Paul sai a noite e comete crimes. O desafio de Stella, claro, alem de investigar o caso, esta em analisar o comportamento do assassino que executa muito bem os crimes.


Apresentado como um drama policial psicológico, The Fall agradou nos países onde foi exibido e ganhou uma segunda temporada automaticamente se transformando numa serie. O seriado faz parte de uma tendencia cada vez maior na Europa e países como Austrália e Canadá onde uma produtora faz um seriado ou mini serie e a vende de forma independente sem as amarras de um grande estúdio ou de uma emissora de TV. Nos dois primeiros capítulos o destaque fica para sempre competente Gillian Anderson como Stella uma detetive que duvida de tudo e de todos. A moça é cheia de atitude cantando na cara dura outro policial com quem ela faz sexo. No elenco conta com a presença da talentosa Archie Panjabi (The Good Wife).

O BOM: Roteiro com muita suspense e ótimas interpretações

O RUIM: Nenhuma emissora se interessou pela atração ficando restringindo aos assinantes do site Netflix.