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domingo, 30 de dezembro de 2012

DESCANSE EM PAZ: AS PANTERAS


Quem cresceu nos anos 1970 teve o prazer de acompanhar uma programação de TV dominada por desenhos e seriados estrangeiros. Um era mais criativo que o outro. Tive a oportunidade de conhecer As Panteras já nos anos 2000 quando o Canal 21 (emissora pertencente ao grupo Bandeirantes) passou a exibir esse e outros seriados clássicos.

Com historias simples e sem grandes inovações - a não ser, claro, de ser uma das primeiras series estreladas só por mulheres - As Panteras conta a história de Charlie Townsend um homem que decide abrir uma agencia particular de investigações e contrata como detetives três policiais que estavam sendo mal aproveitadas em suas funções. Sabrina (Kate Jackson) era a mais séria, comprometida e fazia as vezes de líder.  Há uma lenda entre os fãs que Sabrina era lésbica. A verdade é que ela usava roupas mais masculinas como terninhos, mas isso estava entrando na moda. Kelly (Jaclyn Smith) era classuda, linda, com cabelos e os lábios sempre brilhantes. E, por ultima e não menos importante, temos Jill (Farrah Fawcett). A loura chamou a atenção por sua beleza impar e seus cabelos que impressionam até hoje de tão belos. Esse trio da pesada tem as missões acompanhadas por Bosley (David Doyle), uma grande apoio para as beldades. As missões feitas pelas garotas eram dos mais variados tipo, invariavelmente envolviam as panteras terem que se disfarçar e acabar com algum esquema de bandidos.

Jaclyn Smith, Farrah Fawcett e Kate Jackson


Como disse acima, os roteiros não inovavam muito e não passavam do esquema caso da semana onde as garotas se disfarçavam e acabavam com a trama. Isso foi um dos fatores que incomodou a pantera Farrah que pediu para sair ao final da primeira temporada. O produtor Aaron Spieling (também produtor executivo de Barrados no Baile, Melrose e muitas outras séries) não aceitou a demissão de Farrah e ela forçou a situação. Para todos, ela dizia que queria aproveitar a sua popularidade (principalmente onde o poster clássico dela de maio vermelho vendeu mais de 12 milhões de cópias), mas o bem da verdade é que seu marido Lee Majors (astro da série O Homem de Seis Milhões de Dólares, outro sucesso da época)  estava incomodado com o sucesso da loura e exigiu que ela ficasse em casa. Então, mesmo temendo a ausência de Farrah, Spieling autorizou a produção da segunda temporada que teve o acréscimo de outra loura no elenco. A linda Cheryl Ladd, que era primeira opção para o papel de Jill, enfim foi contratada para o lugar de Farrah, fazendo o papel de Kris, a irmã mais nova de Jill.

Foto do elenco da segunda temporada


Assim o programa continuou imbatível, sucesso absoluto entre as crianças e mulheres e com os homem babando pelas belas e sensuais detetives. Até que outra pantera entrou em crise. Ao final da terceira temporada, Kate Jackson, a Sabrina, também saiu querendo novas oportunidades na carreira. Para seu lugar foi convocado a modelo Shelley Hack como Tiffany, mas a personagem não caiu nas graças do publico, pois a atriz transmitia pouco carisma. Em seu lugar foi convocada outra bela atriz, Tanya Roberts, ela foi Julia uma ex-modelo tentando seguir a carreira de detetive. O fato das constantes trocas de elenco somada com a minima evolução do roteiro (se bem que, isso era comum nas series da época)  fizeram a audiência do show diminuir cada vez mais e o programa foi cancelado em 1981 após 5 temporadas e 110 episódios produzidos.








Shelley Hack, Jaclyn Smith e Cherryl Ladd



As Panteras foi um marco na história televisiva por mostrar o inicio da chamda Girl Power um movimento que provou que seriados de televisão podia ser estreladas por mulheres em papéis fortes . A nova geração conhece as Panteras de popular filme estrelado por Cameron Diaz, Drew Barrymore e Lucy Liu em 2003 que teve uma continuação co-estrelada por Demi Moore e Rodrigo Santoro. Um novo remake para TV estreou em 2011 mas durou apenas 08 episódios  As atrizes eram bem sem graça. Tem coisas que só funciona na hora certa.

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Para quem se pergunta o por que da serie se chamar aqui no país As Panteras, sendo que o titulo original é Charlie's Angels (ou Os Anjos de Charlie em português) eu respondo a pergunta. A dublagem da serie feita na Herbert Richers procurava um nome impactante, que combinava com as aventuras das detetives. Anjos não combinava muito com o tom agressivo que serie tinha as vezes, então a expressão As Panteras foi criada. Com total apoio da produção americana. Essa foi uma época de ouro para dublagem brasileira que adaptava com louvor nomes de series e expressões ditas no original. O caso mais famoso e curioso de adaptação foi da série de comedia Primo Cruzado. Alem do titulo fazer uma brincadeira com o famigerado plano cruzado que foi posto em pratica na economia do pais na época, um dos personagens foi rebatizado de Zeca e, ao invés de vir da Grécia como no original, veio de Minas Gerais com sotaque bem mineiro. Um trabalho sem igual do falecido dublador Newton da Matta (voz de Bruce Willians por anos). Outros dois casos famosos são das séries Alf - O E.Teimoso e Casal 20. No primeiro, o termo eteimoso surgiu da personalidade difícil e marrenta que o alienígena protagonista da série tinha, em outro trabalho de dublagem sem igual de Orlando Drummond, mais conhecido por fazer o "Seu Peru" da Escolhinha do Professor Raimundo e que também faz a voz de Scooby Doo. Ja no caso de Casal 20, o nome original do show é Hart To Hart. A série ganhou este nome por que na época o filme Mulher nota 10 fazia sucesso nos cinemas.


quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

MEUS FILMES: FESTIM DIABOLICO

FESTIM DIABÓLICO (1948)



Acredite ou não, Festim Diabólico é o mais polemico filme feito pelo mestre do suspense Alfred Hitchock.  Dois motivos aparentemente simples para os dias de hoje. Primeiro, é que Hitchcok sempre abusou de edições e truques cinematográficos em suas películas, e Festim é basicamente um teatro filmado. E outro é que a trama é estrelada por dois personagens homossexuais.  Na época da estreia, o filme foi um tremendo fracasso por causa disso. O roteiro em nenhum momento cita a opção sexual dos dois protagonistas, mas internamente, la nos bastidores, todos sabiam que o filme era sobre "aquilo", como a homossexualidade era tratada na época, e também o fato do apartamento deles terem um só quarto entrega o jogo.

A trama do filme é sobre Brandon (John Hall) e Phillip (Farley Granger), dois amigos que resolvem matar outro amigo, David (Dick Hogan) por considera-lo inferior. Para coroar o feito, os dois resolvem dar uma festa com a desculpa de apresentar alguns livros para o pai de David. Manipulador ao extremo, Brandon ainda convida a namorada do rapaz morto e o ex-namorado dela. E, numa prova de total sadismo, o professor da faculdade de todos ali presentes, que ensinou a tal lei da superioridade também é convidado. Todos bebem e comem servindo-se numa arca onde o corpo de David jaz.

Os dois assassinos. Tensão crescente.


O que faz de Festim Diabólico uma obra sem igual é o desafio técnico que o diretor propôs ao fazer o filme um longo plano sequencia. ou seja, toda a ação é passada em tempo real e sem cortes. Claro que os cortes estão inseridos durante o filme naquelas cenas onde algum personagem entra na frente da câmera. Cada cena dura 10 minutos, o tempo de duração de um rolo de filme, foram gastos 8 rolos. Os atores ensaiavam num dia e gravavam no outro, com muito cuidado, pois o diretor detestava quando alguém errava e tudo teria que ser refeito. A câmera era um enorme e pesado equipamento operado por quatro homens que tinha que suar para seguir as rígidas marcações de Hitchock, para desespero dos atores que, atrás da câmera  tinham que desfiar de fios, cabos e os cenários que eram móveis. por falar em cenário, parte do filme teve que ser refeita devido ao cenário ao fundo que imita a cidade de Nova York. Tudo por conta do detalhe que foi passado desapercebido, o tempo avança no filme, mas a vista continua a mesma com o sol raiando.  Segundo Hich, esse detalhe seria percebido por todos, uma vez que a poderosa câmera tinha a tecnologia Technocolor, onde o colorido ficava mais próximo do real.

No original o titulo do filme é Rope. Corda em inglês, que o objeto que Brandon e Phillip usam para matar um inocente. 


Toda a publicidade que o estúdio dispunha na época fora utilizado. Hitchcok, que sempre foi a estrela mais brilhante de seus filmes, fez uma coletiva de impressa onde prometeu que todos viriam o filme mais impactante de suas vidas. E, nem mesmo o engenhoso trailer que mostrava o futuro morto David e sua namorada Janet curtindo o namoro com uma macabra voz ao fundo dizendo "essa sera a ultima vez que ela verá ele. Essa sera a ultima vez que você verá ele" dispertaram o interesse do publico. Os jornais na época disseram que ninguém queria ver James Stewart num papel antagônico. Mas hoje é sabido que foi por causa "daquilo".

James Stewart, um dos atores favoritos do diretor, teve receio em aceitar o papel com medo das pessoas não entenderem sem personagem. Parece que ele previu o futuro.


Visto hoje, Festim Diabólico continua um filmaço, um dos melhores da filmografia de Alfred Hitchcok. Anos depois, o mestre renegou essa engenhosa produção  alegando que cinema é edição,  cortes e montagens, e nada disso é visto em Festim. Talvez ele ficou chateado com o resultado da bilheteria. Quem assistiu, porem, percebe a maravilha que o filme é, com a tensão crescente e o humor negro presente nos diálogos cheios de duplo sentido.

MELHOR MOMENTO: 
Uma cena simples, aparentemente, mostra a empregada tirando os talheres e comidas de cima da urna onde o corpo do assassinado esta colocado. A tensão cresce a medida que ali pode ser momento onde todos descobrem o crime mas o esperto Brandon percebe e trata de desviar a atenção do objeto.



domingo, 23 de dezembro de 2012

MÁS COMPANHIAS: OS INTOCÁVEIS

OS INTOCÁVEIS (THE UNTOUCHABLES)            
EUA, 1987, DIREÇÃO: BRIAN DE PALMA
COM KEVIN COSTNER, SEAN CONNORY,
ANDY GARCIA, CHARLES MARTIN SMITH 
E ROBERT DENIRO.


O Poderoso Chefão já era um dos filmes sobre mafiosos italianos mais famosos quando Brian De Palma apareceu com este Os Intocáveis. Remake da série de TV homonímia dos anos 1960 (que fora produzida pela Desilu, produtora pertencente a comediante Lucy Ball e seu marido, que foram ameaçados pela máfia a época de produção do seriado) este intenso drama tenta simplificar em pouco menos de duas horas a relação de gato e rato que o gangster Al Capone (Robert Deniro) teve com o honesto agente do governo Eliott Ness (Kevin Costern). O plano do jovem Ness é ambicioso: acabar com a máfia e a venda ilegal de bebidas. Só pra te situar melhor no tempo, a década de 1930 os EUA vivia uma incrível recessão, muitas medidas foram tomadas pelo governo para o país não quebrar. Entre elas estava a lei seca, que proibia o comercio de bebidas alcoólicas  Era uma industria milionária que só beneficiava os donos das empresas. Como o povo nunca aguentou ficar sem beber, um submundo nasceu para traficar bebidas e revende-las ilegalmente. Os únicos que tiveram peito para isso foram os ítalo americanos. Nesse cenário, onde quem não obedecia a lei dos carcamanos morria, se passa o filme.

Ness resolve combater Capone unindo ao redor dele homens de extrema confiança e bom caráter  Começando por Jim Malone (Sean Connory, ganhador do Oscar de ator coadjuvante por este papel) um policial velho, mas com o conhecimento o suficiente para achar qualquer falha de Capone, o jovem policial e bom atirador George Stone (Andy Garcia) e o contador da Receita Federal Oscar Wallece (Charles Martin Smith, também diretor, inclusive dirigiu o piloto de Buffy - A Caça Vampiros). Esse grupo é apelidado de os Intocáveis por deixarem bem claro que são incorruptíveis.  Claro que eles viram motivo de chacota da policia e de ódio de Capone, uma vez que, a certa altura, os planos do gangster começam a ser descobertos.


Mesmo que você não goste do tema máfia, o filme é ótimo. Tem um ritmo muito bom e tem sequencias memoráveis que já entraram na história da sétima arte como a clímax na escadaria da estação de metrô que, também é uma tremenda homenagem a uma cena do clássico Encouraçado Potemkin e o assassinato de um dos intocáveis, uma cena que vai do alivio ao susto em segundos. O que dizer do elenco? O Oscar de coadjuvante recebido por Sean Connery, fez muita gente calar a boca ao dizer que o ex-007 não passava de um charmoso canastrão. Também temos Deniro e Costner dignos de elogios. Um trabalho sem igual do diretor Brian De Palma, uma das poucas refilmagens que superaram o original.





terça-feira, 18 de dezembro de 2012

SOUND TRACK - A MUSICA DE CINEMA

RAMONES - PET SEMATARY TRILHA SONORA DO FILME CEMITERIO MALDITO.



O representante máximo do suspense Stephen King roteirizou o filme baseado em seu livro. Este é um dos filmes mais lembrados dos anos 80, não possui a quantidade exagerada de sangue que outros filmes da década tem, mas cumpre a sua missão com louvor: assustar. A história da família Creed, que compra uma casa dos sonhos e tem sua vida transformada num pesadelo por causa de um cemitério de animais no quintal de casa, é embalada por uma das musicas mais legais dos Ramones: Pet Sematary. Repleto de momentos antológicos (atropelamento e posterior ressurreição do gato da família)  e emocionantes (metade da família não sobrevive) , esse é um dos poucos casos em que o filme e sua musica tema são tão marcantes que seria difícil um existir sem outro.


sábado, 15 de dezembro de 2012

BAU DAS SÉRIES OBSCURAS: SETE DIAS


Em 1998, a Band de olho no sucesso de Arquivo X na Record inaugurou a sua faixa de seriados no horário nobre. A emissora apostou suas fichas em atrações variadas. Tinha Sétimo Céu, uma série família sobre um pastor, sua mulher e seus filhos, Ally Mcbeal mostrando as aventuras amorosas de uma advogada louca e Sete Dias (Seven Boys). Ficção Cientifica de primeira, este seriado tinha uma interessante premissa: um ex-agente que é escolhido pela CIA para participar do projeto Operação Retorno que prevê um crime e envia o escolhido numa maquina do tempo, onde ele tem apenas sete dias para evitar que este crime ocorra.



Frank Parker (Jonathan Lapaglia, visto recentemente na minissérie The Slap) foi escolhido por causa de seu temperamento difícil e um estilo kamikase de agir para ser o agente encarregado de missões que incluem tragedias politicas, ambientais e sociais. A estranha maquina do tempo foi construída com base em tecnologia alienígena, então, ela não é tão precisa. Ela envia Frank num período até sete dias antes da tragedia, ou seja, pode ser os sete dias, um dia ou até meia hora. O local também nunca é exato e o preparo físico de Frank  ajuda bastante nestas horas. O homem tem que correr muito... Fazem parte deste projeto clandestino a durona Olga (Justina Vail), que vive em atrito com o herói  mas no fundo se sensibiliza por ele, já que, devido a instabilidade da maquina do tempo, Frank pode ir e não voltar mais. Fazem parte do elenco de apoio também Donovan (Don Franklin), chefe do projeto, Issac Mentor (Norman Lloyd) um cientista, o rabugento Nate Ramsey (Nick Searcy), entre outros.

O elenco é bem dinâmico  apesar de aparecerem pouco, já que a ação é centrada no "caso da semana". Os roteiristas tiveram que ter bom senso já que esse tipo de série, com um tema tão especifico, tende a se repetir muito. O resultado é uns episódios sensacionais e outros bem mais ou menos. Produzido entre 1998 e 2001, Sete Dias é mais uma interessante série dos anos 90 que durou pouco, mas marcou muito.

O ator Jonathan Lapaglia se formou em medicina. Seu irmão é o tambem ator Anthony Lapaglia da série Desaparecidos.


domingo, 25 de novembro de 2012

UMA PEQUENA GRANDE HISTÓRIA

A MINISERIE THE SLAP SE TORNOU UM HIT EM VARIOS PAÍSES









Durante o churrasco em comemoração aos 40 anos de Hector (Jonathan LaPaglia) um de seus convidados se irrita com um garoto mal criado e dá uma bofetada nele na frente de todos. O fato tira da rotina a vida de todos ali presente, de um jeito ou de outro. Essa é a trama principal da elogiada minissérie australiana The Slap. É interessante o modo como a produção decidiu montar a estrutura narrativa da série. Cada capitulo é focado num personagem e seu envolvimento com o incidente ocorrido. Outro fator a se destacar é que as histórias são diferentes entre si. e não existe uma melhor que a outra, acredite, todos os capítulos são ótimos.

Temos no primeiro episódio, Hector que está passando por uma crise de meia-idade se engraçando com a babá. Sua bela esposa Aisha (Sophie Okonedo) prepara uma festa surpresa e se irrita com a distancia e desinteresse do marido. No segundo temos a quarentona Anouk (Essie Davis) que namora um famoso ator de novelas mais novo que ela e se sente insegura na relação. No terceiro temos Harry (Alex Dimitriades) o cara que esbofeteou o garoto, um cara que adora o luxo e sua riqueza e tenta comprar os personagens para ficarem do seu lado, já que a família do garoto resolvem denuncia-lo a policia. Essa é a história do quinto capitulo. Mas ainda temos o quarto, focado em Connie a empregada de Aisha que está interessada no marido dela, Hector. O capitulo seguinte é focado no pai de Hector e tio de Harry, um grego a moda antiga que se surpreende como esse evento tornou proporções tão grandes. No sétimo episodio temos a história de Aisha e como ela fica dividida em apoiar Rose (Melissa George), a mãe do menino que levou o tapa. E o ultimo capitulo é sobre Richie o amigo de Connie que testemunhou a cena.

O interessante é ficar ligado no primeiro capitulo já que todos os personagens aparecem um pouco, mas terão suas próprias histórias contadas posteriormente. Para não estregar a surpresa, a história tomo um rumo inesperado quando os pais do menino que apanhou decidem ir bem mais alem do que denunciar Harry para policia. A história do tipo mosaico que The Slap apresenta se mostrou uma decisão bem acertada  por que mesmo uma minissérie tende a se arrastar em algum momento alongando a história, isso não acontece aqui. O enredo fica mais e mais interessante. Se ficou interessado nesta historia genial, ela foi exibida a pouco tempo pelo canal a cabo + Globosat HD, que prometeu reapresenta-la em meados de 2013.


sábado, 24 de novembro de 2012

CONHEÇA: A LISTA DE CLIENTES

O NOVO TRABALHO DE JENNIFER LOVE HEWITT



Estrela teen dos anos 90, Jennifer Love Hewitt aposta as fichas numa nova série. Em A Lista de Clientes, a bela faz o papel de Riley, uma dedicada mulher casada que junto ao marido e filhos passam por uma crise financeira. A família corre o risco de perder a casa onde moram por falta de pagamento. Kyle, o marido, está doente e a solução é fazer Riley pegar no pesado. Formada em massagista, a garota sai a procura de emprego e, ao encontrar uma ex-colega de faculdade que esta esbanjando dinheiro, ela fica interessada na fonte de renda da amiga. Riley consegue o emprego no spa de Georgia (Loreta Devine). Mas logo ela percebe que as massagistas do local fazem nos clientes bem mais do que massagens. Se é que você me entende.

Será Jennifer uma boa massagista?


A vida de Riley dá uma reviravolta quando Kyle vai embora, pressionado por manter a família  ela resolve pedir para Georgia começar fazer extras, o código das massagistas para programa. Desnecessário dizer que ela consegue pagar a divida da casa, mas fica em duvida se deve realmente   continuar com os extras ou largar tudo e voltar a vida que levava antes.



Esta é a historia da nova serie protagonizada por Jennifer, que fez sucesso nos anos 90 no papel da doce Sarah em O Quinteto (Party of Five) e também estrelando o filme Eu sei o que vocês fizeram no verão passado. Recentemente ela foi protagonista do drama sobrenatural Ghost Whisperer, onde também atuou como produtora, função essa que ela repete neste A Lista de Clientes. A serie, alias, é baseada num telefilme estrelado pela própria Jennifer para o canal a cabo Lifetime. Direcionada ao publico feminino, o canal vem se especializando em produzir seriados com forte apelo feminista como The Army Wifes, sobre as esposas cujo os maridos estão lutando na guerra do Iraque. Este ano, o canal também fará a estreia da minissérie que contara os escândalos vividos pela diva do cinema Elisabeth Tylor que trará a volta de Lindsay Lohan. Voltando a falar de A Lista de Clientes, o seriado conquistou uma audiência considerável boa a ponto de ser renovado para segunda temporada que vai estrear em meados de 2013. No Brasil, é exibido as quartas no canal Sony.

Cybill Sheppard é mãe de Riley que ajuda muito a filha.
Muito simpática e carismática, Love Hewitt não faz nada alem do que repetir os trajetos de Melinda a sua personagem de Ghost Whisperer, mas passa toda a emoção que personagem sente na cena onde ela descobre que o marido foi embora. Aos 33 anos ela continua com o mesmo ar delicado da época de O Quinteto. Por se tratar da TV a cabo, onde os canais tem mais liberdades para explorar certos temas, o clima de A Lista de Clientes pareceu suave como uma pena. Tudo parece fácil e até o fato da personagem aceitar tão rápido fazer programa, pareceu forçado. Ela está quase perdendo a casa mas anda sempre linda, com os cabelos impecáveis e um carrão GM na garagem. O que dizer da famosa lista de clientes? Bom, a maioria são garotos sarados e bonitos que ela faz questão de atender, agora as velhas peruas e os gordos e peludos, ela faz uma cara de nojo. Mais clichê, impossível.  Falando do elenco, Jennifer,ao menos no piloto, aparece em todas as cenas e grande parte divide as atenções com Cibyll Sheppard a gata da clássica serie A Gata e o Rato.

Ao julgar pelo piloto, espero que os roteiristas ousem mais e saiam do lugar comum. Todo mundo sabe que o mundo da prostituição não é tão glamouroso quanto aparenta. Mas ela levanta uma interessante questão: mesmo passando por uma terrível crise, vale a pena fazer qualquer coisa por dinheiro?

O BOM: sempre é bom assistir a bela Jennifer Love Hewitt em ação. Ela esta mais linda e simpática do que nunca e emociona nas cenas dramáticas.

O RUIM: a serie me pareceu muito superficial ao se glamorizar um assunto como prostituição. O elenco masculino é repleto de garotões sarados e bonitos. Um deles é o cunhado de Riley que, advinha, troca olhares de atração pela esposa do irmão. 








A SEMANA

>>>MORRE O ATOR LARRY HAGMAN: famoso por interpretar o mais famoso vilão da TV americana, J.R. Ewing da série Dallas, o ator Larry Hagman faleceu por volta das 16h00 horário local na cidade de Dallas. Entre os anos 1978 a 1991, Larry causou a ira de muita gente ao fazer o papel do inescrupuloso J.R., um homem que fazia de tudo para ser o todo poderoso da família  até passar por cima do irmão Bobby (Patrick Duff). Antes do sucesso de Dallas, porem, o ator já havia alcançado o sucesso aqui no Brasil como o Major Nelson esposo da personagem de Barbara Eden na também clássica série Jeane é um Genio. Larry nasceu em Fort Whort 81 anos atrás e morreu em decorrência de um câncer.  Ele voltaria aos sets de filmagem em 28 de janeiro de 2013 para filmar suas cenas na continuação de Dallas produzido para o canal a cabo TNT. Na trama,  J.R. continuava o vilão mor, com a diferença que também estava com câncer e queria fazer de seu filho um sucessor em todos os sentidos.  Larry Hagman, um nome que ficará guardado na memória dos fãs de seriados para sempre. R.I.P.

Larry nos bastidores de Dallas


o ator chegou a gravar 12 episodios da continuação de Dallas.

domingo, 18 de novembro de 2012

MEUS FILMES: BELEZA AMERICANA

BELEZA AMERICANA (1999)


Este filme causou o maior furor na época de seu lançamento. Jornais, revistas e internet o apontavam como um retrato fiel dos Estados Unidos, anteriormente conhecida como a nação mais poderosa do planeta, em que seus habitantes viviam uma vida perfeita, conhecida como o jeito americano de viver. Ninguem esperava que este filme de orçamento mediano que foi escrito por um roteirista em incio de carreira (Alan Ball, criador da magnifica serie A Sete Palmos) e dirigida por um diretor também estreante (Sam Mendes) fosse tocar na ferida dos americanos.

o estranho habito de Ricky

um dos delírios de Lester



 









A historia gira em torno da familia Burnhan. Temos Lester (Kevin Spacey, excelente) um cara conformado que tem que se masturbar para satisfazer seus desejos já que a mulher Carolyn (Annette Bening, ótima) só se preocupa consigo e sua imagem de esposa trabalhadora e perfeita. Os dois tem uma filha, a adolescente Jane (Thora Birch). A garota está naquela fase onde vive criticando os pais. Ela tem amizade com a espevitada Angela (Mena Suvari), uma moça que desperta o interessante de seu pai. A vida dessa família muda tragicamente com a presença dos novos vizinhos, os Fitts. Essa família tem uma mãe distante e calada (Allison Janey), o controlador e ex-coronel da marinha Frank (Chris Cooper) e o filho adolescente Ricky (Wes Bentley). O garoto tem mania de filmar tudo ao seu redor, inclusive a vizinha Jane. Ricky trabalha de garçom como faixada, pois é traficante de drogas. Ele acaba fazendo amizade com Lester e iniciando um namoro com Jane. As drogas que Lester usa apenas o ajuda a mudar o rumo de sua vida. Ele pede a conta do emprego, arranja um trabalho numa lanchonete (segundo ele, um trabalho de menos responsabilidade possível) e fazendo tudo o que costumava a fazer antes ou seja, ter liberdade.

Wes Bentley, Thora Birch e Mena Survari


Conforme o filme se desenvolve, tudo vai se encaixando para a tragedia que o próprio Lester anuncia. Segredos vão se revelando e filme fica da vez melhor. Para um diretor estreante em longas para o cinema, Sam comanda com maestria o seu precioso elenco, principalmente Kevin e Annete. Os dois arrasam como um casal que vive de aparências até que tudo o que estava entalado é dito. Jane acha o pai nojento, ja que ele desenvolve uma atraçao por sua amiga e acha sua mae superficial, a relaçao dos tres é, no minimo, complicada. O filme poderia cair facilmente no dramalhão se não fosse a delicadeza de Alan Ball por criar uma obra repleta de humor negro. Os personagens são ricamente bem trabalhados e a identificação pelo menos com um deles, é imediata. Uma obra que ficara marcada por mostrar a nova cara de uma nação, outrora tão orgulhosa de si.

MELHOR MOMENTO:
Quando Lester decide mudar de vida sua esposa o surpreende em casa de pijama com um carrão novo na garagem e um carrinho de controle remoto andando dentro de casa. O novo Lester diz tudo o que sente, assim como Carolyn e temos uma cena que resume o todo o filme de modo notavel.




CONHEÇA MELHOR O BADFISH



Versão digital do fanzine Badfish editado por mim, Khaoe Fabian Reis Pacheco, entre os anos 1999 e 2001. Escrevia e editava o fanzine, quem digitava era minha amiga Andrea Bertoldi, já que na época eu não possuía computador.O nome do blog é retirado de uma musica de uma das minhas bandas favoritas, o Sublime.  Possuía trés colaboradores fixos, o Lexy Soares de São Paulo e Paulo Joubert de Minas Gerais, que falavam sobre quadrinhos e o Goku Urameshi de São Paulo que escriva sobre desenhos japoneses.

primeiro logotipo do blog


Gosto de cultura pop a muitos anos e, crescendo nos anos 80, pude ter o privilegio de assistir clássicos do gênero que curto até hoje. É difícil encontrar fãs assim, mas eu gosto de desenhos japoneses, series americanas e inglesas, filmes em geral, quadrinhos americanos e japoneses e as séries tokusatsu. Um gosto bem variado, normalmente os fãs de cultura pop ou gostam de um ou de outro. No Badfish, não ligo para o números de visitantes, comentários  e nem nada do gênero e também não cai na tentação de publicar anúncios e descolar uma grana, faço o blog para mim mesmo como uma forma de terapia contra o estresse do dia-a-dia. A seguir, faço um analise das seções do Badfish.

segundo logo do blog

A SEMANA: resumo do que mais importante rolou no mundo do entretenimento.

BAU DAS SÉRIES OBSCURAS: pode ser novo ou velho, mas os seriados mais cultuados, aqueles que poucas pessoas conhecem, ou que são difíceis encontrar informações sobre eles, tem espaço nessa seção.

CONHEÇA: sempre que eu tiver oportunidade de assistir uma nova série, faço um pequeno resumo e dou minha opinião se vale a pena ou não assistir.

COISAS QUE A GENTE APRENDE...: as vezes assistir um filme ou um seriado pode ser uma interessante fonte de informação e aprendizagem, por isso existe a seção Coisas que a Gente Aprende.

DESCANSE EM PAZ: grandes seriados que deixaram saudades e merecem uma homenagem.

LISTA: uma seleção do que ha de mais interessante na cultura pop, no formato top 10.

MAS COMPANHIAS: O nome da seção é pura ironia pois, a cada novo filme que assisto ou algo que vale a pena ser dito, apresento uma dica do que vale a pena curtir.

MEUS FILMES:  os meus filmes preferidos e que, de alguma forma, fizeram parte da minha vida.

OPNIÃO: sempre que tiver um assunto a ser discutido, apresento a minha opinião.

PERFIL:  um pouco da carreira dos meus atores favoritos.

POR ONDE ANDA? : o que anda fazendo os artistas que me fizeram parte de minha infancia?

SOUND TRACK - A MUSICA DE CINEMA: o que seria de um filme sem uma bela canção que o represente?

terceiro logo do blog, que dá lugar ao novo abaixo.








terça-feira, 6 de novembro de 2012

A BELEZA E O TALENTO DE ELIZA DUSHKU

UM PERFIL DA CARREIRA DA ATRIZ ELIZA DUSHKU



Desde nova Eliza Dushku era conhecida como queem drama ou rainha do drama no bom português  devido ao "talento' da menina em fazer uma cena para seus pais. Foi durante o ginásio e nas aulas de artes que ela sentiu que nasceu para a "coisa". Em 1992, após inúmeras audições, os produtores do filme That Night a escolheram para um dos papeis principais. Ela arrancou elogios, apesar deste filme não ser muito conhecido. Mas foi o suficiente para colocar sua carreira nos trilhos.

Após algum período de participações em filmes menores, Eliza descolou um papel de destaque no filme True Lies, ao lado de Arnold Shwarzeneger e Jamie Lee Curtis. O sucesso desta película, fez as agencias de talentos crescerem o olho na garota que poderia ser uma nova estrela. Atuou ao lado de Leonardo diCaprio e Robert de Niro em O Despertar de um Homem. O carisma de Eliza como protagonista foi testado na comédia bobinha As Apimentadas, ao lado de outra bela atriz com a carreira em ascensão, Kirsten Dunst. Por incrível que pareça, Hollywood transformou As Apimentadas numa franquia rentável em video. Porem, antes desse filme estourar, Eliza ganhou um papel que a faria conhecida no mundo todo. Como Faith a ardilosa caçadora de vampiros em Buffy - A Caça Vampiros. Este papel foi tão marcante na vida de Eliza que, a partir de então, só foi escolhida para interpretar papeis de garotas fortes e cheias de atitudes, estilo bad girl. Muitos fãs consideram a terceira temporada de Buffy a melhor devido a presença de Eliza. A bem da verdade é que ela roubou a cena, criando uma nova dinâmica para o show. Dushku repetiu o papel no seriado Angel, onde a personagem foi mais trabalhada.



O primeiro papel de Eliza como protagonista já adulta foi no fraco filme de terror Panico na Floresta. Sabe como é, até os atores precisam pagar as contas e aceitam vez ou outra estrelar alguma bomba. Em 2003, um grande oportunidade surgiu para a moça ao ser convidada para ser a estrela principal da série True Calling. Este drama sobrenatural original durou duas temporadas e mostrava a atriz fazendo o papel de uma garota com um dom especial que trabalha num necrotério  Neste seriado, ela contracenou com Jason Priestley, o Brandon de Barrados no Baile. Com o cancelamento de True Calling, Eliza passou um tempo fazendo participações em séries e em filmes, e também emprestando sua voz para jogos de vídeo game. Sendo muito amiga de Joss Whedon, os dois acertaram a volta dela para TV como protagonista de um novo show. O arrojado e ambicioso Dollhouse durou duas temporadas e o mesmo numero de episódios produzidos para True Calling, 27. Eliza estrelou a série como Ecco uma garota manipulada por uma agencia que a cria como uma agente que atua disfarçada a cada capitulo.

Desde o final de Dollhouse, Eliza vem atuando como artista especialmente convidada em várias séries. Sua voz marcante e um pouco rouca garantiram um emprego como dubladora Mulher-Gato e Mulher-Hulk, ambas personagens de quadrinhos que ganharam especiais para DVD. Com um misto de doçura e rebeldia, Eliza Dushku encanta a todos ao seu redor e, muito talentosa, merecia ter vários outros papeis de destaque em sua carreira.




quarta-feira, 31 de outubro de 2012

DESCANSE EM PAZ: BRISCO JR



Durante a década de 1960 o tipo de serie que reinava supremo na televisão americana eram os seriados de faroeste. Produções como Chaparral e Bonanza eram as mais assistidas. Em 1993 a FOX tentou ressuscitar o gênero com Brisco JR. (Adventures of Brisco County JR). Com 27 episódios produzidos, o seriado é lembrado até hoje por sua produção bem requintada e ação incessante.



Recém formado em direito por Havard, Brisco County Junior (Bruce Campbell de A Morte do Demônio e Homem-Aranha) testemunha seu pai ser assassinado pela quadrilha do perigoso bandido Jonh Bly (Billy Drago) e resolve se vingar indo atrás de cada membro e faze-los pagar. Para isso, ele acaba virando um caçador de recompensa onde tenta acabar com todo o tipo malvado que circula pela cidade. Seus serviços são contratos por um escritório a mando de Socrates Poole (Christian Clemerson). No começo de sua jornada, Brisco e seu belo cavalo Cometa acabam cruzando o caminho com outro caçador de recompensas, o marrento Lorde Bowler (Julius Carry, morto em 2008) que se estranham, mas depois se tornam amigos. Brisco por onde passa arranca suspiros da mulherada, principalmente da malandra Dixie Coussin (Kelly Rutherford, vista hoje em dia em Gossip Girl - A Garota do Blog). A propósito, o nome da personagem vem de uma antiga e  famosa cancão americana chamada Heart of Dixie, que também é o nome do drama estrelado por Rachael Bilson de The O.C. - Um Estranho no Paraíso.


A estrutura narrativa da série era bem interessante, cada bloco era dividido em capítulos e, no final de cada episódio, um gancho emocionante era mostrado geralmente com o personagem em perigo que só seria resolvido no próximo episodio. Essa era uma pratica bem comum nas séries dos anos 1960 para manter a audiencia ligada semana após a outra. Nem esse truque esperto fez a série ser renovada para a segunda temporada, ainda que a primeira tenha tido um numero expressivo de episódios, 27. Outro detalhe que chamava a atenção para o seriado era a mistura entre faroeste e ficção cientifica com a inclusão do Orbe, um objeto oval brilhante que vira o alvo de interesse da bandidagem.  Segundo a Warner Bros que produzia a série a pedido da rede FOX, o motivo do desinteresse do grande publico pelo programa eram as séries policiais e os dramas de tribunal que tomavam conta da grade das grandes redes na epoca. Uma pena que durou pouco. Quem assistiu o programa nas madrugadas da Rede Globo no final dos anos 1990 e, mais tarde, na Warner Channel, sabe que, a série era muito boa e divertida.




terça-feira, 30 de outubro de 2012

MÁS COMPANHIAS: O ESPETACULAR HOMEM-ARANHA

O ESPETACULAR HOMEM-ARANHA (THE AMAZING SPIDER-MAN)
EUA, 2012, DIREÇÃO: MARC WEBB
COM ANDREW GARFIELD, EMMA STONE, RHYS IFANS, 
MARTIN SHEEN, SALLY FIELD. 



Este filme tinha uma tarefa bem difícil, superar a trilogia do Homem-Aranha que faturou mais de 1 bilhão de dólares de bilheteria. Os filmes dirigidos por Sam Raimi foram a galinha dos ovos de ouro da Columbia/Sony Pictures que, claro queria mais e mais. Mas o rompimento com o diretor fez o estúdio seguir uma nova, e arriscada direção: começar tudo novo.

A história, é quase a mesma, tirando uma ou outra mudança como a protagonista feminina ser a clássica namorada do herói nos gibis, Gwen Stacy (Emma Stone). Ela trabalha como estagiaria no laboratório Oscorp onde o Dr. Curt Connors (Rhys Ifans) está trabalhando num novo projeto envolvendo regeneração genética. É lá que o curioso e inteligente Peter Parker (Andrew Garfiled) vai parar ao tentar desvendar os segredos de seus pais. Peter foi criado pelos seus tios Ben (Martin Sheen) e May (Sally Field) da melhor maneira possível, nunca se envolvendo em confusões. Mas é difícil para o garoto quando tem Flash Thompson (Chris Zylca), um cara metido a valente, zoando da cara dele. Ao fazer uma visita para o Dr. Connors, Peter é picado por uma aranha e de repente acaba descobrindo ter super poderes. Viu nada muito diferente dos filmes anteriores, certo?

















Parece que a Marvel e a Columbia não quiseram se arriscar muito mesmo, fazendo um filme semelhante aos da trilogia. Leve e descompromissado. Andrew Garfield, o novo aranha, é tão carismático quanto Tobey Maguire mas, se é para comparar, tanto o Peter dos gibis, quanto Tobey pareciam mais nerds. O Peter deste filme, parece moderninho usando cabelo da moda e andando de skate. Para os fãs puritanos, esse pode ser um detalhe que conta e muito.  Mas o rapaz é bom ator, é só reparar na emocionante cena da morte de um dos personagens. Já Emma Stone como Gwen personifica a personagem que os fãs amaram tanto e que sabem que não tem um futuro muito bom pela frente. Ou outros membros do elenco estão bem também, apesar do roteiro focar mais no casal principal. Como todo bom filme de super-herói, um grande vilão a altura foi criado com um veterano dos quadrinhos, Lagarto.

Com efeitos especiais cada vez mais espetaculares, O Espetacular Homem-Aranha cumpre bem a missão de criar uma nova franquia, mas com um gostinho de "ainda é tão cedo". É muito difícil apagar da memoria, Maguire, Kristen Dunst e todo o universo criado por Sam Raimi nos filmes que já entraram para história dos grandes do cinema.



SOUND TRACK - A MUSICA DE CINEMA

PAUL MCCARTNEY AND THE WINGS: LIVE AND LET DIE TRILHA SONORA DO FILME  COM 007 VIVA E DEIXE MORRER.




 Uma coisa que não pode faltar num filme do agente 007 é a trilha sonora. As musicas geralmente são exibidas junto aos créditos iniciais que são praticamente um video clipe. Os produtores da ciniserie sempre contratam grandes nomes da musica para criar uma canção exclusiva para o filme. Completando 50 anos de sua criação, James Bond sempre nos surpreende a cada nova produção. Mas, em 1973, o publico curtiu a musica Live and Let Die escrita pelo beattle Paul Mccartney e sua então esposa Linda. Essa cancão maravilhosa, que marcou uma geração que a transformou num hino, é trilha do filme Com 007 Viva e Deixe Morrer que marcou a estreia de Roger Moore no papel.


domingo, 28 de outubro de 2012

PARANÓIA OU PRECAUÇÃO?

GRANDE DESTAQUE DO PREMIO EMMY ESSE ANO, HOMELAND RETRATA O ESPIRITO DE UMA NAÇÃO QUE VIVE COM MEDO.



Desde os terríveis atentados aos EUA em setembro de 2001, que a America vive em constante estado de alerta. Hollywood demorou anos a tocar no tema temendo que os americanos quisessem simplesmente esquecer o fatídico dia 11 de setembro. As primeiras grandes produções a falar abertamente foram As Torres Gêmeas de Oliver Stone e Voo United 93 de Paul Greengrass. Na televisão as séries abordavam o assunto tendo personagens secundários representando ex-combatentes da guerra do Irã. Com Homeland, temos o primeiro seriado a ter o tema terrorismo como a principal do enredo.

Regravação de uma serie, vejam só, israelense chamada Hatufim ou Prisioners of War, quando vendida para o exterior, Homeland conta a história de Carrie Mathinson (Claire Danes, de Meus 15 Anos) uma agente da CIA que recebe a dica de que um americano foi convertido e pode vir a plantar novas ações terroristas no país. Imediatamente, ela desconfia do sargento Brody (Damien Lewis), que foi resgatado após ser mantido 8 anos prisioneiro da Al Qaeda. Carrie praticamente para de viver para ficar a disposição para seguir todos os passos de Brody, chegando até a instalar câmeras e microfones na casa do sargento sem autorização de seus superiores. No elenco deste intenso drama temos a presença de Mandy Patikin como Saul um superior de Carrie que a partir do sexto episodio tem algumas atitudes bem estranhas e da atriz nascida no Brasil Morena Baccarin (vista em V - Os Visitantes e Firefly) como Jessica esposa dedicada de Brody que achou que o marido havia morrido e acaba tendo um caso como o melhor amigo dele Mike (Diego Klatenhoff).



Com produção bem feita e elenco afiado, Homeland ja conquistou o publico e critica logo na primeira temporada ano passado. Os prêmios Golden Globe de melhor atriz e série só comprovaram isso. Este ano, a série desbancou a favorita Mad Men e conquistou os principais prêmios do Emmy Awards (considerado o Oscar da TV). A grande sacada dos roteiristas, cujos os principais Alex Gansa e Howard Gordon foram os criadores de 24 Horas, é criar uma tensão crescente que deixa o espectador curioso para ver o próximo episódio (o que está acontecendo comigo). O que seria de uma boa história sem os seus atores, certo? Neste caso, Claire Danes fez por merecer os prêmios que recebeu, encarnando uma personagem obesecada e doente que cria uma relação a beira do fanatismo por Brody. Ele, aliás, de pobre coitado vitima de sequestro e torturas cria um nó na cabeça de quem assiste pois tem atitudes pra la de estranhas o que o torna suspeito de ser o terrorista que Claire está atrás.

A série investe na paranoia que a nação americana vive ao ponto de temer qualquer estrangeiro que apareça. Teve a segunda temporada iniciada esse mês nos EUA, aqui no país, apesar de tema apresentado pela produção fugir um pouco da realidade dos brasileiros, é exibida no canal a cabo FX.

Claire Danes, Damian Lewis e a brasileira Morena Baccarin.