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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

ADEUS, TIO!


Dia 22/02/2011 nos deixou Carlitus Reis. Meu tio. Yuppie. Artista. Artesão. Musico. Inumeros adjetivos poderia usar para descreve-lo.

Nascido em 12/12/1951 em Blumenau/SC, com 16 anos ele deixou a familia, e largou os estudos para seguir seu destino, não escapou da obrigatoriedade de se alistar, escolheu a aeronáutica. Se não fosse pela preferencia por ser livre, ele teria escolhido ficar preso num escritorio da Aeronautica, servido o país. Ele não quis esse destino e saiu para o mundo novamente, foi para na Bahia, onde aprendeu a ser um artesão de primeira se especializando em couro. Mas ele tambem esculpia e pintava belos e coloridos quadros.

Tambem chamado de Jimmy, devido a semelhança com a lenda da musica Jimmy Hendrix, o tio Carlitus foi um dos fundadores, ao lado de sua querida amiga Nancy, da Feirinha do Largo da Ordem, onde artesãos expõem suas criações. Devido ao habito de fumar desde de cedo - ou seria problema genético, já que minha avó, portanto a mãe dele tambem tinha - ele sofria de enfisema pulmonar do tipo mais grave e esse foi a causa de sua morte. Ele não podia mais respirar o ar livre que sempre curtiu.

Toda a familia e amigos sentiram sua falta. Mas como diz um lindo ditado americano, tudo que é bom, um dia acaba.




Abaixo, sites da Internet que noticiaram seu falecimento:


http://www.flickr.com/photos/maringas/5471434917/in/pool-519560@N25/

sábado, 26 de fevereiro de 2011

MEUS FILMES, MINHA VIDA






UMA CILADA PARA ROGER RABBIT (1988)

Para quem curte desenhos animados, principalmente os antigos, este filme é um prato cheio. Uma Cilada Para Roger Rabbit (Who Framed Roger Rabitt, o titulo original é uma pergunta, mas uma tradição em Hollywood diz que um filme cujo o titulo é uma pergunta, leva azar nas bilheterias) conta a historia de detetive Eddie Valiant (Bob Hoskins) que é contratado para investigar um mistério envolvendo o astro dos cartoons Roger Rabitt. Estamos na década de 1930 e os personagens animados existem de verdade. Com uma homenagem aos filmes noir, a trama apresentada todos os cliches do genero como o detetive que se envolve com uma dama ambigua, no caso a estonteante Jessica Rabbit (um desenho tão bem desenhada que acaba realmente sendo sexy), crimes, traições e mortes. Quem está por tras de tudo é o Juiz (Christopher Lloyd) que deseja a fortuna com a venda da Desenholândia. Roger acaba convencendo Eddie a embarca no mundo doido dos desemhos.

A história, apesar de ser bem interessante, fica em segundo plano por causa da produção bem feita. O filme é dirigido por Robert Zemenski saido do estrondoso sucesso de De Volta Para o Futuro que fez com que acreditassemos que os desenhos realmente convivem com os humanos. Falando na animação, o filme é muito bem animado.. Outro destaque é que o filme foi produzido pela Disney, portanto o enorme portifólio de personagens do estudio aparecem em pontas muito especiais, mas mais do que isso houve participações dos personagens da Warner (Pernalonga, Patolino...), Universal (Pica Pau), Harvey (Gasparzinho) e outros. Prova que o diretor e o produtor Steven Spielberg além de terem realizado um excelente filme, fizeram uma grande homenagens ao produto que nso faz sonhar desde crianças: os desenhos animados.

"Eddie: como voce pôde se apaixonar por aquele
coelho maluco?"
"Jessica: Por que o Roger me faz rir!"
Eddie -

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

SEM MEDO DE ARRISCAR


UM BALANÇO DA CARREIRA DE ANNE HATHAWAY

Ela tem um rostinho angelical e a maneira elegante de interpretar das grandes atrizes clássicas de Hollywood como Judy Garland e Audrey Hepburn. Anne Hathaway vem se destacando a cada novo trabalho. Querendo fugir dos esteriótipos impostos pela industria do cinema (mocinha de comédia romantica, protagonista de aventuras juvenis,...), Anne soube escolher bem seus projetos a base de persistencia e diciplina.

Batizada Anne Jackeline Hathaway em homenagem a esposa de Willian Sheakspeare, a garota tem o sangue teatral nas veias, sua mãe é uma famosa atriz de teatro de Nova York e seu pai advogado. Desde muito nova foi influenciada pela mãe em seguir carreira e freqüentou as mais prestigiadas escolas drámaticas da região da grande maçã. Não quis ficar em prol apenas do teatro e aos 17 anos (ela nasceu em 1982) ganhou o papel principal da elogiada série Caia Na Real (Get Real) que teve apenas uma temporada em 1999. Sua personagem, uma garota tagarela que também narrava o programa, fez a bela ganhar alguns premios e uma pequena projeção.

Com peças teatrais bem sucedidas e com a elogiada atuação em Caia na Real, o céu se tornou o limite para a talentosa atriz. Um tempinho depois, ela ganhou o papel em O Diário da Princesa, produção da Disney em que ela teve a honra de contracenar com Julie Andrews. Seu rosto de boneca fez a garota ficar mais dois anos na Disney estrelando filmes infanto juvenis.

Em 2005, Anne fez o teste para a mulher do peão Jack Twist em O Segredo de Brockbrack Montain. Mas o diretor Ang Lee não queria uma "menininha" da Disney no seu drama. Hathaway convenceu o cara carregando na maquilagem e com muita insistência. Apesar do papel pequeno, ela rouba as cenas em que aparece. Em seguida, fez outro drama, Havoc, que dava sinais claros que ela queria arriscar papéis mais ousados e dramáticos. No ano seguinte ela participou de uma filme que redefiniu sua carreira: O Diabo Veste Prada. Ao lado da excelente Merryl Streep, ela fez Andrea uma recem formada jornalista que vai trabalhar com a editora chefe de uma revista de moda. Miranda é a chefe que ninguém queria ter. A personagem de Anne é tão carismática que quase Meryl é ofuscada. Quase.

No ano de 2007 ela realizou um sonho profissional ao interpretar a escritora inglesa Jane Austen no filme Amor e Juventude. Nos anos seguintes, fez as comédias Passageiros, Agente 86, Noivas em Guerra e O Casamento de Rachel, um drama onde foi, outra vez, elogiada por sua atuação. Em 2010, fez a Rainha Branca no louco filme de Tim Burton Alice no País das Maravilhas. Este ano estreou mais um filme polemico em sua carreira. Em Amor e outras Drogas, ela volta a filmar com seu amigo pessoal Jake Gyllenhaal, ousa em aparecer nua em diversas cenas e também protagoniza algumas cenas de sexo. Esta película me decepcionou um pouco, achei um filme sem identidade.

Sempre corajosa em suas escolhas profissionais, Anne Hathaway tem uma agenda cheia nos próximos anos, que incluem as produções Rio, Batman 3 e Alien: O Inicio. Prova que a garotinha da Disney não tem medo de encarar todos os tipos de papéis.

25 ANOS DE UM NOVO CLÁSSICO




No mês de setembro desse ano se comemora os 25 anos de Os Cavaleiros do Zodíaco. Qualidade do roteiro da produção a parte (a série é acusada de ser muito repetitiva), o animê é o mais famoso desse genero já exibido no Brasil e abriu as portas para -o que os criticos diriam ser- a febre dos desenhos japoneses.

Cavaleiros conta a história de bravos jovens guerreiros escolhidos para protejer a reencarnação da deusa Athena. Talvez foi a sacada de fazer os personagens vestirem armaduras que possuem formas de animais das constelações estelares ou pancadaria e sangue excessivos mostrados na telinha, muitas pessoas tentam, em vão, explicar o sucesso desse desenho. Exibido pela primeira vez no Brasil no dia o1 de dezembro de 1994 na Rede Manchete, o animê acabou surpreendendo a todos (licensiadores, emissora, etc), pois em pouco tempo acabou se tornando uma mania que nunca tinha sido vista antes. Revistas especializadas, conduzida pela Herói (publicação semanal que no seu auge conseguia vender tanto quanto a revista mais vendida nas bancas, Veja), pipocavam nas bancas, outras emissoras compraram diversos desenhos parecidos e um incontavel numero de produtos licensiados e piratas foram lançados. É bom lembrar que Cavaleiros fez sucesso numa epoca em que a internet não era a força de hoje e todo o bafafa em torno da produção foi feito de boca-a-boca entre os adolescentes. O sucesso desse desenho abriu as portas para os desenhos japoneses. Grupos se formavam para assistir novos ou mesmo clássicos da animação japoneses, os mangas em que o seriado foram baseados foram publicados aqui semelhante ao Japão, com leitura de trás pra frente e foram campoes de venda, a cultura do colsplay (em que os aficcionados fazem e usam roupas de seus personagens favoritos em apresentações) criou fortes raízes aqui, os jovens se interessaram em aprender a desenhar mangás e tambem a lingua japonesa. Enfim, não dá pra ficar falando dos feitos que os Cavaleiros trouxeram para o país, daria uma extensa reportagem só sobre esse tema.

Eu assisti novamente a série após um hiato de 10 anos - quando o canal 7 de Curitiba cortou o sinal da Manchete para passar a Record -, passando a acompanhar "Seiya e os outros" por revistas e internet. Tudo baixado pela internet na versão "ripada" do Cartoon Network. Minha opnião pessoal é que o animê realmente é repetitivo (Saori é sempre sequestrada por algum vilão, Seiya sempre apanha mas derrota quase todos os inimigos e Shun sempre é salvo por Ikki. etc). Mesmo assim é ainda um dos meus preferidos pois lembra a epoca em que comecei a me interessar mais por cultura pop a ponto de colecionar revistas, artigos, etc. Eu não estaria escrevendo este artigo que voce está lendo se não fosse os Cavaleiros.

Os detentores do desenho na Brasil compraram a produção, mandaram redublar a série toda (com poucas alterações nas vozes dos dubaldores) e a reestrearam 10 anos após a exibição original. O grande plano de fazer voltar a febre dos Cavaleiros não deu muito certo, em parte devido ao mal aproveitamento da Band (que em 2010 fez pior) e outro que fã que é fã deu seu jeitinho de rever o desenho, e outro que as crianças de hoje estão interessada em coisas mais modernas como Ben 10. Mas os novos episódios referente a tão esperada fase Hades vieram para o país e reacenderam o coração dos fãs e de quebra, abocanharam mais outros. Resultado, tanto a chamada série clássica, como a nova saga, se tornaram campões de vendas em DVD.

Hoje é tudo tão rápido e fácil que é muito simples a "nova" geração de fãs de desenho japoneses acharem Cavaleiros tosco, mas eu assisti o programa na epoca em que a unica opção era a Manchete que, sempre prestigiou as produções da terra do sol nascente, e a TV a cabo ainda é como hoje, se interessam mais em produções americanas. Então, toda a vez que algum desses novos fãs, ou mesmo velhos, abrirem a boca para falar mal dos Cavaleiros do Zodiaco só tem que pensar uma coisa: sem eles, duvido que conheceriam a maioria das coisas relacionadas cultura pop que eles conheçam hoje.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

BELEZA ARTIFICIAL





A LOUCA VIDA DE PAMELA ANDERSON

Ela é linda, loura e polêmica. Pamela Anderson foi a sexy symbol máxima dos anos 1990, destronando as então top models que eram o padrão de beleza na época. Ela veio ao mundo como Pamela Denise Anderson em 1967 na cidade de Vancouver, no Canadá. Foi descoberta ao ter um close de seu rosto mostrado num telão de um estádio durante uma partida de futebol americano. A partir daí, ela começou a ser convidada para fotos em catalogo de roupas intimas até ser convidada para pousar nua para a Playboy canadense. Com toda exposição gerada com o trabalho, foi um pulo para ela largar tudo e se mudar para Los Angeles.

O ano 1992 foi o decisivo para a sua carreira. Ela fez o teste e ganhou um papel de destaque na série Baywatch (chamada no Brasil de S.O.S. Malibu). Não é exagero dizer que Pamela foi uma das responsáveis pelo sucesso mundial do seriado (ver box abaixo) e se tornou figurinha facil nas capas da Playboy (ela é a recordista mundial com 14 ensaios). Foi a primeira celebridade a colocar silicone nos seios. Turbinada, Pam se tornou objeto de desejos masculinos, alem de desfilar de biquínis e maiôs no show, protagonizou um polêmico vídeo erótico com seu ex-marido Tommy Lee que vazou na internet (isso quando a rede mundial não era como é hoje). Falando no ex, a bela teve dois filhos com ele e um casamento conturbado, com direito a brigas e batalhas na justiça.

S.O.S Malibu estava ficando pequeno para a grande popularidade alcançada pela atriz e ela pediu para sair em 1997. Após estrelar alguns filmes de média repercussão (como a adaptação dos quadrinhos Barb Wire), Pam resolveu estralar e co-produzir VIP série que durou 4 temporadas (1998/2002). Depois do termino do programa sua vida pessoal se tornou mais destacada de que sua profissional. Ela se casou com outro astro da musica, Kid Rock e tambem um jogador de pôquer. Detalhe, todos os casamentos acabaram abaixo de polêmicas e brigas.

Diferente de que os tablóides sugerem, Pamela não é só escândalos. Em 2007, quando descobriu ser portadora de Hepatite C (o mais grave tipo dessa doença), ela liderou uma campanha para esclarecer a população americana sobre e a doença (que ela adquiriu ao consumir drogas injetáveis com Tommy Lee) e também é defensora fervorosa das causas contra mal tratos contra animais e a mais de uma decada é vegetariana. Isso tudo não é revelado para impressa, já que a trinca sexo-drogas-rock n' roll vende mais revistas do que as boas causas.


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Baywatch - S.O.S Malibu (1989-1999) é detentor de uma recorde incrivel. É o seriado de Tv mais assistido de todos os tempos com 1,7 bilhões de pessoas. Vendido para 142 países, a atração se tornou famosa por apresentar um grupo lindo e sarado de salva-vidas as voltas de resgates, salvamentos e proteção ao meio-ambiente nas praias de Malibu. Os maiôs vermelhos usados pelas atrizes chamavam a atenção todas a vezes em que eram mostradas na tela. Ficaram famosas as cenas onde as personagens de Pamela Anderson (com consideraveis mililitros de silicones no seios), Yasmin Bleeth, Carmen Electra, entre outras, corriam pela praia em camera lenta. Aliás, outro recorde realizado pelo seriado é que todas as atrizes principais, menos uma, foram capas da revista Playboy.

Ligados e sarados: dizem
que o sucesso da série é
por causa do belo elenco

domingo, 13 de fevereiro de 2011

MEUS FILMES, MINHA VIDA



SURPRESAS DO CORAÇÃO (1995)

Nunca fui muito fã de comédias românticas. Não sei se é por que elas são bobinhas e previsíveis ou se a minha vida amorosa sempre foi devagar e eu tinha certo desconforto por assistir casais vivendo sua história de amor. O único filme de romance que eu gosto ao ponto de ele ser um dos meus filmes preferidos é Surpresas do Coração (French Kiss, 1995).

A película conta de história de Kate (Meg Ryan, inspirada) uma jovem reprimida e tímida que mora no Canadá e tem medo de voar de avião. Mas seu noivo Charlie (Timothy Hutton) precisa ir para Paris participar de um congresso. Por seu pavor das alturas, Kate acaba ficando em casa e recebe a pior noticia que podia ter: Charlie se apaixona por uma francesa e decide ficar na França. A lourinha decide criar coragem e ir para cidade luz atrás do seu amado. No avião, ela conhece o trambiqueiro Luc (Kevin Kline, ótimo) que acaba fazendo nossa heroína perder o medo das alturas. Como nem tudo na vida - e nos filmes - dá certo, Kate acaba passando muitas privações como ter sua bagagem roubada e ser usada como "mula" para o malandro Luc levar as jóias que ele roubou do irmão e tambem testemunhar a paixão repentina do noivo. Por fim, ela resolve dar a volta por cima e se tornar uma mulher mais atraente e decidida, tal qual sua rival Juliet (Susan Anbet). Luc acaba se apaixonando por ela e até seu noivo cafajeste percebe a jóia que está perdendo.

O filme é muito bom de assistir e Meg Ryan está ótima como uma paranóica que fica desesperada ao perder seu noivo (mas no final acaba descobrindo que ele não é grande coisa). Ela também é produtora desse filme e vivia a fase mais gloriosa da sua carreira como a "namoradinha da américa", sempre estralando filmes açucarados. O diretor de Surpresas do Coração é Lawrence Kansdan conhecido por ser o roteirista de Os Caçadores da Arca Perdida, ou seja ele é um dos caras que fez Indiana Jones ser o maior herói do cinema! Ele soube aproveitar bem a França e suas paisagens maravilhosa. Tambem filmou em lugares belíssimos de Paris. Surpresas do Coração é um filme de romance como qualquer outro, que voce sabe como que vai acabar. Mas tem um toque de classe que só a França é capaz de fazer por uma produção.


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A Torre Eiffel está para Paris assim como o Cristo Redentor está para o Rio de Janeiro ou as Cataratas para Foz do Iguaçu: impossível imaginar a cidade sem esse monumento construído em 1889. Feita por encomenda pela prefeitura de Paris ao engenheiro Gustave Eiffel. O projeto inicial era fazer algo que chamasse a atenção dos visitantes da Feira Mundial que seria realizada no ano 1889. A idéia da Torre foi de dois empregados de Eiffel, que a principio achou a idéia absurda. Os engenheiros Koechilin e Nouguier se basearam nos arranha-céus cada vez mais populares na América. Eiffel decidiu comandar o projeto apenas por livre e espontânea pressão do prefeito da cidade luz (ou ele fazia ou perdia o direito de fazer outra grande obra sua, um canal artificial de agua). Mas com o tempo, acabou abraçando a causa dessa maravilha da engenharia. Trabalhando com toda a lei da física, o frances construiu a torre de modo que ela não inclinasse com os fortes ventos que atingem Paris e pensou até no futuro ponto turistico que ia se tornar ao projetar elevadores que são utilizados até hoje.

A Torre Eiffel foi construída no período de 1887 e 1889 e, inicialmente, ela seria desmontada, mas o publico que compareceu ao evento ficou tão maravilhado que o governo da França decidiu deixa-la ali por tempo indeterminado (essa é a versão romantica, a verdadeira é que a Torre serve como transmissor das rádios da cidade). Sua construção é considerada um verdadeiro esforço de equipe (se bem que em determinado momento, seus operários fizeram uma greve pedindo aumento) e que fez uma construção tão bem feita que ela precisa passar por reparos a cada 50 anos.
Uma curiosidade é que durante o filme, quando tudo da errado para Kate ela não consegue visualizar a Torre Eiffel de nenhuma maneira, até que quando tudo começa dar certo e ela finalmente consegue ver essa obra sem igual.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

BAU DAS SÉRIES OBSCURAS


TERRA: CONFLITO FINAL (1997-2000):

No auge do sucesso de Arquivo X na segunda metade da década de 1990, a Record, emissora que exibia as aventuras de Mulder e Scully, decidiu investir nos seriados. O canal não tinha as pretensões megalomaníacas de hoje e se preocupava mais em agradar seus espectadores. Nessa fase comprou diversas séries que faziam a festa dos fãs como Early Edition - Edição de Amanhã, Chicago Hope, Crime em Primeiro Grau e O Quinteto. Dentre esses saudosos seriados tinha o mais discreto, em termos de audiência, deles: Terra: Conflito Final.

A Trama do show falava sobre a chegada dos Tailons uma raça alienígena que promete paz e prosperidade aos humanos. Liderados por Da'an (Leni Parker, de baixo de uma pesada maquilagem), os ets fazem amigos (dentro do governo para proteje-los) e muitos inimigos. Comandados por Jonathan Doors (David Haylem), a resistência possui dois agentes do governo infiltrado entre os "companheiros" (como são chamados) Boone (Kevin Kilner) e a capitã Lili Marquete (a ótima atriz Lisa Howard). Como Da'an estava se desviando dos verdadeiros propósitos dos Tailons - criando simpatia pela raça humana - o líder Tailon envia Zo'or (Anita Laselva), general impiedoso (a raça deles é indefinida) linha dura que tem atitudes questionáveis. Do lado dos mocinhos temos Algur (Richard Chaviliau), provavelmente o primeiro hacker da história dos seriados e dos vilões Ronaldo Sandoval (Von Flores) que "vendeu" sua alma aos companheiros.

O programa surgiu na cabeça de Gene Rodenberry nos anos 1970 e praticamente 100% do piloto que ele escreveu naquela época foi aproveitado no primeiro episódio, tirando alguma outra adaptação que os produtores tiveram que fazer. Isso por que Rodemberry morreu em 1991, seis anos antes do seriado ir ao ar. Sua viúva, Majel Barret (que atua no show como Dra. Julianne Belmont) achou rascunhos e o piloto pronto e ofereceu aos estúdios de TV para produzir. Se voce ainda não ligou o nome a produção, Gene Rodemberry é criador de Jornada nas Estrelas (Star Trek) - ver box abaixo.

Sem a supervisão do criador, a equipe de produção seguiu o próprio caminho. Ainda na primeira temporada, eles manteram uma certa linha a ser seguida, mostrando a luta da resistência contra os Tailons e também o fato de Boone e Lili viverem arriscando seus pescoços trabalhando para ambos os lados. Na segunda temporada houve a primeira grande baixa do programa: Kevin Kilner foi afastado sem motivos (as línguas venenosas dizem que ele não achava bom o roteiro e pediu para sair). Tem se aí a primeira grande mudança do seriado. Sem um protagonista masculino, os produtores optaram por criar um, surge Lian Kincaid (Robert Leechock), um cara que tenta, sem sucesso, tornar-se o centro do seriado. O próximo choque para os fãs foi a saída da atriz Lisa Howard. A gravidez na vida real da atriz só ajudou a personagem ser descartada. Como a audiência do programa ia cambaleando, a medida tomada pelos produtores foi a mesma usada para salvar do buraco Jornada nas Estrelas - Voyager: usar o sexy appel. Uma atriz loura e curvilínea, usando um uniforme de couro apertadíssimo apareceu para salvar a audiência - mas não os roteiros cada vez mais doidos - Renee Palmer (Jayne Heitmier) conquistou a todos (menos os fãs mais hardcores) a ponto de protagonizar o show na quinta e ultima temporada. Aí, já nenhum membro do elenco original fazia parte.

Mesmo com a saída dos personagens principais, e também a total mudança de foco do roteiros entre as temporadas, a série teve uma vida de 5 temporadas, sendo vendida nos EUA no modo syndication onde cada emissora de cada estado compra um programa que não é exibido a nível nacional. Desta forma, da mesma maneira em que alguns lugares a atração fez sucesso, em outros não. Por isso, Terra: Conflito Final ficou no ar todos esses anos mesmo com tanta bagunças em seus bastidores. Um detalhe que chamou a atenção dos fãs brasileiros foi a dublagem. Na primeira vez em que foi exibido na Record em 1998, a sua dublagem era feita na BKS em São Paulo. Depois, quando foi comprado pelo Universal Channel, sua adaptação foi feita na Sigma, com a costumeira troca de vozes, quando esse tipo de situação ocorre. Seus ultimos anos foram dublados na Herbert Richers no Rio, para degringolar a coisa de vez. Ou seja, a história toda envolvendo Terra foi uma bagunça dentro e fora das telas. No Canadá (onde a série foi rodada) e no Brasil. Mas nós, fãs, somos assim, quando gostamos de uma atração bastante, não importa os problemas que ela tem, a gente acompanha até o fim


+

Gene Rodemberry foi um homem visionário para seu tempo. Quando apresentou Jornada nas Estrelas para as emissoras de TV em 1966 ele imaginava um futuro onde homens e mulheres de todas as cores e credos convivessem em paz e harmonia. A prova disso é a tripulação principal da nave era formada por uma negra, um asiático, um alien e um russo. Nesse tempo o clima racial na América ainda era ruim e japoneses e russos eram considerados inimigos do país. Na parte tecnológica, ele apresentou protótipos do que viriam a ser telefone celular, tv de plasma e notebook. Mais anteporal, impossível.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O NOVO SOM DO BELLE & SEBASTIAN




Eles são a banda favorita de quem curte indie rock (rock alternativo). Sem medo de encarar novos desafios musicais, o Belle & Sebastian lança mais um CD que, desta vez, conquistou até mesmo os exigentes criticos musicais (pra falar a verdade, quem escuta os criticos? Nada melhor que voce mesmo escolher o que quer fazer, não?). Write About Love é o nome do novo trabalho do grupo que tem seu primeiro single rolando nas rádios desde o fim do ano passado.

Esta primeira faixa homônima executada (em poucas) rádios conta com a participação nos vocais da atriz Carey Mulligan (de Educação e Wall Street) e seu refrão dá vontade de gritar junto: "eu odeio meu emprego, eu trabalho demais (todo os dias trancado dentro de um escritório)". E as outras faixas apresenta um B&S mais maduro, um pouco distante de suas - famosas entre os fãs - musicas fofas.

A banda surgiu em Glasgow, Escócia em 1996 com a reunião de amigos de faculdade que gostavam do mesmo tipo de musica. O nome vem de um popular livro infantil escrito por Madame Cecile Aubrey sobre as aventuras do garoto Sebastian e seu cão Belle. Aos poucos mais e mais amigos foram surgindo e hoje, eles são um octeto. Uma das inspirações musicais do grupo é musica brasileira e em seu primeiro show no Brasil, eles mandaram um cover de A Minha Menina de Jorge Ben. Conquistaram a todos com sua simpatia e também um pouco de timidez. Timidez essa que não ficou restrita só no inicio de carreira, todos ainda são discretos e reservados.


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Eu conheci o Belle & Sebastian através de um dos melhores programas da MTV: O Lado B. Voltado para o publico fã de musica alternativa, a atração ficou no ar quase uma década na emissora musical (?). A audiencia era tão seleta que até os horários eram "alternativos": meia-noite, dez da manhã... Comecei a ver o programa no ano de 1999, apresentado por uma das melhores comunicadoras do país, Soninha Francine. Dona de um carisma sem igual, Soninha me fez conhcer bandas como Weezer, Superchunk, Yo Latengo, Pixies, além dos mais pop dos alternativos: Radiohead.


MAS COMPANHIAS: O TURISTA


A idéia é perfeita: colocar dois dos atores mais carismáticos de Hollywood num mesmo filme: Angelina Jolie e Johnny Depp. Mas, como diz o ditado, nem Cristo agradou a todos, e o filme O Turista está sendo muito criticado pela impressa especializada. Eu não ligo muito para os critico, e fui ver o filme apenas pela presença da dupla citada acima.

Na trama, Angelina faz Elise uma mulher perseguida pela Interpol por causa do seu namorado Alexander Pierce (não vou revelar quem faz o papel senão estraga todo o filme). Pierce lhe manda um bilhete para ela achar uma pessoa com o tipo fisico dele para enganar a policia e eles fugirem. Elise faz tudo o que o seu amado pede e o professor de matemática Frank (Johnny Depp) é o escolhido para isso. Os policias descobrem a farsa de Elise, mas um mafioso que Alexander roubou dinheiro, acaba perseguindo os dois.

O longa foi oferecido para Jolie que pensou em primeiro lugar no diretor Florian Henckel von Donnersmarck, que realizou o elogiado drama A Vida dos Outros. Acostumado a pequenas produções, Florian optou por dar uma cara de filme pequeno a esta produção, correndo longe dos estilo cinemão com suas perseguições e tiroteios impossiveis. Há cenas de correria, mas não do jeito que voce está acostumado a assistir. Tudo é feito com classe e até discrição. Tanto cenas, como fotografia, figurinos e atuação dos atores é muito bem feita.

Falando nos atores, como não tiveram a idéia de colocar Angelina Jolie e Johnny Depp no mesmo filme antes? Os dois são ótimos em cena. O próprio Depp se queixou de não ter tido a oportunidade de conhecer Jolie antes. A dupla se deu muito bem nos bastidores de filmagem, a ponto da esposa do ator, revelar estar com medo da amizade se transformar em algo mais (ela se lembrou de como Angelina conheceu Brad Pitt, nos bastidores de Sr. e Sra. Smith, ele ainda era casado com Jennifer Aniston). Tudo não passou de boatos.

Com um final surpreendente, o filme é muito legal de ser assistido. Um passatempo leve, que te faz esquecer de toda a porcaria que anda acontecendo no mundo atualmente. Recomendadíssimo.

O BOM

A carismatica dupla de atores principais

O RUIM

Para alguns, pode ter o ritmo um pouco lento, fora dos padroes de Hollywood

O DESTAQUE

Paul Bettany (de O código da Vince) faz um policial obstinado em perseguir Pierce ao ponto de ser chato. Mas no final, ele tem razão...


terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

SAVE WINONA*




Ela já foi a queridinha de Hollywood, hoje é uma figura non grata nas grandes produções. Bastou um delize em sua vida pessoal para Winona Ryder quase cair no esquecimento. Mas os fãs, sempre eles, dão a força necessária para esta talentosa atriz de quase 40 anos continuar seguindo sua carreira, sem o brilho de antes, é verdade, mas chamando a atenção em qualquer papel que ela desempenhe.

Winona nasceu no estado de Minessota, no condado de Olsmted próximo a cidade de Winona em 29 de Outubro de 1971, filha de pais hippies e extremamente liberais, desde de novinha ela gostaria de seguir a carreira de atriz. Apesar de sempre a encorajarem, mãe e pai viviam consolando sua filha por que todos os testes e audições que ela participava não dava em nada. Com um pouco mais de idade, ela resolveu estudar numa grande escola dramática de São Francisco, um passo para chegar em Los Angeles, terra do cinema.

Ela passou no teste para participar do filme A Inocência do Primeiro Amor (1986). Seu estilo chamou logo a atenção dos olheiros de plantão e já em seu segundo papel ela viveu a protagonista do sensível drama Ciranda das ilusões (1987). Seu próximo trabalho, viria a mudar sua vida artistica e amorosa. Em Beetlejuice - Os Fantasmas se Divertem (1988) ela conheceu Tim Burton o diretor que mais tarde a chamaria para participar do excelente filme Edward - Mãos de Tesoura (1990). No set desse filme ela começou um tumultuado romance com Johnny Depp. Por algum tempo, os dois excêntricos atores eram o casal mais badalado de Hollywood. O amor entre eles era tanto que Depp fez uma tatuagem escrito "Winona Forever" (Winona para sempre), após o termino do relacionamento ele apagou a tatoo parcialmente deixando escrito "Wine forever" (vinho para sempre).

No começo a decada de 1990, Winona engatou um filme melhor que outro como Minha Mãe é uma Sereia (1990), Drácula de Bran Stocker (1992) e Adoraveis Mulheres (1994). Em 1997 ela co-estrelou ao lado de Sigourney Weiver seu primeiro blockbuster Alien: A ressurreição. Alguns filmes depois ela estrelou o elogiado drama Garota, interrompida (1999). Essa sua ultima grande aparição no cinema ela teve que dividir as atenções com a então estreante Angelina Jolie. Algum tempo depois seu nome caiu na boca da impressa marron. Vazou um video que mostra ela furtando uma loja chique em Bervely Hills. Esse é o deslize que comentei lá em cima. De repente, a carreira da atriz deu uma estagnada.

Aos poucos ela volta a brilhar, ainda que em papéis secundários como a Mãe de Spock no remake de Jornada nas Estrelas. Ou ainda no drama Cisne Negro, onde está quase irreconhecível como uma bailarina decadente (na verdade, só fui saber que era ela quando o filme acabou e vi o nome dela nos créditos, "voltei a fita" e pude ve-la com atenção). Nada que o tempo não possa curar.

Foto recente de Winona. Aos poucos, ela está
voltando a brilhar.

*o titulo da matéria é referencia a campanha movida pelos fãs que não queriam a ver na cadeia após o roubo.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

MÁS COMPANHIAS: CISNE NEGRO


Este ano o Oscar surpreendeu não por indicar os queridinhos dos independentes, mas sim por voltar as origens selecionando filmes considerados comuns, tirando, claro, o caso de Toy Story 3 que além de melhor longa metragem, concorre a melhor longa animado. Caso raro. Um dos escolhidos pela academia tive o prazer de ver: Cisne Negro.

Dirigido pelo sempre elogiado Darrem Aronafsky, realizador do ótimo Requim para um Sonho, o filme conta a perturbadora história de Nina (Natalie Portman, muito boa no papel) uma bailarina cujo sonho é ser protagonista do ballet O Lago dos Cisnes. Ela consegue e passa a ser alvo da inveja das suas colegas, como a debochada Lily (Mila Kunis, surpreendente), assediada pelo diretor e também se sua própria mente a trai, criando ilusões de perseguições. Ah, para ajudar, ela tem uma mãe opressora.

Com o estilo único do diretor em apresentar personagens dependentes e fracos, Aronafsky criou um universo que mostra que a vida de bailarina não é tão glamurosa como aparenta. Na verdade, é uma rotina de longos treino e que expoe os artistas ao seu limite físico máximo. Ele tambem arranca elogiadas interpretações de suas protagonistas, principalmente Natalie, presente em 100% das cenas do filme e tambem de um papel pequeno, mas eficaz de uma quase irreconhecível Winona Ryder.

Diferente do que pensei, Cisne Negro não é apenas para um tipo de publico, no caso o de fãs de ballet, ele é um drama que explora afundo as mais terriveis faces humanas e, apesar de não ter visto os outros concorrentes ao Oscar 2011, torço muito para que esse filme ganhe, se não for o melhor, que ao menos, elega Natalie Portman como melhor atriz, afinal, quando um ator se entrega de corpo e alma a um personagem, ele merece.