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domingo, 6 de outubro de 2013

MÁS COMPANHIAS: CIRCULO DE FOGO

CIRCULO DE FOGO (PACIFIC RIM)                                          

EUA, 2013. DIREÇÃO: GUILHERMO DEL TORO
COM CHARLIE HUNNAN, IDRIS ELBA, 
RINKO KIKUSHI, ROBERT KAZINSKI, RON PEARL




Quem ficou impressionado com as lutas entre robôs da franquia Transformers, vai ficar de boca aberta com cada cena deste Circulo de Fogo. O único blockbuster do verão americano que não era uma continuação ou não era baseado em algum produto já existente, Circulo de Fogo saiu da cabeça do diretor Guilhermo Del Toro. Grande fã das séries japonesas de monstros dos anos 1970, Del Toro criou um grande espetáculo visual de duas horas que tem grandes chances de virar uma franquia.


A trama do filme narra o aparecimento de monstros gigantes (chamados de Kaijus) que destroem grandes cidades do mundo. Não adiantou o exercito, aeronáutica e marinha de todos os países do mundo se unirem e contra-atacarem, a solução foi combater a ameaça mano a mano. Foi autorizado a construção dos Jaegers (ou robôs gigantes) que são controlados por dois pilotos. Os escolhidos tem que trabalhar ao máximo em conjunto já que suas mentes são ligadas para o total funcionamento dos Jaegers. Um dos mais qualificados pilotos é Raleigh (Charlie Hunnam da série de TV Sons of Anarcy, e o escolhido para dar vida ao Christian Grey do romance erótico 50 Tons de Cinza), um sujeito teimoso só controlado pelo irmão Yancy (Diego Klattenhoff de Homeland e The Blacklist). Mas Yancy acaba morto num combate contra um Kaiju e afasta Raleigh da ação. Cinco anos depois, os monstros estão cada vez mais perigosos e causando destruição por toda a parte e só resta poucos robôs ativos para deter um ataque final. Para isso, o marechal Pentecost (Idris Elba de Luther) recruta Raleigh novamente e ele co pilota o seu robô com Mako (Rinku Kikushi) uma garota frágil que tem um motivo pessoal para ver a destruição dos Kaijus. Está na luta também os pilotos Herc e Chuck Hensen (Max Martini e Robert Kazinski) que são pai e filho. Herc vive controlando os impulsos de Chuck que bate de frente com Raleigh. Esta é a equipe cheia de gente com temperamento difícil que está responsável pela proteção do planeta (!).



Circulo de Fogo não é só mais uma embalagem bonita como muitos filmes de Hollywood. Ele tem alma, cortesia de Guilhermo de Del Toro grande fã de produções japonesas. Saindo da tentação de pegar um produto já pronto e adapta-lo, o diretor criou um mundo novo e irresistível, por mais absurdo que seja viver num mundo onde somos atacados por monstros. Apesar de umas situações ou outras clichês, o filme arrasa mesmo é nos efeitos especiais. Enquanto eu cresci vendo Tóquio ser destruída todos os dias nas séries Tokusatsu produzidas pela Toei, essas produções usavam e abusavam de cidades feitas de maquetes e monstros feitos de borrachas, isso era o charme delas. Neste filme vemos a mesma coisa, a diferença é que tudo é feito com efeitos de computador que são simplesmente perfeitos. Uma grande aposta da Warner em criar uma nova franquia que espero que dê certo. Tem mais história e conteúdo do que os três filmes de Transformers juntos. E, acredite no que eu disse lá em cima, vai te deixar de boca aberta durante todo o tempo.



NOTA 10

+
Enquanto que no Japão este tipo de produção nunca sai de moda, em Hollywood é a segunda tentativa de levar o gênero dos robôs gigantes no cinema. Cheio de altos e baixos, Transformers ajudou a evolução dos perfeitos efeitos especiais vistos hoje em Circulo de Fogo. Mas, no já distante ano de 1997 houve uma tentativa frustada de trazer o mito de Godzilla o grande monstro japonês que surgiu em 1954, para uma nova geração. Cheia de furos no roteiro e uma grande decepção para os fãs, o filme ganhará uma nova chance num novo remake que vai estrear em 2014. Com nomes experientes como Ken Watanabe e Juliette Binoche tomare que o filme surpreenda assim com fez Circulo de Fogo.

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