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domingo, 11 de setembro de 2011

SETENTONA EM BOA FORMA

OS 70 ANOS DA MULHER-MARAVILHA


Em Dezembro deste ano se comemorará os 70 anos da criação de um dos mais icônicos personagens da cultura popular mundial: Mulher-Maravilha (Wonder Woman). A heroína foi criada no ano de 1941 por Willian Moulton Marston a convite da DC Comics, que na época se chamava National Publications. Esta honra que foi dada ao psicólogo após ele dar uma entrevista a uma importante revista do período onde diz o papel importante das histórias em quadrinhos na formação educacional das crianças. Os editores da empresa o convidaram para um cargo de consultoria e ele, aconselhado pela esposa, criou a personagem. Simplesmente por que o mercado era recheado de seres superpoderosos do sexo masculino, entre eles Superman. A Mulher-Maravilha nada mais é do que a versão feminina do personagem, mas com a origem mais calcada nas mitologias dos deuses gregos. Morlton também possui no curriculum a criação do poligrafo, também conhecido como detector de mentiras. Não é a toa que, alem dos super poderes, a arma mais famosa da heroína é o laço da verdade.


A primeira aparição oficial da personagem foi em dezembro de 1941 na revista All Star Comics, mas por medo de ter uma personagem feminina estampando a capa de uma revista com seu próprio nome ( o tal medo era rejeição), Diana acabou tendo partes de suas aventuras contadas na Sensation Comics. Um pouco tempo depois ela se juntou a primeira equipe de super-heróis criada, a Sociedade da Justiça. Mas os membros do grupo a aceitaram apenas como secretaria (numa tipica demonstração do machismo que reinava na época). Assim, o ideal de Marston, de criar um novo modelo de mulher que deveria existir no mundo, não foi respeitado. Mas não demorou muito para que Diana Prince, alter ego da Mulher-Maravilha, demonstrasse seu poder carismático. Em pouco tempo, sua revista vendeu horrores.

Mas a personagem se tornou alvo da lingua ferina do psciquiatra Fred Whertan que escreveu o livro A Sedução do Inocente, nele o homem faz uma série de acusações aos gibis. Entre os absurdos estão as insinuações do Superman ser comunista, Batman e Robin viverem um romance homossexual e das histórias da Mulher-Maravilha possuirem um sub-contexto de servidão sexual (por que a heroína invariavelmente era vista em situações onde era amarrada e torturada). A metralhadora giratória que foi o livro de Whertan se mostrou um inimigo tão poderoso quanto qualquer arque inimigo dos heróis e fez os pais boicotarem a industria.








Após alguns anos de otrassismo, os gibis, não só da Mulher-Maravilha, voltaram a ser publicados, agora sobre o contexto de ficção cientifica ,devida a chamada nova era que surgia após o termino da segunda guerra mundial. Na década de 1960, com a criação da Liga da Justiçã e um novo batalhão de personagens ou releituras de antigos, fez a DC dar maior importância a sua maior figura feminina. Isso fez a personagem se tornar um simbolo para as feministas na época, afinal, era uma mulher linda, inteligente e poderosa no meio dos seres mais fortes e espertos do universo, entre eles Superman, Batman e Flash. O mundo das hqs estava ficando pequeno e o próximo passo da a filha de Artemis foi a televisão. O seriado Wonder Woman estreou na TV em 1975 com a estonteante atriz Linda Carter no papel principal. Apesar das mudanças da adaptação e audiência não tão boa para que a emissora esperava, foi o suficiente para ela se tornar parte da cultura pop de modo mais forte.


Os anos seguintes da história de Diana foram apresentando boas hqs e aparições no desenho Superamigos até a chegada do ano de 1986 onde a DC fez a polemica reformulação na editora onde culminou no mini-série Crise nas Infinitas Terras. A Mulher-Maravilha teve a origem recontada a atualizada para os novos tempos, onde ela se torna embaixatriz do seu povo, as amazonas, na Terra. Desde então sua figura é a mais importante do universo da editora e faz parte da Trindade, é respeitada no mesmo nível de importancia de Superman e Batman. Sua personalidade é de uma guerreira brava e impetuosa, quando precisa, e, principalmente, com uma imensa vontade de proteger os pobres e indefesos.


Melhor Momento: Na mini-série O Reino do Amanhã uma nova geração de heróis e mutantes nasce, eles apenas duelam sem se preocupar com a população. Neste instante, a Mulher-Maravilha surge chamando um aposentado Superman para combater esses anti-heróis. Parte da hoje forte e decidida personalidade que Diana possui vem desta história. Aqui, ela é mostrada como uma verdadeira guerreira e lider batendo de frete até mesmo com o Superman. Um clássico absoluto dos gibis.










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