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segunda-feira, 7 de março de 2011

DESCANSE EM PAZ: SEX & THE CITY






Com a estreia de Sex & The City em 1998 as mulheres de 30 anos se viram retratadas com fidelidade unica na historia da televisão. Antes representadas como ou a namoradinha em perigo do herói ou a coadjuvante bonita e nada mais, o papel da mulher num seriado de TV veio a mudar radicalmente após a estréia do seriado (ver box). Obviamente já existiam programas estrelados por mulheres fortes e independentes como Xena (1994), Buffy (1997) e Nikita (1997), mas esses programas eram de fantasia. Com Carrie e sua amigas, a mulherada pode falar a vontade de sexo, homens e roupas, muitas roupas.

Sex and the City foi criado por Darren Star (de Barrados no Baile e Melrose) a partir de um best seller contava a história da glamurosa Carrie Bradshaw (Sarah Jessica Parker, esposa na vida real de Matthew Broderick) uma escritora free lance que decidiu escrever suas agruras de uma mulher solteira vivendo em Nova York. Ela tem uma coluna no jornal mais lido da grande maça e suas experiências e de suas amigas são divididas todas a semanas com o publico feminino. Carrie não está só nessa, ela conta passagens nas vidas de suas grandes amigas Charlotte (Kristen Davis, de Melrose), a recatada do grupo, Miranda (Cyntia Nixon, lésbica na vida real) advogada compulsiva pelo trabalho e a predadora sexual Samantha (Kim Catrall, a mais velha do grupo que protagonizou as cenas mais quentes do programa). Sempre desfilando modelitos e acessórios de grandes grifes, a quatro circulam nas baladas mais famosas de Manhathan e discutem sobre tudo e mais um pouco. Homens é o assunto preferido, como qualquer ser do sexo feminino, o quarteto quer mais é beijar na boca e ser feliz.

O seriado fez um enorme sucesso na sua época de exibição (1998-2001) e como era exibido na TV a cabo americana podia ousar e mostrar muitas cenas de sexo. Mas não se iluda, aqui o sexo frágil é o masculino e uma farta dose músculos, bunda e peitos de marmanjos apareciam nos capítulos. Taxado até hoje de série de mulherzinha, Sex mostrou que as mulheres podem fazer o que querem desde que se libertem das convenções sociais. Seu roteiro é demasiado feminino e gay com toda as citações envolvendo marcas famosas de vestidos, sapatos, bolsas e toda tranqueirada possível no guarda-roupas de uma fêmea. Comecei a acompanhar a atração por causa das revistas especializadas que eu lia na época que a vendiam como uma das melhores séries da televisão. Confesso que o que chamou mais a minha atenção foram os diálogos bem escritos e a visão bem realista do universo feminino. Quando eu casar, saberei tudo o que agrada e o que não agrada uma mulher.

O sucesso de um programa de TV se avalia com sua influencia, e nisso Sex And The City consegue. A partir daí as mulheres de 30, 40 anos tiveram atrações feitas por e para elas. Diversos astros de Hollywood fizeram participação especial (Sarah Michelle Gellar, Bon Jovi, Sonia Braga). E todo o figurino, muitas vezes exagerado, de Carrie, se tornaram moda entre as novaiorquinas. O programa ganhou duas versões para o cinema simplesmente chamado de Sex and the City - the Movie e Sex and the City 2 que os críticos chamaram de versões estendidas de um episódio da televisão. Mas quem liga? Nada como assistir um programa que voce adora na telona de cinema.


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Dificilmente um seriado era estrelado por mulheres. Como disse acima, seus papéis eram relagados a coadjuvantes ou a personagens engraçados como I Love Lucy (1950) o primeiro seriado que foi produzido. O pioneiro show a mudar isso foi A Panteras (1977) que teve 3 lindas mulheres comandando o show. A Dama de Ferro (1987) e a produção inglesa estrelada por Helen Mirren Prime Suspetc (1991) foram os próximos passos a mostra que o poder feminino é capaz. Os anos 1990 foram cruciais nessa virada. Xena- A Princesa Guerreira (1994) fez um enorme sucesso aos mostrar uma bela morena de olhos azuis dando uns chutes nso traseiros de marmanjos. Recrutadas para acabar com as forças do mal, La Femme Nikita e Buffy - A Caça Vampiros (ambas de 1997) mostram duas loiras boas de briga, Sex and the City e Ally McBeal chegaram (a segunda era confundida com uma comédia) em 1998 para avisar que as mulheres não eram só boas estrelando seriados de fantasia. As portas foram abertas por essas garotas acimas. Hoje, os melhores papéis tanto no cinema como na televisão são feitos para mulheres.

Este livro de Fernanda Furquim
conta a história das mulheres nos
seriados.

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