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domingo, 19 de janeiro de 2014

MÁS COMPINHAS: HERÓIS DE RESSACA

THE WORD'S END, ING, 2013                                    

DIREÇÃO: EDGAR WRIGHT
COM SIMON PEGG, NICK FROST,
MARTIN FREEMAN, ROSAMUND PIKE


Não sei por qual motivo a distribuidora alterou o titulo em português para Heróis de Ressaca, já que a tradução literal do inglês "o fim do mundo" viria mais a calhar, tanto que faz até sentido para o que acontece no filme. Bom, pelo menos não colocaram Heróis da Pesada, como sempre acontece com títulos de comédia. Em mais uma colaboração entre o ator Simon Pegg e o diretor Edgar Wright (os dois fizeram juntos Todo Mundo Quase Morto, Chumbo Grosso e Paul - O Alien Fugitivo todas as produções homenageiam/parodiam gêneros de filmes preferidos da dupla) eles brincam com os filmes catástrofes que volta e meia aparece no cinema para acabar com o nosso planeta azul.

Beberrão, fracassado e mentiroso Gary (Simon Pegg, visto também na nova versão de Star Trek) resolve reunir três amigos que não veem a 20 anos e refazer o caminho dourado que é a rota de pubs (nossos botecos) na cidade natal deles. Em cada pub, eles param para tomar uma cerveja até chegar ao ultimo bar, O Fim do Mundo (entendeu por que o titulo original ficaria melhor?). Assim como fizeram fizeram a 20 anos. Com uma lábia de profissional e uma mentira atras da outra, Gary convence os amigos e ai a loucura acontece. Quando pensamos que o filme seria mais um no estilo Se Beber, Não Case! onde amigos bebem, se drogam e se metem em confusões, uma reviravolta ocorre e acabamos descobrindo o por que a distribuidora alterou o titulo do filme. Sem estragar surpresas, os bebuns viram heróis.

Acabou a cerveja?

Com o refinado humor inglês, o filme se apoia na química entre Simon Pegg e seu amigo de longa data Nick Frost e ainda conta com a participação do hoje conhecido Martin Freeman (de Sherlock e O Hobbit). Ele começa como uma comédia de adultos e muda o tom na hora da reviravolta acima mencionada. Se você se deixar levar pela loucura deles, acaba se divertindo.

Como é de praxe nos filmes desse grupo, o humor da vez para ao drama e a reflexão já que Gary é do tipo de homem que não cresce, não evolui e vive das glórias do passado. É tocante o momento em que ele cai na real. O filme ainda conta com uma participação que poderia ser maior e mais aproveitada de Pierce Brosnan. Não assista a produção pensando em dar muitas gargalhadas. Diferente dos americanos, os ingleses fazem humor para pensar.

NOTA 8,5 


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