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segunda-feira, 27 de julho de 2015

CONHEÇA: UNREAL



Todo telespectador mais atento percebe que os realities shows não são totalmente reais como se vai ao ar. Mais uma prova de que parte do vemos é pura edição e manipulação é o que mostra a nova (e polemica!) série Unreal que vai estrear em breve pelo canal Lifetime (que nos ajude a ter uma dublagem decente pois esse canal só contrata empresas que fazem dublagens ruins). 

Criado por Marti Noxon (roteirista de Buffy - A Caça Vampiros) a partir do curta dirigido e escrito por Sarah Gertrude Shapiro, o seriado já ganhou encomenda para segunda temporada. A audiência ao vivo não passa de 500 mil telespectadores, mas somado outras plataformas soma-se perto de 5 milhões de pessoas. Visto ainda que a produção foi bem recebida pela critica, a renovação foi inevitável.

Unreal (ou irreal em português) explora os bastidores de um reality show de namoro (tipo The Bachelor ou Are You The One) e as armações de diretores e produtores para criar mais "emoção", o enquadramento perfeito, o barraco na hora certa. Num quadro da produção, belas mulheres recebem uma descrição que pode vir a ser usado no programa como "a vilã", a "louca", a "virgem", assim por diante. Alguém da produção é encarregado de provocar situações que forcem as meninas a se soltarem mais. Centrada na personagem Rachel (Shiri Appelby, de Roswell), uma produtora que teve problemas com varias pessoas da produção no passado e recebe uma nova chance, ela é a que mais cria situações embaraçosas para as participantes. Seu estilo sem dó nem piedade, agrada em cheio o diretora do programa Quimm (Constance Zimmer) apesar da presença de Rachel incomodar a todos. Quimm é do tipo estérica, sempre estressada e  vive destilando comentários maldosos.



Me surpreendeu o primeiro episodio deste Unreal por ter coragem de mostrar como os realities shows manipulam e controlam a quem assiste este tipo de produção. Aqui no Brasil se vê terça parte de tanta porcaria que a TV americana empurra goela abaixo do seu publico. É curioso ver como as escalações de elenco são feitas. Alem da falta de presença de negros (quem, segundo se disse na série, ninguém quer ver), são pessoas lindas e saradas e cada uma com alguma característica que poderá ser mostrada em breve. Temos até a presença de uma brasileira que excitou o rapaz pretendente e o levou para cama sem ninguém da produção saber (a não ser Rachel). Talvez a falta de uma pessoa bem intencionada (tipo mocinha ou mocinho) pode vir a desagradar algumas pessoas que forem ver a este seriado. Mesmo que, no inicio alguém se simpatize com Rachel, no decorrer do primeiro episodio ela se mostra a mais inescrupulosa membro da produção do programa. Seu passado a condena, ainda por cima.

Unreal é bem real e é mais um produto criado para abrir a mente das pessoas de uma vez por toda e dizer para elas: parem de ser manipulados! 

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