segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
JACK BAUER RETORNA
Passou batido para muitos, mas em 6 de Novembro ultimo se comemorou os 10 anos da estreia da serie que revolucionou o jeito de se fazer esse tipo de programa na TV aberta americana. 24 Horas foi o seriado que surgiu no periodo certo. Ainda abalada pelos ataques terroristas promovidos por Osame Bin Laden em 11 de Setembro de 2001, a America viu o surgimento do anti-heroi definitivo: Jack Bauer (Kiefer Sutherland). Principal membro da Unidade Contra Terrorismo (chamada UCT), Jack é o cara. Sem medo, truculento e pavio curto, o homem não tem dó em lidar com os bandidos. Seja homem ou mulher. Ele espanca, tortura e mata sem piedade. Era tudo que os publico americano queria, alguem para se vingar por eles dos terroristas.
Para evitar maiores complicações, os produtores muitas vezes inventavam países para se fazerem passar por terroristas (apesar da aparencia dos atores eram semalhantes com os arabes). Mas no fundo, todos sabiam de quem os vilões se tratavam. Aqui no Brasil, a série estreou no período de ouro do canal a cabo FOX ao lado de figuras como Buffy - A Caça Vampiros, Angel e Arquivo X entrando em fase final de exibição. Foi amor a primeira vista da parte do publico. Uma série com roteiro dinâmico, estilo de filmagem inovador (com as vezes quatro acontecimentos mostrados na tela) e uma violência nunca antes mostrada na TV, 24 Horas virou mania, um fenômeno que acontece de tempos em tempos. Não demorou muito pra poderosa Globo se interessar pelo seriado e, aproveitando o contrato exclusivo com a FOX, começou a passar 24 nas madrugas (!) no verão no lugar do Programa do Jô. Jack Bauer não só demonstrou não ter piedade com seus inimigos, a audiência do programa surpreendeu, principalmente por ser exibido de madrugada. A impressa deu ampla atenção ao assunto, como pode um "enlatado" duplicar a audiência do horario? Explicação simples: diferente do que a Rede Globo pensava, muitas pessoas adoram um enlatado americano.
Foram 8 intensas temporadas divididos por 192 episódios alem de um telefilme que foi usado para suprir um ano que o show não foi exibido devido a greve dos roteiristas no intervalo entre a sexta e sétima temporadas. Um formato que inovou ao apresentar um enredo que jamais fica enfadonho ou tedioso e que se apresentou um verdadeiro desafio logístico a produção. O cabelo dos atores eram aparados a cada três dias, também, se destacava a contra-regra que tinha que ter um cuidado especial por manter tudo no lugar certo por tanto tempo, afinal, cada temporada se passava em um único dia e eram 6 dias de filmagens durante nove meses. 24 horas também foi um dos poucos seriados a terem mais de uma câmera filmando toda a ação (em séries dramáticas e também em filmes, o normal é ter uma câmera). Apesar da critica cair em cima dos roteiros apresentados nos dois ultimos anos, a primeira e quinta temporadas são consideradas as melhores. O primeiro ano, mesmo sendo novidade, apresentou aquilo que se tornou uma rotina no seriado, o fator surpresa. Nada e nem ninguém estava salvo, principalmente após os roteiristas matarem um dos protagonistas. Isso se tornou rotineiro. Somente Kiefer participou de todos os capítulos. O quinto ano foi um marco por apresentar uma trama que fica melhor e mais surpreendente durante 24 episódios que se tornaram um obra-prima e uma lição de como se fazer um programa semanal. Se você ficou interessado em saber se meus elogios ao seriado são merecidos, uma oportunidade irá surgir. Em Janeiro, se Jesus permitir (já te explico o por que), a Band irá iniciar a exibição diária de 24 horas no horário nobre e em qualidade de som e imagem digital. A série poderá ser exibida de segunda a sexta as 21 horas se a emissora não renovar o contrato com a igreja Internacional da Graça de Deus que hoje ocupa meia hora da programação noturna da emissora num contrato que engorda a conta do canal em milhões mensais. Taí um inimigo que pode ser capaz de deixar Jack Bauer de lado.
Atualização 29/04/2013: a Band até o momento não estreou a série em sua programação.
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Durante o inicio da terceira temporada, o programa passou por uma crise nos bastidores. Pelo menos aqui no Brasil. O dublador de Kiefer/Jack Tatá Guarnieri (responsavel pela voz de Kenshin em Samurai X) entrou com uma ação contra a FOX pedindo direito sobre o uso de sua voz. Nada mais justo, afinal, Tatá usava a sua voz uma vez, e seu trabalho era usado em varias mídias como TV aberta e a cabo e DVD. Tudo com um pagamento apenas. Sua decisão foi retalhada pela distribuidora, que impediu o profissional de voltar a fazer a voz de Jack na empresa Mastersound, sendo substituído por Marcio Simões. A atitude de Tatá, pioneira, abriu as portas para outros dubladores fazerem o mesmo (apesar de mais de 80 % dos artistas preferirem continuar no meio recebendo por seu trabalho sem reclamar). O resultado é que muitas series e desenhos tiveram a famigerada troca de vozes e atores que tinham bonecos (mesmo dublador para um mesmo ator/atriz) serem igualmente substituídos. É por isso que hoje, ao ver um filme com o George Clooney, por exemplo, você possa estranhar ao assistir o filme dublado sem a voz padrão do ator (no caso o dublador Marco Antonio que em outras oportunidades ficou sem fazer a voz de Johnny Depp também).
sábado, 26 de novembro de 2011
LINDA E CORAJOSA
UM PERFIL DA CARREIRA DE MONICA BELLUCCI
A atriz italiana Monica Bellucci nasceu em Cittá di Castelo, Itália em 30 de Setembro de 1964. A moça cresceu nesta pequena cidade ambicionando um futuro melhor, longe da monotonia. Mas só teve coragem para mudar a vida na faculdade, quando largou tudo para seguir a carreira de modelo. Conseguiu muitas capas de revistas, mas sempre de olho no cinema, já que adorava o trabalho de suas comteporaneas Gina Lolobrigida e Sofia Loren. Nestes acasos do destino, o diretor Francis Ford Coppola viu fotos suas numa publicação e chamou a sua atenção. "Quem é essa morena deslumbrante?", queria saber o diretor no inicio dos anos 1990. Então, Coppola a convidou para fazer uma ponta em Drácula. Era o sinal que a bela esperava entrar de vez na profissão, se bem que ela já acumulava dois filmes no curricullum.
O minusculo papel em Dracula de Bran Stocker e mais vitoriosa carreira como modelo fez Monica se tornar conhecida o suficiente para começar a fazer testes para outros filmes. Ela conseguiu o papel principal no drama intimista de baixo orçamento O Apartamento (Le Appartament, 1996). Nesta produção francesa (o trabalho como modelo a deixou fluente em frances e ingles) ela conheceu seu futuro marido, o ator Vicent Cassel, com quem viria ainda a fazer mais três filmes juntos. Este papel lhe rendeu muitas indicações e prêmios de atriz revelação. Daí foi um pulo para a moça deixar de ser a modelo tentando ser atriz para se tornar atriz reconhecida por seu talento e não beleza. Continuou a fazendo filmes entre a Itália e França até que ser tornou conhecida no mundo todo por Malena (Malena, 2000), em que fez uma fogosa italiana que não se importa com que os outros falam e Pacto dos Lobos (Le Pacte dus Loups, 2001) onde fez uma prostituta. Mas o seu próximo filme a faria conhecida mundialmente. No polemico Irreversível (Irreverssible, 2002), ela faz Alex uma moça que é brutalmente violentada num túnel de mêtro (veja mais sobre esse filme na seção +). A coragem da moça ao fazer um papel tão difícil fez chover convite de todos os lados. Inclusive de Hollywood onde fez um papel de destaque nas continuações de Matrix e em Lagrimas do Sol ao lado de Bruce Willis. Todo ficaram impressionados com a desenvoltura da italiana falando fluentemente inglês.
Seus trabalhos seguintes alternaram entre produções americanas e francesas, ja que essa altura havia casado com Cassel, com quem tem duas filhas. Hoje ela mora em Paris com a família e diz ter a melhor profissão do mundo, já que pode-se ir qualquer lugar do mundo sem entrar numa chata e estressante rotina. Monica se tornou uma reconhecida e admirada atriz por sua coragem ao encarar papéis ousados e complicados e encarar a idade (não parece, mas ela ja está com 47 anos) com naturalidade, em suas palavras "eu sou passado, minha filha é o futuro, nós europeus não ligamos de fazer papeis de mães de adolescentes como em Hollywood, é na maturidade que vem os melhores papéis". Não é a toa que intitulei este post como linda e corajosa.
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Em qualquer lista dos filmes mais polêmicos, Irreverssivel vai estar entre os primeiros, sem duvida. Tem que ter, no minimo estomago forte para assistir esta produção de Gaspar Noé de 2002 onde Monica Bellucci faz Alex uma moça que é brutalmente violentada e estuprada num túnel de metro. Essa é a versão resumida que posso dar para vocês.
Fui ver esse filme devido a todo o falatório que havia sobre ele, no extinto Cine Ritz que, em seus últimos anos, exibia apenas títulos alternativos. Acredite, em 10 minutos de projeção, metade da platéia havia saído da sala (assim como aconteceu em sua primeira exibição em Cannes). Também, foram 20 minutos praticamente no escuro em que vimos um homem desesperado entrando numa boate sadomasoquista gay e amassando a cabeça de um cara com extintor de incêndio. Se no inicio ele é complicado de se entender a medida que vamos assistindo, podemos compreender melhor. O filme se passa de trás para frente em longos planos sequencias. Em outras palavras, é mostrado por que o rapaz bate com tanta violência no outro. Tudo por que sua amada é violentada. Ai que chega a cena mais impressionante que já vi em toda a minha vida de cinéfilo. A personagem de Monica é perseguida, estuprada e violentada. Como nas outras cenas é tudo sem cortes, impressionantemente bem feito e a sensação que se passa é que Bellucci realmente sofreu tudo aquilo. Um filme para poucos corajosos.
A atriz italiana Monica Bellucci nasceu em Cittá di Castelo, Itália em 30 de Setembro de 1964. A moça cresceu nesta pequena cidade ambicionando um futuro melhor, longe da monotonia. Mas só teve coragem para mudar a vida na faculdade, quando largou tudo para seguir a carreira de modelo. Conseguiu muitas capas de revistas, mas sempre de olho no cinema, já que adorava o trabalho de suas comteporaneas Gina Lolobrigida e Sofia Loren. Nestes acasos do destino, o diretor Francis Ford Coppola viu fotos suas numa publicação e chamou a sua atenção. "Quem é essa morena deslumbrante?", queria saber o diretor no inicio dos anos 1990. Então, Coppola a convidou para fazer uma ponta em Drácula. Era o sinal que a bela esperava entrar de vez na profissão, se bem que ela já acumulava dois filmes no curricullum.
O minusculo papel em Dracula de Bran Stocker e mais vitoriosa carreira como modelo fez Monica se tornar conhecida o suficiente para começar a fazer testes para outros filmes. Ela conseguiu o papel principal no drama intimista de baixo orçamento O Apartamento (Le Appartament, 1996). Nesta produção francesa (o trabalho como modelo a deixou fluente em frances e ingles) ela conheceu seu futuro marido, o ator Vicent Cassel, com quem viria ainda a fazer mais três filmes juntos. Este papel lhe rendeu muitas indicações e prêmios de atriz revelação. Daí foi um pulo para a moça deixar de ser a modelo tentando ser atriz para se tornar atriz reconhecida por seu talento e não beleza. Continuou a fazendo filmes entre a Itália e França até que ser tornou conhecida no mundo todo por Malena (Malena, 2000), em que fez uma fogosa italiana que não se importa com que os outros falam e Pacto dos Lobos (Le Pacte dus Loups, 2001) onde fez uma prostituta. Mas o seu próximo filme a faria conhecida mundialmente. No polemico Irreversível (Irreverssible, 2002), ela faz Alex uma moça que é brutalmente violentada num túnel de mêtro (veja mais sobre esse filme na seção +). A coragem da moça ao fazer um papel tão difícil fez chover convite de todos os lados. Inclusive de Hollywood onde fez um papel de destaque nas continuações de Matrix e em Lagrimas do Sol ao lado de Bruce Willis. Todo ficaram impressionados com a desenvoltura da italiana falando fluentemente inglês.
Seus trabalhos seguintes alternaram entre produções americanas e francesas, ja que essa altura havia casado com Cassel, com quem tem duas filhas. Hoje ela mora em Paris com a família e diz ter a melhor profissão do mundo, já que pode-se ir qualquer lugar do mundo sem entrar numa chata e estressante rotina. Monica se tornou uma reconhecida e admirada atriz por sua coragem ao encarar papéis ousados e complicados e encarar a idade (não parece, mas ela ja está com 47 anos) com naturalidade, em suas palavras "eu sou passado, minha filha é o futuro, nós europeus não ligamos de fazer papeis de mães de adolescentes como em Hollywood, é na maturidade que vem os melhores papéis". Não é a toa que intitulei este post como linda e corajosa.
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Em qualquer lista dos filmes mais polêmicos, Irreverssivel vai estar entre os primeiros, sem duvida. Tem que ter, no minimo estomago forte para assistir esta produção de Gaspar Noé de 2002 onde Monica Bellucci faz Alex uma moça que é brutalmente violentada e estuprada num túnel de metro. Essa é a versão resumida que posso dar para vocês.
Fui ver esse filme devido a todo o falatório que havia sobre ele, no extinto Cine Ritz que, em seus últimos anos, exibia apenas títulos alternativos. Acredite, em 10 minutos de projeção, metade da platéia havia saído da sala (assim como aconteceu em sua primeira exibição em Cannes). Também, foram 20 minutos praticamente no escuro em que vimos um homem desesperado entrando numa boate sadomasoquista gay e amassando a cabeça de um cara com extintor de incêndio. Se no inicio ele é complicado de se entender a medida que vamos assistindo, podemos compreender melhor. O filme se passa de trás para frente em longos planos sequencias. Em outras palavras, é mostrado por que o rapaz bate com tanta violência no outro. Tudo por que sua amada é violentada. Ai que chega a cena mais impressionante que já vi em toda a minha vida de cinéfilo. A personagem de Monica é perseguida, estuprada e violentada. Como nas outras cenas é tudo sem cortes, impressionantemente bem feito e a sensação que se passa é que Bellucci realmente sofreu tudo aquilo. Um filme para poucos corajosos.
terça-feira, 22 de novembro de 2011
KERMIT E POLEMICA DA TROCA DE NOMES
Voce sabe quem é Kermit? As crianças vão te responder que é o nome do sapinho por quem a porquinha Pig é apaixonada. Mas daí você me pergunta: "mas não é Caco o nome dele?" Era. Quer dizer, o nome original do sapo é Kermit, mas aqui no Brasil, nos anos 1970, quando estreou The Muppet Show, o nome regional foi batizado Caco para ficar mais fácil de decorar.
" Meu nome ERA Sininho, hoje me chamo Tinker Bell"
"Eu gostava mais do meu antigo nome, Puff, fazer o que?"
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
DESCANSE EM PAZ: BARRADOS NO BAILE
No inicio dos anos noventa, o produtor Aaron Spelling precisava se reinventar. Co-criador de hits dos anos setenta como Justiça em Dobro, Casal 20 e As Panteras, ele via o seu reinado na televisão ser dominado pelas séries policiais que a cada dia tomava conta da programação da TV americana. Com o constante crescimento do canal FOX, que queria brigar de frente na audiencia com as redes ABC, CBS e NBC, eles decidiram chamar Spelling para apresentar um novo projeto de seriado. Considerado antiquado pelos executivos e anunciantes, o produtor resolveu investir nos adolescentes e criou o conceito da série Barrados no Baile (Beverly Hills, 90210). Até então, os jovens eram tratados como os rebeldes sem causa ou engraçadinhos. Em Barrados, eles tinham voz e vez.
Mas o começo não foi essa maravilha toda. Como a FOX apostava alto nessa nova produção, Spelling se via pressionado a apresentar um produto de primeira. Mas o projeto quase não viu a luz do dia, pois todo o elenco estava escalado a não ser os protagonistas gemeos Brandon e Brenda. Tori Spelling, filha de Aaron e recem escalada para o papel de Donna (ela passou no teste por que trocou de nome) mostrou dois jovens atores que estavam despontando na epoca: Shannen Doherty e Jason Priestly. Shannen era veterana na televisão e Jason tinha saido do elenco de uma série cancelada. Os dois agradaram os produtores e, em uma semana, começaram a gravar. Assim começou a história da familha Walsh que chega do interior da América num lugar cheio de gente rica e famosa.
O conceito do programa era sobre os valores familiares que Cindy (Carol Poter) e Jim (James Eceklhouse) passavam para os filhos gemeos Brandon e Brenda. Os dois jovens vão estudar na West Beverly High Scool onde conhecem estudantes podres de ricos. A patricinha Kelly (Jennie Garth) e sua amiga Donna (Tori Spelling) se tornam rapidamente amigas de Brenda. A esforçada bolsista Andrea (Gabrielle Carteries) e o popular Steve (Ian Zering) ficam próximos de Brandon. Eles conhecem também David (Brian Austen Green), um garotão que só queria zoar. Fora do colégio, essa galera se encontra no Peach-Peach, onde Brandon trabalha por um tempo ajudando o dono Nat (Joe E. Tata).
No dia 19 de Outubro de 1990 foi ao ar o episodio piloto que teve uma audiência aquém do esperado. A impressa culpava o horário de exibição competindo direto com a sensação de época Cheers. Também foi citado que as historias, personagens e situações eram um pouco bobas, superficiais e sem emoção. Então, um novo personagem foi criado. Dylan (Luke Perry) era o rebelde, muito inspirado no ator James Dean e que começou a arrancar suspiros das meninas da escola. Mas nem apimentado um pouco as histórias com a entrada do novo personagem adiantou para subir a audiência do programa. Nos bastidores, os atores apostavam quantas semanas de trabalho ainda teriam antes da FOX cancelar o programa. Uma ultima cartada foi usada quando os produtores contrataram um publicitário que trabalhou a imagem dos atores e seus personagens. Funcionou. De um começo enfadonho, no final da primeira temporada, a audiência subiu em 28 %. Um nova leva de episódios foram encomendados - chamados de temporada de verão - e num instante a série se tornou mania.
Aqui no Brasil, a Globo começou a exibir Barrados nos domingos quando a emissora tinha tradição de exibir séries americanas neste dia. Foi um sucesso sem precedentes. A mistura de problemas adolescentes, musicas descoladas e atores bonitos fizera milhares de jovens pelo mundo se identificar. Enquanto a mania ia aumentando, o trabalho também. Os atores chegavam a gravar de segunda a sábado até altas horas. O sucesso tem seu preço. Com as três primeiras temporadas muito bem recebidas pelo publico, parecia que nada iria abalar as estruturas da galera de Berverly Hills. Mas nos bastidores, a coisa não era assim tão fácil. Com uma paquera aqui e outra ali (até hoje não foi confirmada a fofoca que Shannen e Jason namoraram) os atores começaram a ter problemas de relacionamento. Shannen Dorherty se revelou a verdadeira garota problema, assim como sua Brenda. Ela faltava, chegava atrasada, não decorava os textos e brigava com Jennie para vestir a roupa mais bonita do que a colega. A situação ficou foram de controle e na quarta temporada, Aaron Spelling tomou uma decisão arriscada: despediu a garota problema.
Para alivio dos produtores, a audiência continuou alta, mesmo com a entrada de novos personagens Valerie (Thiffany Amber Thilsen), que tomou as vezes de vilã e Clare (Katheleen Robertson). Algum tempo depois, alguns velhos amigos iam se despedindo. Na quinta temporada já não tinha a presença de Andrea e dos pais de Brandon e Dylan. o sucesso continuou por um tempo. Mas a série começou a ter sinais de desgaste nos seus roteiros e as situações apresentadas beiravam para o novelesco. Barrados e sua "irmã" Melrose se tornaram verdadeiras novelas de luxo.
Mesmo assim, a atração durou 10 temporadas no ar e, do elenco original, apenas ficaram Kelly, David, Donna e Steve. Dylan não conta, afinal, o ator Luke Perry saiu por um tempo. Os protagonistas, a família Walsh, nem deram as caras no episodio final que mostrou o casamento de Donna e David. O sucesso do seriado abriu as portas para os dramas teens que provaram ser também tão rentáveis quanto os dramas adultos, alem de ter criado um spin off, Melrose Place, e uma continuação no ano 2009 chamada 90210 (lê se naine ou tchu ou nou) em que as personagens Kelly e Brenda são conselheiras da escola e também Donna aparece para dar um oi. Quem imaginou que o reencontro das atrizes Shannen e Jennie seria explosivo como nos velhos tempos (elas chagaram até a se esbofetar nas gravações da série original) se enganou. As duas se trataram com velhas amigas que a muito não se viam. Prova de que tudo, afinal, foi coisa de adolescente.
domingo, 6 de novembro de 2011
10 ANIMES MAIS LEGAIS
O post mais visitado no Badfish até hoje foi este aqui http://badfish-fanzine.blogspot.com/2011/09/lista-20-desenhos-animados.html . Não é a toa, ja que os desenhos animados fazem parte da infancia de qualquer criança, seja ela rica ou pobre. Propositalmente não inclui nenhum desenho japones por que queria fazer uma postagem só para eles. Polemicos, inovadores e irresistiveis. Pode-se usar muitas palavras para descrever os animes. Uma coisa é certa, eles ficaram no imaginario popular por muito tempo, como os desenhos da Disney para os americanos ou A Turma da Monica para os brasileiros. A intensa e prolifica industria da animação japonesa começou a tomar forma a partir da decada de 1950, alguns anos após o fim da segunda guerra mundial onde os conflitos entre os americanos e japoneses estavam sendo superados (porem, não esquecidos). Os japoneses, como parte de um projeto do governo que fez o país se reerguer das cinzas da guerra atraves da cultura e educação do povo, se interessavam na cultura popular americana. Os desenhos animados entraram na dança e com a necessidade cada vez mais crescente de uma programação diferenciada na televisão, muitos desenhos foram produzidos, oriundos, principalmente, dos mangás. Até hoje, a industria é sustentada criativamente com adaptações de histórias em quadrinhos em 70%. Apesar de ter assistido quando criança, produções como Zillion e Patrulha Estrelar não vão entrar na lista abaixo e tambem classicos como A Princesa e o Cavaleiro e Speed Racer. Os primeiros, pelo fato de lembrar muito pouco e os ultimos por que não assisti. Segue abaixo, a minha lista dos 10 animes mais legais:
Este é o mais diferente do gênero presente nesta lista. Muito dificil um anime superar a originalidade desta produção. Recheada com uma trilha sonara composta de jazz, blues e até bossa nova, o desenho conta a história dos tripulantes da nave Bebop. Caçadores de recompensas espacias, o casca grossa Spike, auxiliado pelo leal amigo Jet, pela interesseira Faye e pela garota Ed vagam pelo espaço em busca de grana e diversão.
PERSONAGEM COOL: Faye Valantine. Uma das poucas personagens femininas dentro dessa série, ela é mesquinha, interesseira e vive (tentando) passar a perna nos "amigos".
DRAGON BALL (1986):
PERSONAGEM COOL: Numa era onde heróis principais são coadjuvantes do seu próprio show, em Dragon Ball a figura mais legal é Goku que, mesmo crescendo e tendo filhos e netos durante a série, não deixa de ser um crianção sempre com sorriso no rosto e frases de incentivo
NEON GENESIS EVANGELION (1996):
Evangelion tem uma trama complicada, cheio de teorias que vão de relegiao a filosofia. Tudo com pano de fundo uma luta de robos gigantes contra mostros espaciais que invadiram a Terra. Jovens capacitados são escolhidos para pilotar os Evas (nome dos robos), entre eles o herói Shinji, o mais depressivo protagonista de todos os tempos. O garoto tem baixa alta estima, é timido e sofre com um pai ausente, mesmo estando na sala ao lado. Alias, são esses dilemas, mais proximos de nossa realidade, que fizeram Evangelion se tornar o cult que é até hoje.
PERSONAGEM COOL: Rei é a primeira piloto escolhida. Ela pouco fala, aparece com visual diferente a todo momento e o publico adora fazer teorias sobre sua origem e personalidade.
OS CAVALEIROS DO ZODIACO (1986):
Não é preciso muito para escrever sobre este aqui. Simplesmente se não fosse esse desenho, todo o mercado de desenhos e gibis japones não seriam o mesmo em nosso país. Foi um fenomeno sem precedentes que fez muitos passarem a admirar a cultura pop do Japão (inclusive eu). Apesar do enredo repetitivo, o anime possui personagens que nós odiamos amar como Shun. E o que dizer da melancolica melodia que toca todas as vezes que Hyoga lembra da mãe. E dos dramaticos combates de Shiryu. Não podemos esquecer o mais odiado protagonista que ja surgiu: Seiya. Que vence todas as batalhas e tem 3 (!) garotas apaixonadas por ele. O anime teve um up no inicio dos anos 2000 com a produção da fase Hades e outros especiais, inclusive para o cinema.
PERSONAGEM COOL: Sempre gostei de Mu com aquela aura calma, sem se envolver muito e que se solta de vez na saga de Hades, usando golpes que nunca tinhamos visto.
RANMA 1/2 (1989):
Da para definir este anime como uma autentica comedia romântica. Repleta de situações maliciosas, com direito peitinhos aparecendo, o desenho conta a história de Ranma um garoto que é levado pelo pai a fontes amaldiçoadas na China e caiu numa delas. Agora, toda a vez que é molhado com aguá fria, se transforma em mulher, e gera muitas confusões. Ranma homem e mulher tem muitos admiradores que o fazem cair em muitas situações constrangedoras, eles e elas só tem um rival pela frente a forte e brava Akane que, esconde de todos, mas ama o azarado herói..
PERSONAGEM COOL: Shampoo é uma chineisinha que ama Ranma desde de pequena e também é noiva prometida do cara, assim como Akane.
SAMURAI X (1996):
Vou confessar algo: Samurai X (prefiro seu nome original, Rurouni Kenshin) é meu desenho favorito de todos os tempos! Belo desenho de personagens, cenários, história e enredo. Arrisco-me a dizer que este é um caso raro do anime ser melhor que o mangá. A história do samurai sem destino Kenshin que, após um período matando pessoas em nome do governo, quer redenção, é repleta de figuras carismáticas (principalmente vilões). Em comemoração aos 15 anos da estreia do desenho, uma nova leva de produções foram anunciadas, entre eles um novo anime refazendo a parte mais famosa da saga e um filme para o cinema com atores de carne e osso.
PERSONAGEM COOL: Kaoru é uma garota marrenta, boa lutadora e tem um coração de ouro. Este coração pertence a Kenshin. É comovente como ela ignora o passado de seu amado, que já foi casado, e se entrega ao amor de sua vida, ficando com ele até o final da vida de ambos.
SAILOR MOON (1992):
A reencarnação da princesa da lua é uma estudante de 14 anos, loirinha, burrinha, preguiçosa e chorona. Mesmo assim, conquistou o coração de milhares de fãs no mundo todo. Sailor Moon tem duas receitas infalíveis em seu enredo: histórias de romance + super esquadrão de garotas lutando contra as forças do mal. Cheios de golpes, frases de efeito e vários detalhes disfarçados de potenciais produtos para se vender, o desenho é sucesso até hoje. É o mangá campeão de vendas nos EUA, está sendo relançado na Europa (em comemoração aos 20 anos de lançamento) e teve até uma série em live action que foi um pouco mais fiel aos quadrinhos, pero no mucho.
PERSONAGEM COOL: adoro todas as guerreiras, mas a que acho mais legal é a Lita, Sailor Jupiter. Durona, independente e a mais forte das Sailors.
SHURATO (1989):
Quando um anime faz um sucesso muito grande, naturalmente "cópias" surgem para aproveitar a onda do momento. Shurato pegou carona no sucesso de Os Cavaleiros do Zodíaco. Tudo estava ali cinco herois que vestiam armaduras e que lutavam por uma deusa. Mas a criação do desenho tomou um cuidado para que seus personagens tivesse mais alma, fossem mais carismáticos e que as histórias não fosse repetitivas (grande defeito dos Cavaleiros). O sucesso de Shurato só não foi maior por que o estudio que o produziu estava com dificuldades financeiras e muitos episódios foram muito mal animados.
PERSONAGEM COOL: Leiga é muito simpatico, prestativo, delicado, um pouco escandaloso e dá em cima do Shurato. Tambem é um dos favoritos dos fãs.
TENCHI MUYO (1996):
Animes sobre um garoto perdedor que tem muitas meninas correndo atrás dele é comum no Japão. Mas Tenchi Muyo é especial por ser o primeiro a ser lançado aqui. Cheio de malicias e piadas de duplo sentido, o desenho foi exibido junto com Dragon Ball Z na Band e se destacou por trazer um enredo um pouco mais maduro (principalmente na segunda parte, Tenchi in Tókio). Destaco também a dublagem brasileira feita na Herbert Richers, no Rio, pegando muitos de surpresa (era comum esse tipo de produção receber a versão brasileira em São Paulo), o que fez que varias vozes que estávamos acostumados a escutar nos filmes, estivessem presentes no desenho.
PERSONAGEM COOL: Ryoko a louca apaixonada pirata espacial é escandalosa e faz tudo por seu amado. Inesquecível o episódio onde ela diz a todos que estava gravida de Tenchi!
YU YU HAKUSHO (1994):
As aventuras do detetive espiritual Yusuke Urameshi conquistou a todos quando a febre dos Cavaleiros estava diminuindo. A estrutura da narrativa das séries é parecida. Mas Yu Yu não se deixa cair no lugar comum e nos entrega uma aventura cheio de lutas, personagens carismáticos e uma ótima animação. Não da pra não citar a dublagem brasileira, realizada nos estúdios Audionews no Rio de Janeiro, onde se teve muitas adaptações e o uso, sem medo, de expressões do nosso país.
PERSONAGEM COOL: Koema é um baixinho boca dura e comanda a maioria das aventuras de Yusuke e seus amigos. Um personagem que nos faz rir todas as vezes em que aparece.
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terça-feira, 25 de outubro de 2011
ESTREIAS NA TV ABERTA
Pegando muitos fãs de séries policiais de surpresa, a Rede CNT está exibindo desde o dia 17 de Outubro a premiada Lei e Ordem - Unidade de Vitimas Especiais. Primeiro seriado derivado de Lei e Ordem (um dos mais duradouros com 20 temporadas no ar) UVE - vamos chama-la assim pois o nome é longo - já esteve presente em outras vezes no aqui no Badfish. Mas não custa nada lembrar, o programa é sobre as investigações dos detetives Benson (Mariska Hartway) e Stabler (Chistopher Meloni, que após 12 anos no programa, não renovou seu contrato para a décima terceira temporada que iniciou em Outubro) em uma unidade da policia encarregada de crimes sexuais. Num primeiro momento, se você assistir, poderá se assustar um pouco com o palavreado usado nos diálogos mas tudo, claro, de modo técnico. Termos como penetração vaginal e anal, estupro e molestação são comuns. Muitas situações são mostradas para orientar os telespectadores, principalmente envolvendo pedofilia e agressão a mulher.
Basicamente os capítulos começam por um crime (poucas vezes mostrados), a investigação e a solução dele num tribunal. O que torna essa série tão interessante é o fato de os produtores não deixarem cair no lugar comum apresentado sempre tramas surpreendentes. Nesta primeira temporada transmitida pela emissora paranaense, destaco dois episódios, o décimo sobre uma mulher estuprada e e todo o procedimento tecnico que a vitima passa e o ultimo, de numero vinte e dois, em que os detetives são questionados por uma psicóloga sobre seus metodos. A CNT ainda não informou a quantidade de episódios que adquiriu, mas ja é uma novidade numa programação que precisa urgente de um "up".
E o SBT programou para dezembro a estreia de Diarios de Vampiros (The Vampire Diares) sobre uma garota divida entre o amor de dois irmãos vampiros. Esse seriado tem roteiros bem elogiados.
Basicamente os capítulos começam por um crime (poucas vezes mostrados), a investigação e a solução dele num tribunal. O que torna essa série tão interessante é o fato de os produtores não deixarem cair no lugar comum apresentado sempre tramas surpreendentes. Nesta primeira temporada transmitida pela emissora paranaense, destaco dois episódios, o décimo sobre uma mulher estuprada e e todo o procedimento tecnico que a vitima passa e o ultimo, de numero vinte e dois, em que os detetives são questionados por uma psicóloga sobre seus metodos. A CNT ainda não informou a quantidade de episódios que adquiriu, mas ja é uma novidade numa programação que precisa urgente de um "up".
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Essa não é a unica estreia no campo dos seriados na TV aberta. A Globo, que possui uma faixa nas madrugadas para esse tipo de produção, começou a exibir Destino Final: Palm Glade. Com o titulo original The Glades, o drama é sobre um policial dono de um humor peculiar e métodos nada ortodoxos que muda-se para a pequena cidade do titulo nacional. Seu jeito baterá de frente com o pensamento conservador dos moradores.
Na Record, aos sabados a noite, é exibido a comedia Aprontando na India (Outsourced, no original). Com apenas uma temporada de 21 episodios produzidos, conta historia de dois amigos que são promovidos na empresa, mas a tal promoção os manda para India onde terão que conviver com costumes bem diferentes que estão acostumados.
E o SBT programou para dezembro a estreia de Diarios de Vampiros (The Vampire Diares) sobre uma garota divida entre o amor de dois irmãos vampiros. Esse seriado tem roteiros bem elogiados.
AQUELES ANOS INCRIVEIS...
Saudosismo é a palavra chave ao se falar sobre Anos Incriveis. Exibida no periodo de 1988 a 1993 totalizando 115 episódios dividido por 6 temporadas, o seriado conseguiu algo raro, conquistar adultos e adolescentes. Kevin Arnold adulto (voz de Daniel Stern) narra sua infancia no tumultuado ano de 1968 onde a guerra do Vietnam, as drogas, a liberdade sexual e o rock and roll estavam mais fervilhantes do que nunca. Fred Savage foi o garoto escolhido para fazer Kevin criança. Todo o agito desta epoca foi vista pelo ponto de vista do jovem. No primeiro episódio (também considerado pelos fãs o melhor) ele encara a morte pela primeira vez ao consolar a garota que ele gosta, a doce Winnie Cooper (Danica Mckellar) que acaba de perder o irmão na guerra. Também ficamos conhecendo os membros de sua familia, a mãe que todos queriam ter Norma (Alley Mills), seu durão pai Jack (Dan Lauria), o irmão que vive pegando no seu pé Wayne (Jason Harvey) e a rebelde irmã Karen (Olivia D'abo). Além de Winnie, Kevin tambem tem uma amizade muito forte com o timido Paul (Josh Saviano). Pessoas muito importante que fazem parte da vida deste esperto garoto.
Fomos testemunhas do final de sua infancia e inicio de sua adolescencia e todos os problemas tipicos dessa fase da nossa vida. O periodo retratado é de quando Kevin tem 12 em 1968 até 1972, periodo de grandes mudanças no comportamento das pessoas. O que de mais legal (e as vezes frustrante) no seriado era que ele não era assim tão obvio. Por exemplo, os encontros e desencontros na história de amor com Winnie. Eles ficaram juntos um tempo, mas devido a "esticada" que a atriz Danica Mckellar deu (acabou ficando bem maior que Savage), os produtores acharam melhor separar os dois. Inventaram dois interesses amorosos para ele Becky Slater e Madelaine, mas nenhuma das duas com o carisma de Winnie. Tanto carisma, não impediu que ela fosse a personagem menos explorada nos roteiros. Assim como Karen, a irmã yippie. Foi tocante aquele episódio onde Jack percebe que sua menininha cresceu e ele não deixa ela sair, mas ela sai. Mesmo assim, ele deixa uma luz do lado de fora acesa. Alias, tirando aquela fase onde Kevin vai para o ensino médio e conhece novos amigos, todos os episódios foram excelentes. Outro detalhe que chama a atenção de quem assiste é a trilha sonora, recheada de bandas e cantores que eram a voz do rock no final dos anos 1960 e inicio dos anos 1970. Nomes como Beatles, Roling Stones, The Doors, Joe Cocker, e muitos outros. Infelizmente, é a ótima trilha sonora que está empacando o lançamento oficial do seriado em DVD. Só para pagar os direitos, a distribuidora praticamente teria que refinanciar o seriado.
Anos Incriveis foi um dos primeiros seriados chamados híbridos onde drama e comédia andavam de mãos dadas, hoje o termo dramédia é usada nesse tipo de produção. Criado por Neal Marlens e Carol Black, mas com a participação muito importante de Bob Brush (que também desenvolveu Early Edition), em seu país de origem, Anos Incriveis eram exibido ás 8:30 o que colocava muitos freios nos roteiristas principalmente quando Kevin ficou com os hormônios a flor da pele aos 16 anos e numa cena ele tocou de leve o seio de uma garota. Foi o suficiente para os produtores e a emissora entrarem em crise. Somando o fato que o empresário de Savage pediu um aumento significativo no salario do protagonista, decretou o fim do programa. Identificação é outra palavra que define bem a série, pois os dilemas enfrentados por Kevin, todos os adolescentes passam. Talvez isso que torne esses Anos Incriveis tão especiais assim.
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segunda-feira, 24 de outubro de 2011
MEUS FILMES, MINHA VIDA: SEGUNDAS INTENÇÕES
SEGUNDAS INTENÇÕES (1999).
Confesso que só fui ao cinema ver Segundas Intenções devido a presença de Sarah Michelle Gellar (estrela de Buffy - A Caça Vampiros, minha série favorita de todos os tempos). O filme é um terrível jogo de sedução sem regras onde só vale uma coisa: não se apaixonar (isso está escrito no poster). Essa é a história de Sabastian (Ryan Philip) um jovem que só se interessa em fazer sexo com garotas virgens e ingenuas e sair por ai falando para os outros. Seu pai é casado com a mãe de Kathryn (Gellar) que faz pose de santa, mas na verdade é uma vadia que gosta de armar com Sebastian e tem uma quedinha por ele. Sebastian tem um desejo enorme de transar com Kathryn e ela faz uma aposta com ele, se ele conseguir seduzir e levar para cama a filha do novo diretor do colégio onde estudam ela deixa ele fazer tudo o que quiser, senão ela fica com a Ferrari dele. Mal imagina Sebastian que ele acaba se apaixonando por Annete (Reese Whisterpoon).
O filme é cheio de palavreado sujo e insinuações sexuais. É baseado livremente no romance Ligações Perigosas do francês Pierre Chordelos de Laclos que também serviu de inspiração para o filme homônimo de 1993 com Glen Close, Uma Thurman e Michelle Pfeifrer. Mas diferente desta produção, Segundas Intenções moderniza o romance ao fazer os acontecimentos se passarem na época atual e em Nova York. Essa atualização e mais as diferenças entre o original fizeram a critica cair de pau em cima do filme dando notas baixas em sua resenha. Mas nada disso foi o suficiente para a carreira de sucesso que a película fez no cinema ao praticamente quadruplicar em bilheteria o custo de sua produção. Tanto sucesso fez a produtora crescer o olho em cima e mandar produzir Segundas Intenções 2 (que se passa antes do filme) e 3 (que na verdade foi o piloto de uma série de TV não aprovada). Ambas produções inferiores ao original.
Tive a oportunidade de ver os filmes de 1993 e 1999 e posso dizer que ambos foram felizes ao adaptar o romance e não sei por que houve tantas criticas em cima de Segundas. Claro que ainda Sarah Michelle tem muito que aprender para chegar ao nível de interpretação de Glen Close (as atrizes fazem as mesmas personagens) e uma produção de época é mais bem feita que uma se passando nos dias atuais, mas as duas produções tem o seu charme. Outra coisa que deixa Segundas com um charme a mais é a trilha sonora com nomes como The Verve (com a cover do Stones "Bitter Sweet Symphony" que embala a cena final), Fat Boy Slin (com "Praise You"), Placebo ("Every You, Every Me", musica de abertura do filme) e Blur (com Coffee and TV, musica com o clipe mais legal da história,confira http://www.youtube.com/watch?v=6oqXVx3sBOk&ob=av2e . Gosto muito das intrigas e armações feita por Sebastian e Kathyn no decorrer do filme e como o anti-heroi Sebastian aos pouco se convence que não vale a pena humilhar aos outros. O amor fala mais alto. Destaco a atuação de Sarah que se despe de todos os maneirismos de Buffy e nos entrega uma vilã que esta por trás de todas coisas no filme, mas no fim, a carapuça de santa cai na frente de todo o colégio e a participação de Selma Blair como a bobinha Cecile uma das maiores vitimas de Sebastian.
Faço algumas observações interessantes como o fato de Ryan Philipp começar a namorar Reese Whisterpoon nos bastidores desse filme, eles chegaram a casar. Também essa é a segunda vez que Philipp e Gellar contracenam, a primeira foi no filme de terror Eu Sei o que voces Fizeram no Verão Passado onde Sarah conheceu seu marido Freddie Prinze Jr. Os dois são casados até hoje, Reese e Ryan ja se separaram. No elenco de apoio aparecem Christine Baranski (vista hoje em The Good Wife), Joshua Jackson (de Dawson's Creek e hoje está em Fringe) e Eric Mabius (de Ungly Betty). Ademais, é um ótimo passatempo, não irá mudar a sua vida, mas te deixará vidrado na tela para saber até onde as intrigas dos dois safados podem ir. Tudo acaba com dor e sangue e os vilões tem o seu castigo. Pena que na vida real não é assim.
MELHOR MOMENTO - a cena final onde todos descobrem a boa bisca que é Kathryn é muito legal. Não tem nenhum dialogo, apenas o som da musica Bitter Sweet Symphony e o choro da garota ao ser desmascarada.
Confesso que só fui ao cinema ver Segundas Intenções devido a presença de Sarah Michelle Gellar (estrela de Buffy - A Caça Vampiros, minha série favorita de todos os tempos). O filme é um terrível jogo de sedução sem regras onde só vale uma coisa: não se apaixonar (isso está escrito no poster). Essa é a história de Sabastian (Ryan Philip) um jovem que só se interessa em fazer sexo com garotas virgens e ingenuas e sair por ai falando para os outros. Seu pai é casado com a mãe de Kathryn (Gellar) que faz pose de santa, mas na verdade é uma vadia que gosta de armar com Sebastian e tem uma quedinha por ele. Sebastian tem um desejo enorme de transar com Kathryn e ela faz uma aposta com ele, se ele conseguir seduzir e levar para cama a filha do novo diretor do colégio onde estudam ela deixa ele fazer tudo o que quiser, senão ela fica com a Ferrari dele. Mal imagina Sebastian que ele acaba se apaixonando por Annete (Reese Whisterpoon).
O filme é cheio de palavreado sujo e insinuações sexuais. É baseado livremente no romance Ligações Perigosas do francês Pierre Chordelos de Laclos que também serviu de inspiração para o filme homônimo de 1993 com Glen Close, Uma Thurman e Michelle Pfeifrer. Mas diferente desta produção, Segundas Intenções moderniza o romance ao fazer os acontecimentos se passarem na época atual e em Nova York. Essa atualização e mais as diferenças entre o original fizeram a critica cair de pau em cima do filme dando notas baixas em sua resenha. Mas nada disso foi o suficiente para a carreira de sucesso que a película fez no cinema ao praticamente quadruplicar em bilheteria o custo de sua produção. Tanto sucesso fez a produtora crescer o olho em cima e mandar produzir Segundas Intenções 2 (que se passa antes do filme) e 3 (que na verdade foi o piloto de uma série de TV não aprovada). Ambas produções inferiores ao original.
Tive a oportunidade de ver os filmes de 1993 e 1999 e posso dizer que ambos foram felizes ao adaptar o romance e não sei por que houve tantas criticas em cima de Segundas. Claro que ainda Sarah Michelle tem muito que aprender para chegar ao nível de interpretação de Glen Close (as atrizes fazem as mesmas personagens) e uma produção de época é mais bem feita que uma se passando nos dias atuais, mas as duas produções tem o seu charme. Outra coisa que deixa Segundas com um charme a mais é a trilha sonora com nomes como The Verve (com a cover do Stones "Bitter Sweet Symphony" que embala a cena final), Fat Boy Slin (com "Praise You"), Placebo ("Every You, Every Me", musica de abertura do filme) e Blur (com Coffee and TV, musica com o clipe mais legal da história,confira http://www.youtube.com/watch?v=6oqXVx3sBOk&ob=av2e . Gosto muito das intrigas e armações feita por Sebastian e Kathyn no decorrer do filme e como o anti-heroi Sebastian aos pouco se convence que não vale a pena humilhar aos outros. O amor fala mais alto. Destaco a atuação de Sarah que se despe de todos os maneirismos de Buffy e nos entrega uma vilã que esta por trás de todas coisas no filme, mas no fim, a carapuça de santa cai na frente de todo o colégio e a participação de Selma Blair como a bobinha Cecile uma das maiores vitimas de Sebastian.
Faço algumas observações interessantes como o fato de Ryan Philipp começar a namorar Reese Whisterpoon nos bastidores desse filme, eles chegaram a casar. Também essa é a segunda vez que Philipp e Gellar contracenam, a primeira foi no filme de terror Eu Sei o que voces Fizeram no Verão Passado onde Sarah conheceu seu marido Freddie Prinze Jr. Os dois são casados até hoje, Reese e Ryan ja se separaram. No elenco de apoio aparecem Christine Baranski (vista hoje em The Good Wife), Joshua Jackson (de Dawson's Creek e hoje está em Fringe) e Eric Mabius (de Ungly Betty). Ademais, é um ótimo passatempo, não irá mudar a sua vida, mas te deixará vidrado na tela para saber até onde as intrigas dos dois safados podem ir. Tudo acaba com dor e sangue e os vilões tem o seu castigo. Pena que na vida real não é assim.
MELHOR MOMENTO - a cena final onde todos descobrem a boa bisca que é Kathryn é muito legal. Não tem nenhum dialogo, apenas o som da musica Bitter Sweet Symphony e o choro da garota ao ser desmascarada.
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
BAU DAS SÉRIES OBSCURAS: COMANDO ESPACIAL
No ano de 1995 o canal Fox americano apresentou um dos mais caros seriados produzidos na epoca: Comando Espacial (no original, Space: Above and Beyond). Tanto investimento não adiantou para conquistar o grande publico. Criado por Glen Morgan e James Wong - dois roteiristas que escreveram alguns do melhores episódios de Arquivo X - que apresentaram um arrojado e ousado projeto de ficção cientifica. Toda atmosfera do seriado era escura, sombria até, as naves, o espaço era sujo e nada agradável, afinal, a trama se passava em uma época no futuro onde os humanos lutavam com todas as forças contra os Chigs. Será que foi esse futuro nada utópico e bem distante de Jornadas nas Estrelas que fez o show fracassar?
O roteiro era centrado no tenente Nathan West (Morgan Weisser) um rapaz apaixonado pela namorada que decide se alistar na linha de frente de combate contra os aliens maus. É comandado por Shanem Vansem (Kristen Cloke) uma soldado linha dura. Seus companheiros de equipe são o revoltado tenente meio humano/meio Chig (Cooper Hawkes), e os tenentes Paul Wang (Joel da la Fuente) e Vanessa Daphousse (Lanei Chapman), esses menos explorados pelos roteiristas, apesar de terem ótimos momentos. Todos lutam na unidade dirigida por Coronel MCqueen (James Morrison). Juntos, encaram a paranoia de serem mortos por uma raça hostil, a convivência nada pacifica entre pessoas tão diferentes e a solidão de estar no espaço infinito.
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
TESTE DRIVE: RINGER
Os meses de Setembro e Outubro são especiais para os fãs de séries, principalmente as americanas. É nesse período que as emissoras estreiam a fall season que pode ser comparada aos meses de Março ou Abril aqui no Brasil, quando as emissoras estreiam novos programas ou então as atrações voltam de férias. E expectativa entre os admiradores e a impressa é grande, já que todos os interessados querem saber as novidades em seu programa favorito ou então aquela nova atraçao que pode vir a ser sua nova mania. Uma das primeiras séries a estrear nesta temporada 2011/2012foi Ringer. Também conhecida como a volta de Sarah Michelle Gellar a TV!
Para falar dessa série é necessário uma pequena volta ao tempo mais precisamente no ano 2003 quando Sarah, o roteirista Joss Wheadon e o canal Fox anunciaram que Buffy - A Caça Vampiros seria encerrado na sétima temporada naquele ano. O anuncio pegou todos os fãs de surpresa já que o programa estava no auge. A desculpa é o "famoso vamos encerrar enquanto estamos no topo". Então, a bela Sarah apostou todas as suas fichas no cinema, mas seu agente não trabalhou muito bem, pois os filmes estrelados pela loura ou não foram muito bem de bilheteria (como o simpatico Sedução em Manhantan, ao lado de Alec Baldiwn) ou foram malhados pela critica (Scooby Doo 2). A solução foi voltar para a telinha, onde Sarah se criou. Um up em sua carreira seria dado se o piloto que ela gravou para a HBO, The Wonderful Maladays, vingasse. Mas nesse período que o seriado foi rejeitado pelo canal que a bela recebeu uma ótima noticia: estava gravida! Filha nascida, era hora de voltar ao batente e Sarah aceitou a proposta de estrelar Ringer.
Inicialmente oferecida para o canal CBS (o de maior audiência dos EUA), o novo projeto de Gellar conta a história de Briget uma garota que testemunhou um crime e é a unica que pode colocar um mafioso na cadeia. Desesperada com as ameaças, a moça foge ao encontro de sua irmã gêmea Sioban (este é provavelmente o nome mais esquisito que já escolheram para um personagem!). As duas se reencontram após anos longe uma da outra e resolvem velejar. Briget adormece e acorda pensando que a irmã morreu, já que ela sumiu! E decide ficar no lugar dela. Claro que ela passara certas dificuldades já que, apesar de identicas, as semelhanças acabam por ai. Aos poucos, ela descobre a boa bisca que a irmã é: trai o marido Andrew (Ion Gronfund, de Quarteto Fantastico) com o marido de sua melhor amiga, é falsa, interesseira e trambiqueira. Mal imagina ela que Sioban esta linda e loura vivendo em Paris recebendo ordens por telefone e se divertindo com que a irma esta passando. Briget, agora uma foragida da justiça, ainda tem em seu encalço um agente do FBI. Ah, Sioban está gravida e Briget tem que fingir a gravidez também.
Vendida ao publico como um drama noir, Ringer está, enquanto escrevo estas palavras, em sua sexta semana de exibição e já da pra fazer um balanço geral do seriado. Semana passada foi divulgada a noticia que o show foi aprovado para uma temporada cheia de 22 episódios, então, Sarah (que também é produtora executiva) pode respirar aliviada. Com uma audiência media de 2 milhões de expectadores, a série é exibida no canal CW (a CBS recusou o projeto por não achar a cara da rede) que é o lanterninha dos canais abertos americanos. Mas o seriado, basicamente se sustenta no carisma de Gellar. Não que seja ruim, mas se fosse outra atriz, o tema provavelmente não iria me interessar. O drama tem sofrido muitas criticas e foi taxado de soap opera (nome dado as novelas naquele país) de luxo. Ja que tem um enredo bem melodramático (gêmeas trocando de lugares? onde voce já viu isso?). Mas acho que o grande defeito deste programa é a que ele, ainda, não tem uma identidade própria. É drama? Suspense? Ação? Nada é muito definido. Piora ainda quando lembro o trailler que o CW produziu vendendo a série como um drama noir (aquele tipo de produção que tem um homem enganado por uma mulher, geralmente loura e que comete crimes).
Mas de um modo geral, gostei do seriado e ele começa a esquentar no quinto episódio. Entre os atores, aprecio muito as cenas entre Sarah e Ion. Tenho e impressão que Briget esta gostando de Andrew, apesar deste, aos poucos, estar revelando um lado sombrio. Por enquanto, ainda não posso dizer que Ringer é uma das minhas séries favoritas, mais ela esta no caminho. E estou torcendo muito, ja que, como fã de Sarah Michelle Gellar, voltar a ver a estrela na televisão, não tem preço.
O BOM: A interação de Sarah com o elenco e um enredo que a cada semana fica mais interessante de se acompanhar.
O RUIM: Mesmo com quase dois meses de exibição a série ainda não encontrou uma identidade própria. As vezes parece uma novela, as vezes um drama americano, as vezes suspense.
Linda, loura e em dose dupla.
KAISER CHIEFS E A NOVA REVOLUÇÃO MUSICAL
Você já teve a vontade de ter o álbum de sua banda favorita do jeito que você quer? Pois seu problemas estão prestes a acabar! Os ingleses do Kaiser Chiefs inventaram algo que pode inovar (mais uma vez) o jeito de se ouvir musica. Os donos do hit de 2008 Ruby, postaram em seu site oficial 20 canções para fazer parte do novo CD deles, Future is Medieval, quarto disco de estúdio. A grande novidade é que os fãs tem o direito de escolher 10 musicas montar a ordem, escolher a capa, baixar e pronto! Ou seja, cada pessoa (obviamente que curte a banda) pode ter um CD para chamar de seu. Exclusivo!
A estratégia, inovadora e arriscada, uma vez que os caras não pretendem lançar comercialmente este CD, é comparada a outro lançamento que chacoalhou a industria anos atras quando o Radiohead lançou o disco In Ranbows também em seu site, mas, os fãs pagariam quando quiseram pelo trabalho do também inglês grupo. Este trabalho do Kaiser Chiefs esta sendo considerado inovador pelo simples fatos dos fãs poderem personalizar o CD de sua banda favorita. Para os padrões brasileiros, desembolsar quase R$ 50,00 por 10 faixas é um pouco exagero, mas, talvez, esse seja mais um golpe na boca do estomago das grandes gravadoras que aos poucos vêem perdendo o poder que tinham. A internet, e a facilidade que temos de conseguir as musicas que queremos - quase - de graça, quebrou as pernas delas.
A estratégia, inovadora e arriscada, uma vez que os caras não pretendem lançar comercialmente este CD, é comparada a outro lançamento que chacoalhou a industria anos atras quando o Radiohead lançou o disco In Ranbows também em seu site, mas, os fãs pagariam quando quiseram pelo trabalho do também inglês grupo. Este trabalho do Kaiser Chiefs esta sendo considerado inovador pelo simples fatos dos fãs poderem personalizar o CD de sua banda favorita. Para os padrões brasileiros, desembolsar quase R$ 50,00 por 10 faixas é um pouco exagero, mas, talvez, esse seja mais um golpe na boca do estomago das grandes gravadoras que aos poucos vêem perdendo o poder que tinham. A internet, e a facilidade que temos de conseguir as musicas que queremos - quase - de graça, quebrou as pernas delas.
domingo, 9 de outubro de 2011
LISTA: 5 MOTIVOS PARA VER DOWNTON ABBEY
Em 26 de Dezembro de 2010 fiz um post apresentando a voces a sensacional série Downton Abbey ( http://badfish-fanzine.blogspot.com/2010/12/conheca-downton-abbey.html ). Não, ainda não mudei de ideia. Em minha humilde opinião, esta é ainda a melhor série da atualidade que só possui um defeito (assim como todos os seriados ingleses): poucos capítulos por temporada. No primeiro ano foram 7 episódios que se tornaram um fenômeno instantaneo no mundo. A moral do programa já era alta e, com o merecido premio Emmy de melhor mini-série (desbancando a favorita Mildred Pierce , estrelado pela competente Kate Winslet), a fama só aumentou. Descobri esta joia rara sozinho num dia que decidi baixar filmes baseados na obra de Jane Austen e me deparei com essa produção que tem muito da obra da romântica escritora ao apresentar casamentos forçados, mocinhas confusas e indecisas e uma família a beira de perder toda a fortuna.
Criado por Jullian Followes a série começa em 1912 com todos os membros da gigantesca mansão Downton sabendo do trágico acidente do Titanic. Entre os mortos estava Patrick o futuro marido de Lady Mary (Dockery Michelle), filha mais velha do bondoso Conde Crowley (Hugh Bonneville) e da Condessa Cora (Elizabeth Mcgowan). A união dos dois era extremamente necessária para a dinastia dos Crowley continuar com os bens e a mansão, mas com a morte de Patrick e uma clausula na era herança dizendo que somente membros do sexo masculino poderiam garantir a posse de tudo, a família e seus empregados entram em desespero. Automaticamente, toda a fortuna passa para as mãos do parente masculino mais próximo, o primo Matthew (Dan Stevens). A principio, ele não aceita a herança, mas persuadido pela mãe Isobel (Penelope Wilton) e após conhecer e se apaixonar por Mary, ele muda de ideia. A trama não fica restrita aos problemas da fortuna da família e explora a conturbada relação entre os empregados. Alias, eles são a estrela da atração e seus problemas são mostrando tanto quanto a história principal. Após essa "pequena" introdução, apresento 5 motivos que tornam Downton Abbey uma série imperdível:
O ROTEIRO:
Isto é mais do óbvio, uma série só é boa com um roteiro caprichado. Em nenhum momento de nenhum episódio, o seriado fica chato e, quando voce acha que vai ficar, la vem um acontecimento que muda tudo, para melhor.
PERSONAGENS:
Mesmo com um numero grande de personagens, são 26, todos tem seu devido espaço. Quando comecei a ver a serie, achei que o foco seria a familia Crawley com o conde, sua esposa e suas tres filhas Mary, Edith (Laura Carmical) e Sybill (Jessica Bronw-Findaley).
Sybill, Mary e Edith: Conflito entre irmãs
Mas quando somos apresentados a ala dos empregados tudo muda. E eles acabam sendo os grandes astros do show. A ala masculina é cuidada pelo rigoroso mordomo Carson (Jim Carter). No primeiro episódio todos conhecem o novo valete que acaba sendo o criado pessoal do conde. Dono de uma ferida grave na perna Bates (Brendam Coyle) acaba despertando a compaixão de todos (que assistem) por se tornar alvo de piadas por ser manco e não dar conta de todo o serviço que é imposto, mas da a volta por cima com garra e coragem (curiosamente, esse é o personagem mais explorado o que o torna preferido de muitos fãs). Ainda temos os lacaios Thomas (Rob James Colier) um empregado invejoso, mentiroso e encrequeiro e Willian (Thomas Howess) um pobre coitado que engole muita humilhação de seu colega.
Sybill, Mary e Edith: Conflito entre irmãs
Mas quando somos apresentados a ala dos empregados tudo muda. E eles acabam sendo os grandes astros do show. A ala masculina é cuidada pelo rigoroso mordomo Carson (Jim Carter). No primeiro episódio todos conhecem o novo valete que acaba sendo o criado pessoal do conde. Dono de uma ferida grave na perna Bates (Brendam Coyle) acaba despertando a compaixão de todos (que assistem) por se tornar alvo de piadas por ser manco e não dar conta de todo o serviço que é imposto, mas da a volta por cima com garra e coragem (curiosamente, esse é o personagem mais explorado o que o torna preferido de muitos fãs). Ainda temos os lacaios Thomas (Rob James Colier) um empregado invejoso, mentiroso e encrequeiro e Willian (Thomas Howess) um pobre coitado que engole muita humilhação de seu colega.
Na ala feminina, comandada com pulso firme pela governanta Hughes (Phyllis Hogan), temos a companheira de trambique de Thomas e criada pessoal da condessa, O' Brien (Siobann Fineram). A cozinheira dona de um temperamento dificil Patmore (Lesley Nicol) e sua ajudante a bobinha Daysi (Sofie Macshera). Quem rouba a cena são as criadas Gwen (Rose Leslie), unica empregada que deseja não ficar trabalhando na casa por ter a vontade de ser secretaria e Anna (Joanna Frogatt) uma delicada, sensivel e doce mulher que se apaixona por Bates.
Os criados roubam a atenção.
Os criados roubam a atenção.
Saindo do circulo de convivencia em Downton, temos a condessa viuva Violeta (Dama Maggie Smith, a mais conhecida do elenco por ter interpretado a professora Minerva na cini-serie Harry Poter) ela é mae do Conde e é muito autoritária e não aceita que o filho perca a fortuna da familia (que pertence na verdade a Condessa, mas como as mulhres tinham poucos direitos, a grana era do marido ou de um membro masculino da famila mais próximo). A unica pessoa que enfrenta Violeta é a mãe de Matthew. Quando as duas estão no mesmo lugar, é um bombardeio atras do outro como numa guerra. Falando em Matthew, é um querido personagem que vive aguentando calado as patadas de Mary, mesmo assim se apaixona por ela.
RECONSTITUIÇÃO DE ÉPOCA:
Com a trama se passando no inicio da década de 1910 (o plano é contar a história até a década de 1950) Downton Abbey conquistou muitos prêmios tecnicos como figurino, fotografia e cenografia. E não é nenhum exagero. As roupas de época são impecáveis e, por incrível que pareça, metade da série é filmada em locação externa (as cenas na cozinha, quartos e salas são em estúdio) o que inclui aí o charmoso castelo Highclere em Yokishere ("interpretando" a mansão Downton) e uma aldeia real imitando a região onde fica a grande casa.
APOIO DA CRITICA:
Eu não fui muito de seguir o que críticos de cinema e TV falam para seguir uma atração, mas graças a eles, a popularidade de Downton Abbey foi só aumentando ao redor do mundo. Tanto é que o seriado entrou para o Guinnes como o programa que mais teve o indicie de critica positiva na historia (com 92%). Tanto oba-oba é merecido, a série é muito bem escrita, bem interpretada por seus atores e bem feita pela equipe técnica. A emissora que a exibe na Inglaterra ITV ja autorizou a produção da terceira temporada no inicio da exibição da segunda (no começo desse mês) e a poderosa BBC que sempre foi o foco em se tratando de séries, está investindo em tudo o que pode na produção da continuação de Uptairs and Downstairs série que inspirou Jullian Folowess a criar Downton que fez um grande sucesso na década de 1970. Essa série também é boa, mas Downton Abbey é A série do momento.
TRAMAS:
As vezes vemos ótimos atores fazendo ruins personagens. As vezes vemos ruins personagens feitos por bons atores. Em Downton Abbey, os produtores tiveram a sorte grande. Temos ótimos atores fazendo ótimos personagens. Acredite, quando odiamos um vilão, é por que o ator estava fazendo um ótimo trabalho. Que o diga os interpretes de Thomas e O' Brien. Os dois conspiram pelos cantos e tem Bates como seu principal rival. E olha que ele é um manco empregado que com dificuldades de fazer o seu trabalho. Falando em Bates, sua relação com Anna tende a ser mais explorada quando ela revela ama-lo no episódio 5, os dois são queridíssimos pelo publico. Lady Mary e toda a sua conturbada relação com Matthew nos faz querer bater na garota por ela desprezar o rapaz que esta disposto até a abdicar de sua fortuna para mostrar a ela que não é um interesseiro.
A troca de alfinetadas entre Mary e Edith e Violeta e Isobel é hilario e prova que não se precisa de barraco para termos uma cena de conflito. Como disse acima, as reviravoltas dadas no roteiro torna tudo mais prazeroso de se assistir e a noticia da terrível primeira guerra mundial ao final do primeiro ano transformará a vida de todos os personagens para sempre.
Elenco reunido: elogiados pela critica, amados pelo publico.
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