Todos os anos entre os meses de maio e setembro, enquanto as séries que eu curto estão no intervalo entre as temporadas, procuro pela internet novas séries para suprir o buraco que The The Office, 30 Rock e Downton Abbey, entre outros, deixam. Desta vez, meu lado fã nipônico falou mais alto e, dentre as 6 séries fora da temporada que estou assistindo, 4 vieram do Japão.
Abaixo, segue a relação dos seriados e minha opinião sobre eles e os motivos que possam fazer você a fazer o mesmo que eu: assistir muito.
AMOR IMENSO (BIG LOVE):
As séries da HBO são assim, ou você as ama, ou você as odeia. O tema de Amor Imenso pode incomodar a muitas pessoas. O seriado narra a vida do empresario Bill Herickson (Bill Paxton) um homem adepto a bigamia, o ato de ter mais que uma esposa. A grande família de Bill é composta pela primeira esposa Barb (Jeanne Tripllehorn), uma dócil, porem, controladora pessoa. Nicollete (Cloë Sevigny) que, apesar de seu visual conservador é a que mais apronta nos bastidores e Margene (Gennifer Goodwin). O homem fez sete filhos, três com Barb e dois com Nick e Marg cada. O segredo desta estranha relação é dividida apenas entre o clã, já que a religião deles não permite a poligamia á algum tempo. Então, cada esposa tem a sua casa e Bill divide seus afazeres e necessidades ficando uma noite em cada lar. A primeira temporada mostra um pouco do cotidiano e como Bill faz para esconder sua vida particular da igreja e da população em geral.
Com um elenco talentoso - que também tem a estrela em alta Amanda Seyfriend - e o capricho nos roteiros típicos das séries da HBO, Amor Imenso é um ótimo seriado que se propõe a mostrar que essas pessoas estão presas a viver a vida do jeito que querem por causa de convenções sociais. Na Tv aberta, Amor Imenso também foi exibido no SBT.
SAILOR MOON LIVE ACTION
Fã confesso da versão animada de Sailor Moon, torci o nariz para sua versão em carne e osso, por achar que seria mais um caça niques da Toei Company. Também não engolia as perucas usadas pelas atrizes para darem vida as guerreiras Sailor. Após pesquisar com cuidado e ler atentamente os foruns da internet, decidi dar uma chance a Serena (ou melhor, Usagui) e suas amigas.
Sailor Moon Live Action é mais uma adaptação do mangá do que uma versão do desenho animado. A sonhadora Usagui um dia encontra uma gata que fala chamada Luna que diz que ela foi escolhida para ser Sailor Moon, uma heroína responsável por achar o cristal de prata e proteger o mundo das forças do mal. Em seu caminho, a garota conhece outras meninas escolhidas para formarem uma tropa que defendera a princesa da Lua. A estudiosa Amy, a séria Rey e a marrenta Makoto (respectivamente as Sailors Mercury, Mars e Júpiter). As meninas lutam contra os demônios enviados pela Rainha Beryl e seus generais protetores, sob os cuidados atentos de Sailor Vênus. As diferenças são muitas entre as versões. Usagui não é medrosa e chorona, mas apenas imatura já que é uma jovem de 14 anos, Amy acaba relaxando dos estudos mais cedo, Makoto (ou Lita para os íntimos, linda atriz, por sinal) sente que seus destino é ficar só e Minako (nossa Mina, bela atriz) é uma estrela da musica pop que não se mistura com as outras e mente ser a princesa. O galã da série, Taxedo Mask, também tem uma história e participações um pouco diferentes.
Apenas dois detalhes me incomodam nessa versão deste clássico que completa 20 anos em breve. Primeiro, o pouco investimento feito pela Toei (claro, se comparado a series Super Sentai e Kamen Riders) que gravou o seriado com câmeras de vídeo com efeitos especiais forçados demais e também o figurino dos atores que muitos cosplayers consegue fazem melhor. Mas a historia - que é o que realmente importa no fim das contas - é emocionante e cativante a cada episodio. Pelo horario em que foi exibido e ao publico em que se destinava, contem vários elementos dramáticos e maduros. E uma musica de abertura que gruda na primeira vez que escuta.
SAINT SEIYA OMEGA
Definitivamente estou vivendo uma onda nostálgica. Alem de Sailor Moon, também me encantei por uma outra versão d'Os Cavaleiros do Zodíaco. Na verdade, Saint Seiya Omega é mais uma continuação do clássico da animação japonesa. Provavelmente a Toei produziu o desenho devido a milhares de fãs que ele tem no mundo mais do que agradar os japoneses em si, já que lá no Japão Omega é exibido as 6h30 das manhas de domingo, longe das competições com os mais assistidos como Naruto. Saint Seiya Omega se passa alguns anos após os eventos do original e conta a história de Kouga um jovem protegido por Saori/Athena e escolhido para ser o novo cavaleiro de Pegasus (tudo indica que o jovem é filho de Seiya e Saori). Para variar, a garota é sequestrada no primeiro episodio por um vilão poderoso chamado Mars e cabe a Kouga correr o mundo e ficar mais forte para resgatar sua deusa. O garoto é treinado por Shina e, alem dela, poucos personagens da primeira série aparecem como Tatsumi e os cavaleiros de bronze Geki e Nachi. Seiya aparece em flashbacks e o unico a dar as caras até o episodio 15 é Shun que virou uma especie de curandeiro que não pode mais usar sua armadura de Andrômeda. Kouga começa seu treinamento na escola da cavaleiros em Palaestra e lá conhece seus companheiros de jornada Soma,Yuma, Haruto e Ryuho o filho de Shiryu com Shunrei.
Apesar de estar a anos luz do original, no que se refere as tecnicas de animação, Omega ainda só conseguiu me empolgar agora no capitulo 15 que contou com a presença de Shun, muito diferente do garoto estranho de antes. Ele é um cavaleiro respeitado e legendário. Alguns detalhes que incomodaram não só a mim, foi as armaduras não serem mais carregadas naquelas caixas em sim em pingentes. Nesta versão, os cavaleiros de modo geral não são influenciados por suas constelações protetoras mas, sim por elementos naturais como aguá, vento e fogo. Mais sinto que tudo pode melhor é só esquecer um pouco o original.
SAMURAI SENTAI SHINKENGER
As series japonesas do gênero Super Sentai são um dos meus prazeres culpados, ou seja, é aquele tipo de coisa que você fica um pouco constrangido de dizer que gosta. Após terminar de assistir Dairanger pela segunda vez e Gokaiger decidi procurar outra série que tenha feito sucesso e elogiada por seus roteiros. Então me deparei com Shinkenger. Estou no capitulo 14 e ainda não "esquentou" e aquela coisa de cada episodio surgir um novo tipo de arma para colocar no robô gigante da equipe só me faz pensar como o dublê que vestia a roupa de robô sofreu carregando tanta tralha. Mas eu já esperava por isso, na internet dizem que o seriado fica melhor um pouco para frente. O tema de Shinkeger é mais japonês do que nunca e trata um pouco da cultura samurai. Alias, a Toei demorou para fazer isso. A missão dos membros do esquadrão é proteger o seu senhor, no caso o Shinkenred, como se tornou de praxe, o lider é mau humorado e chatinho (que saudade de um Change Dragon).
Apesar desses detalhes o seriado esta começando a me empolgar principalmente nas peripécias dos dublês, das maquetes das cidades cada vez melhor e nos efeitos especiais (ainda que a transformação do robô soe meio falsa). O elenco, bem, quem viu Changeman, Jetman, Flashman e Dairanger. sabe que atores bem mais carismáticos deram vida a super esquadrões. Mas torço que a série venha a me surpreender assim como outras que começaram fracas e arrebentaram depois.
VEEP
Selina Meyer tem uma das profissões mais ingratas do mundo - é politica - e possui o cargo mais impossivel de se explicar, ela é vice presidente dos EUA. Num tom de satira e deboche com um toque de acidez, Veep é estrealado por Julia Louis-Dreyfuss, uma das atrizes mais engraçadas das séries que tem no curriculum Seinfeld e estrelou As Novas Aventuras da Velha Christine (exibida no SBT). Ela faz um chefe tipo Michael Scott de The Office, é pouco competente e depende 100 % de sua equipe de trabalho. Entre seus ajudantes estão Amy (Anna Chlumsky a garotinha de Meu Primeiro Amor), Dan (Reid Scott), Matt (Mike Mclinctock) e o puxa saco Gary (Tony Hale).
Este talentoso elenco explora o mundo da politica americana com uma linguagem bem suja (mantida na excelente dublagem). Terminei de ver a primeira temporada e indico sem medo.
ULTRAMAN MAX
O grande defeito das series da franquia Ultra é que elas são repetitivas. Um esquadrão defende a terra de monstros e um dos membros é escolhido para ser o Ultraman da vez. Claro que em Ultraman Max esse clichê é levado adiante mas isso não é um defeito. Há anos os fãs da família Ultra não tinha um elenco carismático e talentoso com direito até a um americano entre eles que fala japonês muito bem. Apesar de achar meio forçada a entrada de Kaito na Dash ele está se mostrando um herói de valor. O grande defeito de Max talvez venha da própria Tsuburaya que desenvolve os efeitos especiais e técnicas de filmagem e esquece dos personagens. Como no episodio A Filha de Zetton, a tal moça vem a Terra atrás do Ultraman Max avisa-lo que ele irá morrer pelas mãos do pai. Acredite, a câmera não mostrou o rosto de Kaito (o principal envolvido, afinal, ele é o Max), ou seja, perderam uma oportunidade dramática e tanto, bem, as vezes esqueço que isso é feito para crianças no Japão. Mas estou gostando muito dessa série principalmente pelo capricho da direção de arte nos cenários e maquetes da cidade de Tóquio, essa parte sim, evoluiu muito.
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