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domingo, 31 de maio de 2015

10 ANOS ATRÁS A SETE PALMOS MORRIA...


Em junho de 2005, Alan Ball colocou o fim no roteiro do episodio final de A Sete Palmos. Ele foi até a sala, sentou no sofá e chorou. Era o fim de uma era em sua vida. Por 5 anos, ele conviveu com a equipe, os atores e os roteiristas que formaram uma grande e família feliz, mesmo com tanta coisa rolando nas telinhas.

A Sete Palmos foi a mais provocante, polemica, subversiva e controversa série de TV que já existiu. O publico já acompanhava intensamente as historias de Família Soprano, quando Alan Ball veio com a ideia de uma série que mistura morte e vida, drama e comedia, tudo junto e misturado. Recém saído do sucesso de critica e ganhador do Oscar de 1999 por  Beleza Americana, muitas emissoras foram atrás de seus roteiros mas a HBO chamou a atenção do roteirista pela liberdade criativa que o canal oferece aos criadores. Para se ter uma ideia, Ball apresentou o piloto da série quando ouviu de um dos diretores a seguinte pergunta: "está muito linear, não dá pra subverter mais?". Foi o sinal verde para o criador e sua equipe de roteiristas usar e abusar de situações pouco vistas na televisão. 


A partir de cada personagem, uma situação inusitada surgia deixando a todos de boca aberta. Tínhamos Nate (Peter Krause) com 35 anos indeciso sobre sua vida, tomando decisões arriscadas a todo o momento. Seu irmão David (Michael C. Hall) gay enrustido no inicio da serie que se contentou em seguir os negócios do pai por falta de opção. Claire (Lauren Ambrose) a adolescente que descobre nas drogas e no sexo um estimulo para descobrir uma veia artística. Ruth (Frances Conroy) a matriarca que conhece os prazeres da vida após a morte do marido. Federico (Freddy Rodriguez) que fora criado pelo sr Fischer que viu que seus filhos não iriam seguir com os negócios da família. Keith (Matthew st. Patrick) negro e gay que precisa se provar que é digno a todo o momento e Brenda (Rachel Griffiths) libertina, viciada e rica, mas com uma família disfuncional.

o seriado apresentou muitas polemicas envolvendo sexo, drogas, violência, homossexualismo, incesto e crises pessoais. A cada capitulo das cinco temporadas os personagens cresciam, viviam e nos deixava uma importante mensagem: viva com alegria, pois a vida é curta.  

OS DIAS DE KHAOE

   ALERTA DE SPOILER

Até aqui estava acostumado a escutar comentário do tipo: "viu a novela ontem?". Até que terça, dia 26 de maio, duas pessoas vieram me perguntar se eu havia assistido "o Grey's  Anatomy ontem?" Eu fiquei pasmo, afinal, é difícil alguém chegar e fazer essa pergunta sobre um seriado. Ok, duas pessoas pode não ser muito, mas foi o suficiente para eu perceber que os seriados estão com tudo. O que chamou a atenção no referido episodio da serie foi a morte de (mais) um personagem da série. E não é qualquer um, simplesmente é o personagem masculino principal Derek feito por Patrick Dempsey.

Acostumada a chocar seu publico, a criadora da série Shonda Rhymes promoveu mais uma comovente hora para os fãs do seriado que viram o personagem salvar heroicamente a vida de quatro pessoas fora do hospital para acabar tendo uma morte chocante (mas bem clichê das séries). Divido em dois blocos - o primeiro com o salvamento das vitimas e o segundo com Meredith recebendo a triste noticia - foi um capitulo seco, sem muito dramalhão, no estilo a vida como ela é. A tempos não assistia a série, quem sabe ela não fica mais interessante em sua próxima temporada?



Tem outra atração que diverte ao mesmo tempo que emociona. A novela Coração Indomável trama mexicana inédita exibida pelo SBT as 16h30 se revelou a grande surpresa do ano ficando diariamente entre o Top 5 de audiência da emissora mesmo competindo com a bem sucedida reprise de O Rei do Gado. Coração Indomável é um remake de Marimar estrelado por Thalia em 1994, mas possui muitas diferenças pois é mais baseada no original da década de 1970 chamada La Vinganza. O publico está se encantando com o carisma da atriz principal Ana Brenda Contreras que teve a difícil tarefa de substituir Thalia. A novela tem todos os exageros e situações que só acontecem em novelas mexicanas, mesmo assim é muito divertida e logo depois, ainda tem o supra sumo das novelas A Usurpadora com todas as características que a Televisa criou para suas produções.



Para encerrar, nesta semana em que o frio começou a dar as caras em Curitiba, uma noticia para os saudosistas, como eu. A escritora Amy Shermann Paladino e o elenco da série que ela criou Gilmore Girls, se reunirá em agosto próximo no Festival ATX  2015, onde as emissoras americanas fazem palestras, encontros e painéis sobre as novas temporadas e novos seriados que estrearam em setembro. Tanto as escritoras, como as atrizes principais, Lauren Grahan e Alexis Blendel estão muito entusiasmadas com esse reencontro. Gilmore Girls foi um drama bastante elogiado na época de sua exibição e era conhecido como a série com a maior quantidade de diálogos por episodio. 




Outros que relembraram os bons tempos é a equipe criativa da série Dawson's Creek. O Criador do show, Kevin Willianson e os escritores e produtores executivos Greg Belani, Rob Thomas, entre outros, se reencontraram também no ATX. Ainda não se tem a confirmação dos membros do elenco.  


domingo, 24 de maio de 2015

CONHEÇA: SUPERGIRL


ALERTA DE SPOILER

Já não é mais surpresa quando um piloto de uma série de TV esperada vaza na internet. Aconteceu na temporada anterior com The Flash e Constantine, e agora novamente com uma das aguardadas estreias da temporada 2015/2016: Supergirl. Claro que "vazar" um produto como este é pura estratégia de marketing para ver a receptividade junto ao publico. A expectativa é grande demais com o novo show. Primeiro por que não será transmitida pela CW que exibe The Flash e Arrow e vai produzir esse ano Legends of Tomorrow tambem baseado nos quadrinhos e, sim pela CBS uma grande rede não costuma muito ousar em se tratando de novas séries sempre apostando em franquias (C.S.I., Criminal Minds) ou sitcons (The Big Bang Theory, Mon, Two and the Half Men). Maldosamente, suas concorrentes a chamam de TV dos idosos pois atrai a parcela de audiência com mais idade. Esse e outro fator está transformando Supergirl na série mais esperada desta nova temporada americana que estreia em setembro.

Calista: empresaria poderosa e arrogante

Supergirl e Jimmy Olsen: uma quedinha mutua. 


Simplesmente a série carrega nas costas o nome do Superman, o primeiro e maior super herói dos gibis. Ainda que a popularidade do personagem tenha sido ofuscada no últimos anos  pelos heróis da Marvel que fazem bilhões de bilheteria nos cinemas e o ultimo filme do Super ter dividido opiniões, a marca é conhecida no mundo todo. No piloto do seriado que vazou, vemos em uma narração em off Kara Zor El (Melissa Benoist, de Glee) contando que é prima do Superman (o personagem aparece em meio a sombras, de costas e de longe) que foi enviada na Terra com a missão de proteger seu parente. Acontece que uma falha em sua nave faz ela chegar no planeta anos depois de seu primo que, a esta altura já é conhecido mundialmente. A garota é adotada pelos Denvers (em participação especial da ex-supergirl Helen Slater e do ex-superman Dean Cain) e decide levar uma vida normal em National City como assistente da arrogante Cat Grant (Calista Flockhart, de Ally McBeal) até um dia em que o avião que estava a sua irmã Alex (Chyler Leigh, de Grey's Anatomy) sofre um atentado e ela salva a vida de várias pessoas. A adrenalina do perigo faz a moça perceber que, assim como seu primo de Metrópolis, também deve salvar vidas.

Assim como The Flash, o piloto de Supergirl é leve e bem intencionado, com acontecimentos rolando muito rápido, e cenas de ação grandiosas para uma serie de TV, mas o minimo que se podia esperar de um seriado de super herói. Quanto ao elenco, temos Melissa Benoist como Kara Denvers/Supergirl fazendo o equivalente ao Flash no seu piloto, se divertindo inicialmente até que a situação fica séria. A moça trabalha num conglomerado de mídia que é administrado por Cat Grant interpretado por uma ainda bela Calista Flockhart mas a personagem tem um quê de Miranda do filme O Diabo Veste Prada em que é uma chefona que desdem de tudo e de todos. A grande surpresa até o momento á presença de um ator negro fazendo Jimmy Olsen (Mehcad Brooks, de True Blood). Até o momento não houve reclamações quanto a mudança de etnia do personagem, coisa que virou comum em adaptações cinematográficas. Revelada em Grey's Anatomy e na comédia Não é um Besteirol Americano, Chryler Leigh faz a irmã da heroína que trabalha para uma agencia especializada na invasão alienígena. Esta agencia é comandada por Hank Henshaw (David Harewood, de Homeland) um comandante grosso e que duvida das capacidades de Supergirl.



Apesar de ser um máximo ter a participação do Superman no piloto, isso não pôde ser possível, por isso a produção tratou de colocar um velho conhecido dos fãs na serie, Jimmy Olsen que vai servir de ponte entre Kara e seu primo superpoderoso. A conexão com os gibis, alias, também aparece sutilmente como no nome da cidade em que se passa a trama (National foi o primeiro nome da DC Comics e o nome do co-criador da personagem Otto Binder, ser o nome de uma ponte). Mantendo o ritma e jamais se disfarçando que não é um serie fantástica, Supergirl pode ser a grande e grata surpresa deste ano.

sábado, 23 de maio de 2015

CONHEÇA: MAGNIFICA 70



Com o sinal liberado nas principais operadoras neste final de semana, a HBO promove a estreia de sua nova serie original, Magnifica 70. Como o próprio nome sugere, a nova serie vai se passar durante a década de 1970 no auge da ditadura militar. O pano de fundo - e também o motivo que está chamando tanta a atenção -  é que a serie vai mostrar um pouco dos bastidores da Boca do Lixo, uma região de São Paulo onde ficavam varias produtoras de filmes do gênero pornochanchada que, neste período, produzia mais de 100 filmes em película de cinema por ano.

A ditadura militar - tão em voga nos dias atuais, com pessoas a favor da volta desse período negro na história do Brasil - se faz presente aqui pela figura do sensor Vicente (Marcos Winter, de Pantanal) que trabalha num órgão fictício do governo especializado em censurar filmes. Vicente é retraído e vive um casamento morno com Isabel (Maria Luíza Mendonça, de Engraçadinha) uma mulher que começar a ficar inquieta com a situação do casamento. Vicente está mais interessado em sua nova obsessão a atriz Dora (Simone Spoladore) que ele conhece ao assistir e censurar o novo filme estralado por ela. 

Isabel, Vicente e Dora: todos os personagens usam máscaras.


Transitando no perigoso território do "tudo que é proibido é mais gostoso" o homem passar a ter um relacionamento conturbado com sua musa que, por sua vez, mantem um casamento de aparências com Manolo (Adriano Garib, de Salve Jorge). Esse triangulo  vai agitar a trama da série que já tem 13 episódios produzidos para esta primeira temporada. Conforme imagens de divulgação, bem como as chamadas durante a programação dos canais HBO, percebe-se o cuidado com a direção de arte, figurinos, maquiagem e a interpretação dos atores. 

Criada por Claudio Torres (filho de Fernanda Montenegro), Renato Fagundes e Leandro Assis em co-produção entre a HBO e a Conspiração Filmes, com base em depoimentos dos que vivenciaram a efervescência da Boca do Lixo, a série não é biográfica, apenas retrata o período e fala sobre as mudanças pessoais que as pessoas sofreram numa época onde, só não era proibido pensar.  


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Nada como assistir a uma atração para fazer os merecidos elogios (ou criticas). Então, na noite de domingo dia 25/05 pude conferir a estreia de Magnifica 70 grande aposta nacional  da HBO neste ano. Uma produção de arte impecável com direito a recreação de ruas de São Paulo de 1973 e também os figurinos que, segundo se soube no marking off, saíram diretamente dos brechós da cidade. Quanto a história, pudemos acompanhar a rotina enfadonha do personagem Vicente e motivo que o levar a ter uma obsessão pela atriz Dora, sua cunhada que morreu em um acidente e mexia com as emoções do homem é bem parecida com a atriz. Vicente manda proibir o novo filme de Dora, A Devassa da Estudante, em que o produtor Manolo gastou todo o seu dinheiro. Podemos conferir em flashbacks um pouco da historia de Vicente e Manolo. Dora permanece com uma aura de mistério e a Isabel de Maria Luíza Mendonça tem tudo para ser o grande destaque da série. Conforme o ator Marcos Winter disse, você assiste a série e tem vontade de assistir mais e mais. Tão viciante quanto sexo.  

domingo, 3 de maio de 2015

CONHEÇA: JA´MIE PRIVATE SCHOOL GIRL




Essa foi uma das produções que conheci ao fazer uma "zapeada" e que me chamou a atenção. Ja´mie Private School Girl é uma polemica comedia de apenas 6 episódios que fez muito sucesso na Austrália e Inglaterra no ano de 2013. Em formato de mockumentary (falso documentário, como visto em series como The Office e Parks and Recreation) a produção mostra o ultimo ano na vida escolar antes do ensino médio da jovem Jamie ou Ja´mie (jamé) como gosta de ser chamada. 

Interpretada pelo ator e escritor Chris Lilley, Ja´mie é provavelmente a pior personagem criada nos últimos tempos. Se fosse um telenovela, seria uma vilã que só falta matar. Ela quer ser o centro das atenções a todo o momento, xinga os pais dos piores nomes possíveis, odeia a irmã e é a abelha rainha da escola, sendo uma monitora que controla tudo o que as outras meninas fazem. Claro que isto lhe dá o direito de fazer o que bem quiser ofendendo a todo momento as estudantes asiáticas, lésbicas e gordinhas. Mas Ja´mie não é boba nem nada e na escola em que estuda todos os anos elege a rainha da escola, um troféu entregue para a aluna mais perfeita. Então, para todos, Ja´mie faz o papel de santa.



Para aqueles que se incomodam com comentário racistas facilmente, dificilmente aguenta assistir aos seis capítulos da produção. Mas, se compararmos com as estudantes colegiais que vemos hoje em dia, a mini serie não foge muito da realidade. As adolescentes do programa são desbocadas (fala-se muito palavrão) e transformam uma bobagem no maior problema do mundo. Algumas vezes, senti muita raiva de Ja´mie e suas amigas e as maldades que elas fazem sem levar nenhum castigo, mas Chris Lilley criou um tipo tão incrível, com todas as manias e trejeitos de garotas de 12 anos, que é impossível não rir com tanta bobagem dita. 

No Brasil, Ja´mie Private School Girl foi exibida no canal a cabo HBO sendo que é  possível baixar as versões dublada e legendada em sites especializados em seriados. Assista e comprove se esta série não é quiche*.

*quiche é a expressão criada por Ja´mie para identificar algo legal, segundo as garotas do grupo dela


sábado, 2 de maio de 2015

100 ANOS DE ORSON WELLES


Seu nome ficará marcado para sempre na historia do cinema. Seus filmes, sejam os que realizou ou apenas os que participou atuando, são consideradas verdadeiras obras primas. Ainda que o reconhecimento de  sua genialidade tenha sido tardia, Orson Welles estaria rindo com charuto na boca de como hoje ele é reverenciado. Neste mês, seu nome será mais lembrado ainda pois em 6 de maio se completará 100  anos de seu nascimento.

Não é a toa que Welles era predestinado as artes na sua vida pois, desde pequeno, sua mãe o incentivava quando ela dava festas para os amigos em sua casa. Orson gostava de magicas e sua mãe o deixava fazer com a seguinte condição: quando ficasse chato, ele parasse. Segundo biografias, foi assim que ele se tornou uma pessoa perfeccionista. Aos 21 anos montou uma versão da peça Macbeth somente com atores negros. Com 22 anos  era muito requisitado por rádios como ABC e NBC devido a sua poderosa voz. Ao ponto de ter que se locomover de ambulância pela cidade para dar tempo de fazer vários trabalhos em horários próximos.  Foi através do radio, inclusive, que Orson ficou conhecido no mundo ao fazer uma dramatização do livro Guerra dos Mundos. A ideia dele foi ler o livro em formato de noticiário. Com o trauma que ficou na cabeça dos americanos na época por causa da 1ª Guerra Mundial a reação foi panico geral. No dia seguinte, Orson se desculpou a população, mas ele não se arrependia do fato.

Cidadão Kane: O melhor de todos os tempos
A Dama de Shangai: contracenando com a ex Rita Hayworth


A fama gerada pela transmissão desastrosa deu ao rapaz o privilegio de receber convites para assinar contrato com qualquer estúdio de cinema de Hollywood. Warner, Fox, MGM e Columbia queria ter Orson Welles no seu casting. Mas, a hoje falida RKO, veio com uma proposta interessante.  Permitiu que Welles dirigisse, atuasse e fizesse o corte final de seu filme. Isso nunca tinha acontecido em Hollywood até então. O resultado foi Cidadão Kane considerada a obra prima do cinema e melhor filme de todos os tempos. Analisando friamente até pelo próprio Welles e seus familiares, eles não entendem por que o filme tem essa aura toda em torno dele. Mas não da para resistir aos ângulos inéditos e inusitados alem de toda a movimentação que a câmera faz nas duas horas de filme. Olha que Welles nem sabia dirigir direito contando com a ajuda do operador de câmera Gregg Toland que ensinou o básico de uma filmagem em três horas. O novato diretor pensava que sabia dirigir ao assistir por 45 vezes o clássico do cinema Nos Tempos da Diligencia e suas inconsistentes falhas de filmagem. 

Transmissão no radio: o começo de tudo.


Cidadão Kane não se tornou o sucesso esperado, assim como o próximo filme que o diretor assinou Soberba de 1942. No final das filmagens, o estúdio enviou Welles para o Rio de Janeiro filmar o carnaval (o que gerou o documentário É Tudo Verdade) e refilmou cenas e picotou a edição o que causou grande tristeza em Welles. Isso o afastou da direção por algum tempo e se dedicou a atuar em varias produções. Sua volta triunfal foi ao lado de sua ex-esposa Rita Hayworth que atuava loiríssima em A Dama de Shangai. Filme que foi lançado repleto de polemicas quando Orson foi acusado de dar o papel de uma vilã que leva umas bofetadas no rosto por vingança. Pura mentira, Orson e Rita continuavam grandes amigos apos a separação.

Os anos foram passando e Orson foi se dedicando mais e mais ao cinema e aos prazeres da carne. Acabou engordando muitos quilos e nas telas, devido a sua altura, era uma figura imponente. Morreu em 10 de outubro de 1985 aos 70 anos de ataque cardíaco. Dizem que durou muito tempo já que fumava muito e estava muito obeso. Fora das telas, era uma pessoa um pouco fria mas nunca deixou suas ex-mulheres e seus filhos desamparados. Como ficou órfão aos 15 anos, sabia da importância de um pai na vida dos filhos. 



sexta-feira, 1 de maio de 2015

CONHEÇA: BANISHED



Um pouco de aula de história: a Inglaterra descobriu uma nova terra onde, numa manobra politica, decidiu enviar boa parte dos criminosos, mercenários e prostitutas do país. Passando por diversas privações, ente elas a escassez  de comida e o "esquecimento" da coroa britanica, detentos, guardas e autoridades como  o medico e o governador tentam sobreviver nesta colonia penal onde todo o tipo de injustiça acontece, mesmo a maioria sendo criminosos. Abandonados pelo governo inglês, essas pessoas tentam levar a vida do jeito que podem e aos poucos constroem a região hoje conhecida como Sidney, a capital da Austrália. Situada em 1788, Banished é uma série de sete partes que incide sobre os prisioneiros e soldados da primeira colônia penal na Austrália. A ação acontece após a chegada da primeira frota - os 11 navios da Grã-Bretanha que levavam com eles mais de 1.000 condenados.

Só mesmo a televisão (leia-se BBC) para mostrar um lado obscuro da monarquia britânica. Sem muito medo em retratar a realidade a mini serie em 7 capítulos Banished mostra como um item hoje tão desperdiçado como comida era importante naquela época. Tratada como moeda e troca de favores, ter comida era como ter ouro. Outra figura praticamente tratada como escoria eram as mulheres que ali só serviam como cozinheiras ou prostitutas. O foco no primeiro capitulo, alias, é em Elizabeth Queen (MyAnna Buring) e as coisas que tem que fazer para salvar a vida do amado Tommy Barret (Julian Rhind-Tutt). "Elizabeth é impulsionada pelo fato de ser completamente apaixonada", disse a atriz em entrevista ao site da BBC Two, canal que exibe o programa na Inglaterra. A maneira como os prisioneiros se tratavam foi representada pelo personagem James Freeman (Russel Tovey, de Looking e The Job Lot) quando ele tem sua comida roubada pelo ferreiro. Ao levar a questão do roubo ao  governador, leva-se em conta que um ferreiro é mais importante que um detento então, todo o abuso que o ferreiro comete é ignorado. "tenho que tomar decisões que são muito desagradáveis", disse o ator David Wenhan que interpreta o governador Arthur Philip.

As mulheres só serviam de cozinheiras e prostitutas.

O criador da mini serie Jimmy McGovern se inspirou em pessoas reais como Governador Phillip o fundador do primeiro assentamento, e comandante da frota Maj Robert Ross (Joseph Millson) para contar a historia de modo mais dramatizado. Filmada no mês de julho nos arredores de Sidney, a produção temia que o orçamento não permitisse isso pois ajudaria os atores a entrar no clima. Já as cenas de estúdio foram feitas em Manchester. 
Por enquanto ainda não ha previsão de exibição desta produção no país, mas ela pode ser baixada em sites de downloads.  

LANÇAMENTO DO CANAL TNT SERIES



Os canais a cabo brasileiros são divididas em programadoras, cada programadora gerencia vários canais. No Brasil, a maior do gênero é a Globosat que administra os canais Sportv, GNT, Globo News, Viva, Gloob, Off, Universal, Telecine e Sy Fy. O mercado está cada vez mais competitivo então, outras programadoras estão tentando tirar o Globosat do topo entre elas Fox (Fox, Fox Life, FX,  Nat Geo, Nat Gel Wild), Discovery (Discovery Channel, Home and Heath, TLC, Discovery Kids e Investigação) e, para 2015, a Turner tem as chances de virar jogo. Dona dos canais Warner, Cartoon Network, HBO, TNT e TBS, a programadora anunciou recentemente a aquisição dos canais Esporte Interativo e acabou com um canal que não vinha apresentado resultados (Glitz). O fim do Glitz não necessariamente tirou um canal do line up das operadoras pois, rapidamente, o grupo anunciou a criação do canal TNT Series.

Já presente em alguns países, a proposta do canal é pegar o nicho de publico fã de series que andam meio descontes com canais como Sony e AXN e suas inúmeras reprises. Mas, para quem esperava muitas novidades, acabou um pouco decepcionado. O TNT Series estreou nas operadoras com cheiro de mais do mesmo.

Que novidade é essa de apresentar as três series da franquia C.S.I. como grande aquisição? Ao invés de trazer series inéditas ou até diferenciadas (como na matriz americana), o TNT Series apresenta uma concha de retalhos com seriados que eram exibidas nos outros canais do grupo Turner sem grande repercussão (The Last Ship, Faling Skies, Rizzoli e Isles, Under the Dome, Californication, Boss, entre outras). Não que estas séries  sejam ruins, mas é que para impactar seu lançamento, o canal deveria apostar em mais novidades. A unica serie realmente inédita é Murder in the First mas séries com temática tribunal e criminal já temos de monte. Para um canal dedicado a series, também faltam sitcons e dramas.

Murder In The First: Katheelen Robertson e Taye Digs na unica serie inédita no Brasil.


O primeiro dia de exibição foi marcado com series exibidas com áudio original sem legenda. Mas o erro logo foi corrigido. 100% da programação é dublada exceto o programete Hollywood One One que trás os principais lançamentos do cinema. O detalhe que achei estranho é a ordem de exibição dos episódios dos seriados que não foram exibidas desde o inicio, mas sim em capítulos aleatórios.

Quem sabe o TNT Series não nos surpreenda daqui alguns meses e nos apresente os grandes clássicos da Warner,  as produções originais da HBO (que são do mesmo grupo) e seriados inéditos? Afinal, é errando que se aprende.