Em junho de 2005, Alan Ball colocou o fim no roteiro do episodio final de A Sete Palmos. Ele foi até a sala, sentou no sofá e chorou. Era o fim de uma era em sua vida. Por 5 anos, ele conviveu com a equipe, os atores e os roteiristas que formaram uma grande e família feliz, mesmo com tanta coisa rolando nas telinhas.
A Sete Palmos foi a mais provocante, polemica, subversiva e controversa série de TV que já existiu. O publico já acompanhava intensamente as historias de Família Soprano, quando Alan Ball veio com a ideia de uma série que mistura morte e vida, drama e comedia, tudo junto e misturado. Recém saído do sucesso de critica e ganhador do Oscar de 1999 por Beleza Americana, muitas emissoras foram atrás de seus roteiros mas a HBO chamou a atenção do roteirista pela liberdade criativa que o canal oferece aos criadores. Para se ter uma ideia, Ball apresentou o piloto da série quando ouviu de um dos diretores a seguinte pergunta: "está muito linear, não dá pra subverter mais?". Foi o sinal verde para o criador e sua equipe de roteiristas usar e abusar de situações pouco vistas na televisão.
A partir de cada personagem, uma situação inusitada surgia deixando a todos de boca aberta. Tínhamos Nate (Peter Krause) com 35 anos indeciso sobre sua vida, tomando decisões arriscadas a todo o momento. Seu irmão David (Michael C. Hall) gay enrustido no inicio da serie que se contentou em seguir os negócios do pai por falta de opção. Claire (Lauren Ambrose) a adolescente que descobre nas drogas e no sexo um estimulo para descobrir uma veia artística. Ruth (Frances Conroy) a matriarca que conhece os prazeres da vida após a morte do marido. Federico (Freddy Rodriguez) que fora criado pelo sr Fischer que viu que seus filhos não iriam seguir com os negócios da família. Keith (Matthew st. Patrick) negro e gay que precisa se provar que é digno a todo o momento e Brenda (Rachel Griffiths) libertina, viciada e rica, mas com uma família disfuncional.
o seriado apresentou muitas polemicas envolvendo sexo, drogas, violência, homossexualismo, incesto e crises pessoais. A cada capitulo das cinco temporadas os personagens cresciam, viviam e nos deixava uma importante mensagem: viva com alegria, pois a vida é curta.