QUINTA TEMPORADA DE DOWNTON ABBEY MARCA A MUDANÇA NO PENSAMENTO DOS PERSONAGENS PARA OS NOVOS TEMPOS QUE VIRÃO.
Passado o "trauma" da saída de um dos protagonistas, a trama de Downton Abbey evoluiu neste quinto ano, mas sem grandes mudanças trágicas no enredo. Quem mudou foram os personagens e sua forma de pensamento vislumbrando um futuro onde ser empregado de uma família não será uma profissão tão valorizada.
Algumas tramas vieram diretamente da quarta temporada como a duvida levantada se foi o sr. Bates (Brendan Coyle) que assassinou o homem que violentou sua amada Ana (Joanne Frogatt), a procura de uma novo amor para Lady Mary (Michelle Dockery), e o embate entre Robert (Hugh Bonneville) e seu genro Tom (Allen Leech) que divergem quanto a administração da mansão Downton e o destino do bebê que Lady Edith (Laura Carmichael) teve escondida da família. Outras tramas simplesmente foram esquecidas (lembra-se do alarde que foi o primeiro personagem negro da série? Ninguém sabe, ninguém o viu).
Privilegiando sua protagonista Lady Mary, o criador e escritor do seriado Julian Followes tentou empurrar pretendentes para mocinha que vive de luto desde a morte de seu amado Matthew (Dan Stevens). Falando nele, que falta este personagem faz ao seriado pois ele que deixava Mary um pouco mais simpática e menos metida e arrogante. Talvez seu grande momento neste ano foi quando ela deu uma escapadinha para Londres para, bem, em termos modernos, dar uns pegas em um dos seus pretendentes. Não sei se é implicância minha, mas esta personagem está mais chata do que nunca e o fato de Followes dar tanto atenção a ela me irrita. Enquanto isso a patinho feio da família, Edith sofre o calvário de ver a filha sendo criada por outra família pois ela escondeu a gravidez de todos. Foi a trama mais interessante da temporada graças a interpretação da atriz Laura Carmichael onde podemos ver o sofrimento da personagem enquanto sua "santa" irmã Mary caçoa do apego que a irmã tem com bebê.
Edith: patinho feio escondendo a filha de todos. |
Outros destaques desse ano foram um abalo nas estruturas do então casamento perfeito de Robert e Cora (Elizabeth McGovern) quando um galanteador vendedor de artes vem a Downton adquirir um dos quadros da família. A cabeça de vento Rose (Lily James) arranja um pretendente e quer a todo custo casar com o rapaz, só tem um detalhe: ele é judeu. Pois é, a série continua com seus leves traços melodramáticos que lembram as telenovelas. Da ala lá de baixo, dos empregados, vemos a sempre acomodada Dayse (Sofhie Mcshera) querer subir na vida e abandonar a cozinha da mansão e até mesmo a fiel cozinheira Patmore (Lesly Nichol) está pensando em seu futuro graças a uma herança que ganhou. A primeira bicha má Thomas (Rob James Coulier) tenta convencer a nova empregada Baxter (Raquel Cassidy) a descobrir os segredos de todos graças ao passado obscuro que ela tem. Outro "casal" que teve um balanço em seu relacionamento foi a senhora Hughes (Phyllis Hogan) e o senhor Carson (Jim Carter) que entraram em conflito varias vezes.
Parte do carismático elenco da quinta temporada |
Alem da trama trágica de Lady Edith outro grande destaque deste ano é a amizade sincera e cheia de conflitos de Violet (Maggie Smith) e Isobel (Penélope Wilton) duas grandes atrizes que possuem sempre as melhores cenas e diálogos da serie e a historia delas também evoluiu com cada uma arranjando um pretendente.
Downton Abbey é e provavelmente sempre será assim, simples e direto sem grandes complicações. O tipo de serie que faz a pessoa sentar no sofá e relaxar. Esta temporada poderá ser vista no Brasil a partir de janeiro no canal a cabo GNT em opções de áudio dubladas e original legendada. Prefira a segunda, pois o charme do sotaque inglês, é insuperável.
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