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domingo, 21 de dezembro de 2014

MÁS COMPANHIAS: RUROUNI KENSHIN - KYOTO INFERNO

JAPÃO, 2014 - DIREÇÃO: KEISHI OTHOMO                         

COM TAKERU SATO, EMI TAKEI, YUSUKI EGUCHI,
YUSUKI ISEYA, YU AOI E OUTROS

NOTA 10



ALERTA DE SPOILERS


Não é moda só de Hollywood pegar um produto e transforma-lo em uma trilogia que, alem do faturamento de bilheteria, tem uma garantia extra de produtos licenciados por, no minimo, três anos. O Japão também se rendeu a moda das trilogias com a adaptação para os cinemas do mundialmente conhecido Samurai X, mangá que teve um desenho exibido com relativo sucesso pela Globo no final de 1999. 

O grande desafio da produção foi condensar cerca de 60 capítulos em uma trilogia de duas horas de duração cada. Portanto, muita coisa foi cortada ou diluída como pôde ser visto no primeiro filme lançado este ano no Brasil. Nesta produção, rodada em simultâneo com a terceira parte para diminuir os custos da produção, vemos Kenshin, Kaoru, Yahiko, Sanozuke e Megume vivendo normalmente até um alto figurão do governo ser morto por um dos membros do grupo liderado por Makoto Shishio, um homem que quer vingança contra o novo governo dominando todo Japão. Kenshin é relutante, mas se vê obrigado a entrar novamente em batalha após tantas atrocidades cometidas pelo vilão.

Da direita para esquerda em cima: Kenshin, Kaoru, Sanozuke, Saito, Okina, Soijiro
Em baixo: Yahiko, Megumi, Aoshi, Missao, Ayumi e Shishio


Seguindo a cartilha dos filmes de super herói americana, Rurouni Kenshin - Koyto Inferno tem um tom bem realista, sem muito espaço para humor e muita ação em cenas de lutas espetaculares dignas das produções chinesas e japonesas dos anos 1970, a diferença é que as lutas são com espadas. Tanto realismo deixa sequencias mais dramáticas e exageradas do mangá/desenho de fora como quando Kenshin vai se despedir de Kaoru após tomar a decisão de lutar. No original, há uma longa e romântica cena onde o herói da um forte abraço em sua amada a luz da lua com vaga-lumes cercando os dois. Então, Kaoru fica perplexa se ajoelha e chora desesperadamente entrando em depressão. No filme, Kenshin se despede de forma mais simples. A sequencia exagerada que eu mencionei foram as lutas contra Senkakku um gigante usando collant e Cho o colecionador de espadas que, cá pra nos, ficou melhor aqui do que versão animada. 

Makoto Shishio: maquiagem muito bem feita


Por se tratar de uma trilogia, este segundo filme termina com vários ganchos como quem é o homem que carrega Kenshin na praia? Para onde foi parar Kaoru após ser jogada no mar? Okina morreu após a luta contra Aoshi? Shishio vai conseguir bombardar Tókio? Só saberemos daqui a alguns meses.

Mesmo excluindo ou diminuindo acontecimentos, os produtores entregam um produto de primeira, que arrasa nas sequencias de ação, figuro e interpretação dos atores que pegaram o espirito dos personagens.  Mesmo você não conhecendo o desenho vale a pena ver esta produção de primeira qualidade. 

Kenshin: ex assassino que não quer mais matar

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