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sábado, 27 de dezembro de 2014

QUAL VAI SER O FUTURO DA TELEVISÃO?


Estamos a um passo da televisão brasileira virar uma zona sem limites. Existe um projeto de lei que está defendendo o fim classificação indicativa que não só as emissoras de televisão, mas diversos veículos são obrigados a fazer uma faixa de classificação restringindo menores de acompanhar determinada atração.

Hoje isso é mais discutido na TV aberta que, por obrigatoriedade, cumprem essa lei em que os programas exibidos são classificados de acordo com o conteúdo apresentado (Livre, 10 anos, 12 anos, 14 anos, 16 anos e 18 anos). Representantes das televisões abertas sempre discutiram com o Ministério da Justiça a legalidade dessa especie de represália comparando-a sempre com censura. Mas se já controlado vemos em horários como de manhã e a tarde programas com conteúdo altamente apelativo (telebarracos e programas policiais são um exemplo) imagine se tudo for liberado? Basta dar um zap nos programas de auditório de sábado e domingo  para ver o nível que se encontra os programas "livres": no Programa Raul Gil, existe um quadro onde  mulheres de estilos bem diferentes questionam abertamente seu convidado sobre sexo. Isso logo após o mesmo programa apresentar show de calouros com crianças e cantores gospel! Os apresentadores andam soltando perolas cheias de duplo sentido achando que estão abafando até mesmo um que eu considerava muito o Luciano Huck. Sem comentários sobre Faustão, Celso Portiolli e Geraldo Luiz apelativos até o quanto podem!

Enquanto que no Brasil se discute o fim da classificação indicativa, nos Estados Unidos a Debates Parents Television é um órgão independente que cresce a cada dia. A função deles é monitorar a advertir as emissoras sobre o conteúdos envolvendo sexo, drogas e violência.  Aberta ou fechada, as emissoras recebem cartas nas redes sociais  condenando negativamente algum conteúdo apresentado. As ultimas vitimas foram as séries Sons of Anarchy pelas cenas quentes, quase pornográficas de sexo, Stalker por abusar de cenas de tortura e sadismo e o reality show "Dating Naked" onde um casal tem um primeiro encontro totalmente nu! Provavelmente todo o conteúdo do programa deve ter sido repudiado. O mais interessante disso tudo é que são pais que se reúnem nesta organização preocupados com que os filhos assistem na televisão. E se você acha que as televisões não tem medo deles a resposta é sim. A Debates adverte as emissoras e os patrocinadores das atrações. Mexendo no bolso a história é outra... Aqui no Brasil, uma pesquisa realizada aponta que 95% dos entrevistados que possuem filhos de 6 a 16 anos acham importante ou muito importante que se mantenha a classificação indicativa ativa justamente por que se preocupam com que as emissoras de TV possam vir a exibir. Infelizmente não existe um órgão parecido com a Debates que venha bater de frente com as emissoras de televisão e o que elas exibem. Provalvemente eles seriam chamados de chatos ou puritanos.


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