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sábado, 21 de fevereiro de 2015

MÁS COMPANHIAS


DEMOLIDOR - A QUEDA DE MURDOCK
ROEIRO: FRANK MILLER
DESENHOS: DAVID MAZZUCCHELLI
CORES: CHRISTIE SCHEELE E RICHMOND LEWIS
EDITORA: PANINI E SALVAT


Parte da coleção Grafic Novel Marvels, Demolidor - A Queda de Murdock é um clássico absoluto dos quadrinhos. Um historia que não canso de ler, ainda mais agora nesta edição caprichada que a editora Salvat lança em parceria com a Panini. Está certo que o lançamento oficial foi em fevereiro de 2013, mas devido a uma complicada logística de lançamento, só pude colocar as mãos nesta beleza agora.




Na história, a ex namorada de Matt Murdock é uma viciada que vende a identidade secreta do advogado cego que atua como o herói Demolidor. A informação cai nas mãos do maior inimigo do herói, o Rei do Crime, uma figura que comanda o submundo de Nova York. Então ele comanda um plano que leva meses para ser planejado que envolve a total describilidade da sociedade perante Matt, destrói seu lar, o deixa sem dinheiro e sem poder praticar advocacia. Tudo de uma só vez. Tanta noticia ruim, acaba abalando Matt que passa por todo o tipo de inferno para ter uma volta trinfante.



Deixando seu herói no lixo, para depois reergue-lo com toda a força e fúria, Frank Miller criou uma obra sem igual a melhor historia de Demolidor feita de todos os tempos e até hoje não foi superada (a obra original foi publica em 1986). Talvez o que tornou o gibi tão bom foi o fato do herói ser jogado na lama e pisoteado sem dó e piedade (no sentido figurado, na historia acontece coisa bem pior). Anteriormente, os fãs de quadrinhos tinham sentido choque semelhante com a serie de historia do Arqueiro Verde e Lanterna Verde saíram pelos EUA e depararam com uma realidade nunca vista nos gibis. Mais interessante ainda é saber que A Queda de Murdock foi publicada na revista de linha normal, não é uma mini serie.

Mas o que seria de uma grande historia sem um grande desenho? Aí que entra a fabulosa arte de David Mazzuccelli o homem que entregou caras e bocas de desespero, susto, ódio e surpresa como poucos desenhistas fizeram. Desenho e arte combinados com perfeição.

A obra também é dedicada a momentos de religião.

Um comentário:

Anônimo disse...

Convivi com um colega de trabalho alguns anos atrás. Naquele tempo nós não rezávamos. Morávamos juntos. Éramos engenheiros empregados de uma empreiteira lotados em uma frente de obras. Eu era solteiro e ele casado. Nossas residências fixas eram em outras cidades. O colega era um profissional espertíssimo, mas ele sofria de algo que eu nunca falei nada. No fundo eu não aprovava. Ele era acometido de satiríase. Era o maior "pegador de mulher". Boca da noite por vezes ele me convidava para irmos juntos a baladas e badalações. Cada um no seu carro, a premissa era que iríamos pegar mulher. Na boate eu até curtia alguns embalos em meio a luzes foscas, trepidantes, num mar de silhuetas de mulheres lindas, perfumadas e seminuas. De repente os Céus me mandavam que eu fosse embora. Nunca passava de 1 hora da madrugada, eu simplesmente desaparecia. Era como que uma fuga, fuga das ocasiões de pecado. Madrugadona eu percebia ele chegando em casa sempre com uma mulher. Uma coisa eu percebia, ele usava de seus recursos para aliciar lindas meninas, algumas eu percebia que não eram meninas de programas. Não me recordo de vê-lo com uma mulher que tivesse cara de prostituta. Isto me marcou muito e graças a Deus nunca falei qualquer coisa para alguém, muito menos com ele. Mas eu não aprovava, embora meu instinto masculino carnal me provocava inveja. Certa vez ele levou duas tentando me levar para seu caminho. O tempo nos separou para sempre. Nunca mais ouvi falar do nobre colega. Nos últimos tempos fui resgatado das profundezas da região dos mortos e voltei a conversar com Deus. Um dia, passados 20 anos, um irmão dele me encontra na rua na minha cidade. Nosso diálogo foi curto e respeitoso. Despedimo-nos e alguns minutos depois eu percebi que Deus não deixou que eu lembrasse de perguntar pelo outro irmão. Eu penso que ele ao tomar conhecimento do fato tomou como uma resposta de desabono ao seu passado de vida promíscua...:)