Tudo pela Audiência foi uma das gratas surpresas que o Multishow estreou em 2014 (ao lado do humorístico Vai que Cola) e o programa propositalmente caçoa e debocha dos programas de auditório que a décadas fazem de tudo um pouco para ter seus minutos de grande audiência. Portanto, tudo o que vimos nesses tantos anos em frente a TV desfilam no programa: mulheres semi nuas, game shows bizarros, subcelebridades pagando mico e apelações afim. Alias, o quadro acima foi chamado para supostamente levantar a audiência que despencou (o programa é gravado meses antes) e realmente acontece nos programas ao vivo. Um dos grandes "homenageados" pela dupla é o apresentador Gugu Liberato que em meados da década de 1990 travava uma disputa acirrada com Fausto Silva pela liderança dominical de audiência. O primeiro apelava para atrações como Banheira do Gugu em que uma modelo tentava impedir o convidado de pegar o sabonete jogado dentro da banheira e dá-lhe close na bunda da garota. O segundo, começou a apelar quando Gugu via sua audiência aumentar graças ao conteúdo, digamos, apelativo do seu programa. Como esquecer a polemica cena do Sushi erótico quando atores comeram variedades de comida japonesa em cima do corpo de uma modelo semi nua. A tal cena levantou a discussão se realmente vale tudo pela audiência. Mas essa situação não foi novidade para uma televisão cujo corpos de mulheres e piadas de duplo sentido feitas pelo animador vem acompanhando a cena brasileira desde a década de 1970 com Chacrinha e Bolinha.
O conteúdo apresentado por Fabio e Tatá simplesmente levanta essa questão da responsabilidade que a televisão tem perante uma população pobre em sua maioria. E nem vem me falar que a tal classe C que comanda o Brasil pois é esse tipo de pessoa que assiste o Tudo pela Audiência e sabe muito bem o que o programa quer dizer.
imagens: multishow
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